quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CONVIVENCIA ENTRE OS CONTRÁRIOS


As pessoas convivem de forma pacífica no planeta. Mesmo com toda competição, toda escalada social, toda corrupção, todas as noticias trágicas do jornal nacional, as pessoas ainda assim, em sua maioria, conseguem viver dentro de uma certa ordem. Muitos vão até me atirar pedras pelo que vou dizer, mas a hipocrisia tem sido aliada da humanidade nesse sentido. Possibilita que inimigos se encontrem e evitem enfiar espadas na barriga um do outro e para que possam apertar as mãos e assinar tratados, mesmo com as mãos tremendo de ódio.

Essa paz tensa, foi conseguida em parte pelo direito, pelo conjunto de leis que coíbem crimes e comportamentos considerados inconvenientes.

Por outro, pelo chamado temor a Deus, que se não acomete a todos, submete grande maioria da população. Além do mais, a maior parte das religiões incentiva o amor ao próximo, a solidariedade e condena a violência e a injustiça.

E temos ainda resultante do exposto, a vigília social, que marginaliza os excessos, os delinqüentes, os rebeldes.

Só em determinadas condições de temperatura e pressão essas leis deixam de prevalecer e a selvageria volta à tona. Como no futebol, por exemplo. Ainda mais se tiver álcool na jogada. Torcedores bêbados, quando encontram os adversários na rua, quase sempre partem para as provocações e para o confronto.

Isso acontece também na política. Tem pessoas que encaram a política como encaram o futebol. Esbravejam, bebem, provocam e muitas vezes vão as vias de fato por causa do seu candidato.

Na religião também costuma acontecer algo parecido, como nos confrontos de Gaza, onde Palestinos e Judeus se atracam por suas doenças religiosas.

Penso sinceramente que não vale adoecer por rivalidades artificiais, que não levam ninguém a nada. Se cada um fizesse sua opção e não se extremasse, essas diferenças seriam até divertidas, pimenta no tempero do dia-a-dia. Mas infelizmente existem os radicais que acham fundamental (os fundamentalistas) eliminar, aniquilar os contrários. Por isso, tenho de concordar com o filósofo Nheco. Não dá para consertar a humanidade, essa coletividade que se diz racional,mas pratica o oposto. Nossa esperança é tentar melhorar o indivíduo, começando por nós mesmos. Que Deus nos ajude, seja ele quem for (Javé, Jesús, Alah, Buda ou Oxalá). E viva a hipocrisia!!!

Nenhum comentário: