quarta-feira, 30 de setembro de 2009

BLOGAI-VOS UNS AOS OUTROS


Os políticos principalmente, deveriam descobrir o valor dos blogs para expor seus pensamentos, seus sonhos e trabalhos pela cidade. Entendo que a maioria não fez a transição digital, tem pouca familiaridade com a internet, mas tem sempre alguém por perto, um filho, um sobrinho, um correligionário jovem que poderia se incumbir de colocar as idéias na net. Todas as vozes politicas, de situação e de oposição deveriam ter seus blogs. Seria muito interessante se pudéssemos ler o Blog do Ledes, do Dico Lavanca, do Bidão, do Ronaldo Torres, dentre outros. Seria interessante até que tivéssemos blogs dos que não estão hoje na política, mas que tem seus pontos de vista como Marcinho, Zé Neném, Neim de Carlito, Sidney da Rádio, até para que exponham suas idéias com vistas a futuros pleitos. Aliás, não sei porque o vice Sérgio Augusto, tão desenvolto no mundo virtual ainda não criou seu blog. Seria um canal direto de comunicação com a comunidade. Pensem nisso, amigos. A palavra de ordem do mundo é interação...e como disse o filósofo Chacrinha " quem não se comunica..." bem...vocês já sabem né?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A DISCOTEKA DO INDUSTRIAL

Os embalos de sábado à noite - esse filme fez o planeta dançar

Vivíamos a época da novela Dancing days, quando a disco music tomava conta do planeta. A trilha sonora daqueles tempos era ditada pelo filme "Os embalos de sábado à noite", com clássicos do Bee gees, com as danças de John travolta. Alvinópolis não podia ficar pra trás. Na época, Industrial e Alvinopolense ainda disputavam quem fazia os melhores bailes. No Alvinopolense aconteciam vários bailes e no Industrial, havia o famoso baile das misses e outros mais.Mas o que movimentou a juventude local mesmo foi a noticia de que o industrial iria se transformar numa discoteca. No colégio, não se falava em outra coisa. Diziam que o presidente do clube, que também era gerente da Cia Fabril, tinha comprado equipamento de altíssimo nível e que era o fim do Alvinopolense, que ninguém mais iria querer saber de bailes. Nos dias que antecederam a inauguração da discoteca, ficávamos na praça da baixada de plantão, pra ver se os equipamentos chegavam. Certo dia,começamos a perceber os primeiros movimentos das caixas de som gigantes sendo montadas e do painel de luzes. Na época, havia um programa de TV chamado Discotape, apresentado pelo Dirceu Pereira, onde os novos lançamentos da Discoteque eram tocados. O interessante era que o programa era gravado numa discoteca, com muitas luzes e muita gente jovem dançando. Ficávamos fantasiando como seria a Discoteka do Industrial.Enfim, foi marcada a data da inauguração. Seria num sábado à noite (não me lembro exatamente a data). O problema era que o equipamento, muito sofisticado só terminou de ser montado mesmo no sábado do evento. Nessa tarde, fomos chegando de mansinho, entramos e sentamos num cantinho pra ver o som sendo testado e as luzes. Ficamos hipnotizados pelas poderosas luzes strobol. O som realmente era o melhor que já havíamos escutado. As cocotinhas mais bonitas da cidade também foram chamadas para dançar e experimentar a pista e todos ficaram maravilhosos. Dai a pouco, o pessoal pediu para nos retirarmos para prepararem o clube. De tardinha, a cocotada da cidade já estava se preparando para a grande noite. As meninas, com suas meinhas soquete e a rapaziada com seus indefectíveis sapatos bico de agulha e camisas largas. Enfim, chegou a hora da discoteka. O clube foi enchendo devagarinho. A pista estava com as luzes ligadas e o som bombando nas caixas, mas a principio, ninguém teve coragem de entrar na pista. As pessoas ficaram hipnozadas, olhando de longe e com cara de espanto. Até que a primeira cocotinha mais atirada resolveu entrar na pista e puxou todo mundo. Daí a pouco, o salão tava cheio de cocotas e cocotos curtindo as músicas da época: Glória Gaynor com I Will Survive, Santa Esmeralda, Abba, American Generation, entre outras. O curioso é que uma das músicas que mais marcou a discoteca foi uma que nem tanto sucesso comercial fez, uma tal de AMORE, AMORE, que quando era tocada esquentava a pista como nenhuma outra. A discoteka do industrial foi sucesso absoluto por vários meses. Lembro-me também das dancinhas sincronizadas, quando quase todo o clube dançava junto. Lembro-me também de alguns travoltas como Tom João, Romeu de Sr Roberto, entre outros. Só que o outro lado não poderia ficar parado, enquanto o Industrial bombava com a sua discoteka. Tuôla já se movimentava pra fazer uma discoteka melhor no Alvinopolense, pois um clube não suportava ver o outro ganhando em nada. Mas essa é uma história que contarei em próximo artigo...AS CUÍCA DO TUÔLA...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

HÁ DEUS

AS 6
O ALARME
VINTAGE
FALSO
SOA.
CAFÉ
E CUTUCO
A FILHA,
CALÇO-LHE
A MEIA
EMBAIXO
DAS COBERTAS,
TÊNIS
NO PÉ
AINDA INERTE.
DORMIU
DE UNIFORME.
ESCOTILHA DOS OLHOS
AINDA FECHADA.
CABELOS CLAMANDO
PENTE.
ME VEJO NELA.
A MINHA MÃE
EM MIM.
ERGUE-SE
A PRINCESA.
CHÁ E BISCOITOS.
LAVA OS OLHINHOS.
ESCOVA OS DENTES
N'ÁGUA
QUE ESQUENTO
NO MICROONDAS.
MOCHILA
NAS COSTAS.
CAMINHO
DA ESCOLA.
PERGUNTAS
PERGUNTAS
RESPOSTAS
PERGUNTAS.
ENSINO
E APRENDO.
SIRENE
QUE TOCA.
CHEGAMOS
NA HORA.
BEIJINHO
NA TESTA.
TCHAUZINHO
NA PORTA.
HÁ DEUS!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

VÁRIOS NORTES

Não vivo num mundo à parte.

Transito por universos paralelos.

Sento-me com barões e com compadres

Tomo champagne e cachaça.

Converso sobre literatura e sobre futebol.

Tenho a mente faminta.

Cada universo tem suas leis

A legião que sou entra em curto

O poeta desaprova o publicitário

O matuto censura o nerd

O erudito odeia o popular

O pragmático ignora o romântico.

Os conflitos da humanidade

brigam em mim.

Minha bússola tem vários nortes

A ética é um caleidoscópio

Quem dera girá-lo e alcançar o branco

Da folha no cio, esperando o poema

Escrito com sangue azul da caneta

E sabe-se lá como classificá-los

Num confessionário, sem padre visível

Talvez pra São Freud, São Jung, São Cristo

No poço infinito do inconsciente

No poço infinito da mente de Deus.

domingo, 13 de setembro de 2009

A SINA DOS VICES

Coisa complicada é ser vice. Veja por exemplo o time que é vice campeão, que tristeza. Se o time é vice campeão mineiro, por exemplo, é o segundo melhor time do estado. O segundo melhor entre centenas de times. Deveria ser honroso, mas é vergonhoso. Se Cruzeiro ou atlético são vices, significa que foram derrotados pelo maior rival, portanto rebaixados à condição de perdedores. Se o sujeito é vice-campeão do mundo de fórmula 1, não significa nada. Vejam o exemplo do Felipe Massa, que perdeu por um ponto para o Hamilton. Quem passa pra historia é o piloto Inglês. Vice não entra pra história. Engraçado que tem uma música da banda Ultraje a Rigor chamada “terceiro”. Essa música é interessante, pois fala que confortável mesmo é ser terceiro, pois ninguém lembra que o terceiro perdeu, só o vice é lembrado como perdedor. Terceiro é posição honrosa, enquanto vice é o perdedor oficial. Ser vice na política também não é fácil. Os vices geralmente entram como puxadores de votos em fatias da população, por ter credibilidade junto a segmentos específicos ou mesmo por agregar votos, informação obtida através de pesquisas. Durante a campanha, o sujeito é tão paparicado quanto o candidato, tem a oportunidade de fazer discursos, de expor suas idéias, levar para a frente partidária um pouco da ideologia do seu partido, inclusive opinando no plano de governo. Só que a realidade depois da eleição é outra. O vice é figura decorativa e se não tiver uma grande capacidade de articulação, acaba se transformando num inimigo do prefeito, por mais bem intencionado que seja. Em primeiro lugar, por tomar atitudes executivas, quando as decisões e as deliberações cabem ao titular da caneta. Em segundo lugar, por não ser atendido em suas reivindicações e idéias, ao ter rejeitadas as proposições de campanha, ao bater de frente contra os projetos do prefeito e seu secretariado. Vice que não tem jogo de cintura, tá morto. Essa é a realidade. Em primeiro lugar, tem de saber respeitar os limites do ego do prefeito. Não tem um que não seja vaidoso e todos querem deixar claro que quem manda são eles. E eles tem razão, pois todas as responsabilidades recaem sobre o chefe do executivo. Em segundo lugar, tem de deixar claro pro prefeito que terá lealdade total, que vai jogar no seu time, pensando num projeto à longo prazo. Em terceiro lugar, tem de dar suporte aos projetos do prefeito e seu secretariado, atuar conjuntamente, de forma harmoniosa. Em quarto lugar, qualquer projeto deve ser apresentado de forma didática, demonstrando as vantagens para o município, os benefícios para as pessoas, os retornos políticos.Em quinto lugar, todas as ações devem ser divulgadas como ações da prefeitura e não como ações individuais, independentes. Difícil mesmo é o vice saber domar o ego, dominar o ímpeto e os conselhos de um grupo de pessoas, que imaginam ajudar, mas acabam atrapalhando com conselhos errados e venenos injetados nos momentos de desavenças. Já vi alguns vices extremamente bem articulados, como o atual prefeito Toninho Timbira de Santa Bárbara, que quando vice soube o seu lugar, conquistou a confiança do prefeito e fizeram juntos uma das melhores administrações de Santa Bárbara em todos os tempos. Outro exemplo maravilhoso é do vice do presidente Lula, José de Alencar. Com todas as diferenças que os dois possam ter, existe uma relação de lealdade e confiança. Alencar é um industrial, um liberal, enquanto Lula é um ex-torneiro mecânico, de visão socialista. Essa união teria tudo pra dar errado, no entanto os dois configuram uma das mais belas amizades da história da república. Como bem diz o poeta, “tudo vale à pena quando a alma não é pequena”.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GALO INDIO E SUA MISSÃO

Conheço o prefeito Galo Indio há muitos anos. Tive a oportunidade de morar com ele na República dos Anjos em Belo Horizonte, no famoso apartamento 11, na Av Pedro II número 533 em Belo Horizonte. Sujeito de hábitos simples, mas de um coração enorme. Quando ele foi candidado a vereador, Paulinho de Nilo me perguntou se eu topava fazer o jingle pra ele por um precinho camarada. Falei pro Paulinho: - que isso...vamos fazer o jingle de presente pro Galo, com muito prazer. Depois, o Galo foi candidato a prefeito e novamente ajudamos com muita alegria. Não que tenha alguma coisa contra o Milton. Pra dizer a verdade, o lider dos jacarés também é um sujeito cordato, muito educado, que sempre me tratou muito bem. Não tenho nada a reclamar do Milton. Aliás, não tenho nada a reclamar também do Dico Lavanca ou do Marcinho. Todos sempre me trataram muito bem. A realidade é que não compartilho do ódio político da cidade. Penso que a velha guerra PMDB X PFL ou DEM, gerou uma inércia que paralisou a cidade por muitos anos. Aliás, toda dualidade gera inércia. O certo é que Galo Indio simboliza o fim dessa cisão. Ele tem uma sagrada missão de reunificar o que o tempo e o ódio cozido em fogo brando tratou de separar. Dos dois lados em que se divide politicamente a cidade tem boas pessoas. É danoso para todos que a cidade não possa se valer da competência das pessoas de bem por causa dessa dualidade artificial. Nossa cidade é pequena e o bem de todos é o bem de cada um. Por isso torço e muito pro Galo Indio dar certo e fazer uma administração pra ficar na história. Ele tem essa oportunidade de ouro nas mãos. Ele já me falou isso, que pretende governar com o que tem de melhor, não importando se for de A ou de B. Aliás, ele não faz distinção entre A e B. Agora, está em inicio de governo ainda, formando o elenco dele. Pode ter errado em algumas escolhas, teve de comportar muitos "companheiros" de caminhada. Mas teve a hombridade de dar um murro na mesa e não deixar que oportunistas o obrigassem a repetir os mesmos erros de seus antecessores. Mostrou que o espírito do GALO INDIO, de raça e de briga está encarnado nele. Ainda está longe de ser merecedor de elogio pelo conjunto da obra, mas possui virtudes que lhe credenciam sim a levar Alvinópolis a um outro patamar. Já falei pessoalmente a ele, que precisa investir mais em comunicação institucional, agilizar mais os processos internos e decisórios, decidir a questão da cultura, que se encontra num impasse que precisa ser resolvido urgentemente, saber utilizar melhor o potencial humano que tem em maõs. Tomo a liberdade também de fazer uma crítica construtiva. Ele não pode ficar vendo inimigos pra todo lado, pensando em conspirações, com medos dos ouvidos das paredes. Ele tem uma coisa que poucos prefeitos tiveram. Uma força de voluntariado imensa à disposição , pronta para formar um exército a seu chamado. Não sei se ele percebeu isso. Quando perceber, a cidade se tornará um grande mutirão e aí...ninguém segura essa cidade. Pode até ser que eu esteja errado e que a história me prove isso, mas vejo o futuro com muita esperança. Também sou voluntário nesse exército.

CHATOS ASSUMIDOS

Seremos considerados chatos, elitistas, segregadores se não fizermos esforço pra gostar do que a maioria gosta. Seremos chatos se não gostarmos de música sertaneja, se não apreciarmos churrasco, se não gostarmos de cerveja. Seremos considerados chatos se gostarmos de conversar sobre assuntos como literatura, música, filosofia. Seremos chatos se insistirmos em gostar e falar de cultura. Seremos muito chatos se falarmos em poesia, em cinema de arte. Seremos chatos se não aprovarmos a ética do presidente, que adotou o pragmatismo que implica em fechar os olhos para a corrupção, para dar vazão à sua vontade de se perpetuar, mesmo que seja através de uma sucessora que foi pega na mentira por várias vezes. Aliás, seremos chatos por denunciar a mentira, pois o povo não condena ninguém por mentir. Seremos chatos por denunciar a corrupção, pois o povo também não condena os curruptos, posto que a corrupção faz parte das nosso jeito macunaima de ser. Seremos chatos se nadarmos contra a correnteza. Seremos chatos se clamarmos por mais conteúdo, por mais profundidade, pois mais curiosidade intelectual. Seremos chatos por gostar de rock e do que ele tem de engajamento, de rebeldia e indignação, tão necessários para nós chatos. Seremos chatos por pensar, por sonhar, por não desistir. Somos chatos beleza, chatos quixotes, chatos conscientes e no fundo, chatos com muito orgulho. Melhor se acostumarem, pois não vamos aliviar. Nós chatos somos insistentes,persistentes,repetentes,redundantes.Só vou ficar por aqui, porque essa conversa já tá ficando chata. Câmbio e desligo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

POESÓDIAS


POESÓDIAS

FAKESIAS

BIJÚS

PÓS

NADA

PÓS

TUMAS

MARKE

TING

MORTE

KING

NOVI

LINGUA

LOGO

MÁCULA

RIMA

LIMA

NOVES

FORA

POECÍDIO

terça-feira, 1 de setembro de 2009

AS MONTANHAS



Um dia, do alto de sua sabedoria de patriarca, o Sr.Quinzim me contou uma história que nunca mais me saiu da cabeça e que em meus poucos anos de vida já pude vivenciar algumas vezes e que não tenho dúvidas, ainda vivenciarei muitas outras.

Ele me falou que a vida dele era subir e descer montanhas para depois subir de novo.

Contou-me que várias vezes na vida havia empreendido um esforço medonho para subir até determinado cume.

Alcançar o topo era coroar de êxito uma trajetória.

De cima da montanha escalada, por um tempo tinha-se a sensação de ver a vida de cima, de olhar o mundo com os olhos de Deus. Mas ao ajustar o foco, ao olhar com a alma, percebia que ali não era o topo. Existiam montanhas muito maiores por superar, muitas delas encobertas por brumas, cúmulos insondáveis. Mas daí não sobrevinha um sentimento de decepção, nem de cansaço, nem de rebeldia. Apenas o impulso de descer de novo a montanha e começar a subir a outra...e a outra...e a outra.

Percebermos o quanto nos apequena a nova montanha. Sentimo-nos como formiguinhas no inicio da caminhada, para chegarmos lá em cima gigantes, tão gigantes que não podemos ser vistos nem entendidos com os olhos da matéria, pois já pertencemos a outro plano.

Mas novamente ao chegar ao topo, novas montanhas se revelam.

E seguimos assim escalando montanhas metafóricas, vislumbrando horizontes metafísicos e sonhando com o mar, que abarca todas as águas...

Imagino o Sr Quinzinho sentado em cima da mais alta montanha , junto com meu avô Dominguinhos, minha mãe D.Neusa, meus avós D.Maria e Seu Zeca e vários outros que ascenderam. Continuemos escalando...