domingo, 28 de junho de 2009

ALVINÓPOLIS QUE PENSA...E QUE FAZ


Alvinópolis, desde o inicio do novo governo, vem recuperando a sua capacidade de fazer festas de alto nível.

Começou com a Festa de aniversário da cidade, que agradou em cheio.

Depois veio o carnaval, também um sucesso como há muitos anos não se via.

E agora o Festchita, uma novidade que pelo visto veio para ficar.

Devido a compromissos pessoais, não pude estar presente, mas a idéia é tão boa que não tinha como dar errado. Vejo através dos murais que foi realmente sucesso total, lotando a praça e levando encantamento a todos os presentes.

Também pudera, o evento foi liderado pela Marina de Darcy, juntamente com a Clara, Nita e sua turma. Essas meninas têm mãos de Midas, tudo que tocam viram ouro. Além do mais são laboriosas e tem a capacidade de envolver toda a comunidade, num trabalho de formiguinhas incansáveis, pessoas do bem, acima de qualquer suspeita.

Agora será a vez do Festival de Música. Será a edição de número 29 e não é pouca coisa. Com todos os problemas discutidos nos últimos dias, o evento vai acontecer, mas precisará contar com o apoio de todos. É como foi dito no mural do Alvinews: “ para se ter sucesso em qualquer coisa, é necessário que as pessoas da cidade sejam envolvidas e se sintam participando de tudo”.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

VIAGENS PARA DENTRO


Nada melhor que uma viagem pra dentro de nós, para enxergarmos a vida não com as tintas que os outros querem nos impor, mas com as cores reais, que vem de Deus, seja ele o que for.

Na tela da mente, me veio um caleidoscópio de imagens e sentimentos, que me fez retomar o equilíbrio, a alegria abalada por alguns ataques que visavam minar a minha auto-estima.

Lembrei-me hoje da primeira vez que nossa filha andou, de forma desajeitada, com um andador que compramos, da sua carinha de felicidade ao perceber que poderia se locomover sozinha.

Lembrei-me do dia em que percebi, num sorriso tímido de felicidade, que minha esposa me amava, que eu também a amava e que seria pra sempre.

Lembrei-me da minha mãe, do carinho que tinha, da sua voz sempre tranqüila, sua bondade que beirava a santidade.

Lembrei-me do meu pai, menino passarinho, com sua força moral e sua honestidade acima de qualquer suspeita.

Lembrei-me da minha irmã, também carinhosa, atenciosa, gente grande, mais nova porém mais madura que eu. Lembrei-me da sua filhinha Mylla também, sobrinha querida e inteligente feito os pais.

Lembrei-me do meu irmão, a mais relax criatura desse planeta, que vive o hoje sem a mínima tensão com o amanhã.

Lembrei de pessoas como meu primo Luizinho Parreco, uma rocha, um carvalho, uma fortaleza cinco estrelas; do Angelo Vovolito, parceiro e “sócio” de tantas empreitadas bem sucedidas, da turma da Filmavídeo, também parceiros apesar de estarmos mais distantes hoje em dia.

Lembrei-me dos amigos do Verde Terra, da República dos Anjos, de centenas de bandas e artistas geniais com que tive oportunidade de conviver, muitos deles anônimos, mas de grande expressividade.

Lembrei-me da acolhida que tenho em cidades como João Monlevade, Santa Bárbara, Belo Horizonte.

Lembrei-me da infinidade de amizades que fiz via internet, amigos virtuais espalhados pelo planeta afora.

Lembrei-me de Drummond, de quando dizia que felicidade acontece no intervalo entre as dores de dente, contas a pagar e as invenções do técnico do nosso time (isso foi por minha conta).

Concluí que meu saldo de felicidade é amplamente positivo.

Voltei da viagem agradecendo a Deus por estar vivo e por poder usufruir de todas essas maravilhas.

E o futuro... é um livro em branco ... só que ninguém vai escrever minha história por mim.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O SILÊNCIO COMO REMÉDIO !


Dizem que quando um não quer dois não brigam.

Não é verdade!

Muitas vezes a gente não quer brigar, mas o outro não se conforma e vem nos bater na cara.

Nessa hora, quisera agir como Cristo, oferecer o rosto para o próximo tapa.

Mas sou demasiado humano, imperfeito... e meu ego sangra...

Descubro amargamente que é impossível dialogar com que não quer diálogo.

A cada bandeira branca, uma saraivada de balas.

A cada flor, uma espada afiada.

Dizem que o inferno está cheio de boas intenções, mas não vou deixar que as minhas queimem nos infernos alheios.

Talvez o silêncio seja o único remédio!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CADA UM LÊ COMO QUER


Duas coisas que eu quero deixar bem claras!
O nome do blog ALVINÓPOLIS QUE PENSA foi criado com o intúito de promover a reflexão, de chamar as pessoas para o debate de idéias, de provocar o pensamento. Jamais tive qualquer intenção de humilhar alguém ou de sugerir que os Alvinopolenses não pensam.
Também com relação a postagem TENTANDO ENTENDER ALVINÓPOLIS, não estou chamando todos os Alvinopolenses de rurais, de roceiros, como insinuam alguns. Estou apenas constatando uma realidade e convido as pessoas para discutirmos essa situação. Pode ser que eu esteja equivocado. Vão ver que o meio do texto digo " me corrijam se eu estiver errado". O que faço é concluir que nos tornamos uma cidade com maior influência do meio rural e ate enumero os pontos positivos do fenômeno...e olha que não são poucos. Talvez seja hora de investirmos com mais força nesses eventos e de trabalhar melhor essas culturas.
Quanto à nós, aficcionados de uma cultura mais urbana, mais citadinos, precisamos rever nossas posições, recriar nosso universo sem atritar com o universo rural, não só reconhecendo a sua maioria e predominância, como convivendo de forma mais harmoniosa , afinal, somos minoria, mas dotados de mais informação e poder de influência.
Isso vale principalmente para a galera do Rock.

ARGUMENTO/PROJETO FESTIVAL 2009


Justificativa

O Festival da canção de Alvinópolis chega aos 29 anos com a certeza de que a longevidade e a credibilidade conquistadas tornaram o evento consagrado e esperado por toda a comunidade artística da Região, de Minas e por que não dizer do Brasil.

Realizado pela primeira vez em 1976, o Festival de Alvinópolis sobreviveu aos modismos, se impondo como realização de grande vulto no calendário regional, um evento que experimentou sucesso e fracasso, mas que continua aprendendo e se aperfeiçoando.

Nas 28 edições estiveram representadas cerca de 200 cidades e mais de 2.000 artistas de Minas e de várias partes do país, com público médio de 5.000 pessoas por edição.

Isso se deve ao trabalho quase sempre voluntário de um grande exército de amigos da cultura, de pessoas abnegadas que se revezaram através dos anos e fizeram do FESTIVAL este evento de grande importância para a formação da juventude de Alvinópolis e da região.

Nas esquinas de Alvinópolis, tradição e modernidade se encontram.

RESPONSABILIDADE CULTURAL

Investir no Festival significa dar suporte a um evento cultural de enorme significado para toda a comunidade artística nacional.

Localmente, o Festival tornou-se uma espécie de Universidade onde os artistas podem interagir com artistas de outras culturas, aprendendo e aperfeiçoando a arte da composição e se formando dignos representantes da música produzida em nossa cidade.

Para os artistas da região, principalmente os compositores, representa uma referência, um dos únicos sobreviventes de uma época de ouro em que os festivais pipocavam por todo o país.

O evento também goza de grande prestígio junto a artistas de outros estados, que saem dos pontos mais longínquos do país (Sergipe, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador, etc) para se apresentarem na cidade. Ganhar um prêmio em Alvinópolis acaba representando pontos importantes nos currículos de diversos artistas.

Para o público, significa a oportunidade de travar contato com uma música nova, diferente da veiculada pela mídia convencional.

INVESTIR NO FESTIVAL VALE À PENA

Os patrocinadores e parceiros, terão suas marcas e mensagens divulgados através das peças gráficas do Festival (Cartazes, Folders, Releases, jornais, Outdoors, rádio, entrevistas) , divulgação também durante o evento ( locutor-Palco-Banners-telão–outros ) e através da internet ( site do Festival, malas diretas virtuais e links correlatos).

O FESTIVAL 2009

O festival em 2009 será realizado com entrada franca na Praça São Sebastião. nos dias 24,25 e 26 de julho. O evento cumprirá o seu papel de abrir espaços para compositores e intérpretes de Alvinópolis, da cidades próximas e de todo o território nacional e proporcionará ao público presente uma mostra da melhor música autoral produzida no país. Várias programações e mostras paralelas estão sendo estudadas, como Tenda da Cultura, com Banca de Cds e souvenirs (com artigos dos artistas locais e do festival), livreto com as letras das músicas (para que o público possa acompanhar) e shows locais, valorizando os artistas da terra.

CONCLUSÃO

Alvinópolis é uma cidade extremamente musical, de uma gente simpática e criativa. A música é uma vocação natural dos Alvinopolenses, que desde sempre entoaram seus cânticos, seja nos maravilhosos vocais nas missas, seja nas batuques, nos cantos negros do congado de N.S.Aparecida, seja nos conjuntos musicais, nos bailes da vida.

O festival é uma exposição de toda essa exuberância, um evento de baixo custo, mas de amplo poder multiplicador, capaz de reunir alvinopolenses de todas as gerações, ausentes e presentes, além de pessoas de toda região que também amam a cultura e se irmanam numa festa onde a música e a cultura se encontram no pódium mais alto.

LINKS SOBRE ALVINÓPOLIS E SOBRE O FESTIVAL

http://memoriafestalvi.blogspot.com/

www.alvinews.com.br

www.alvinopolisquepensa.blogspot.com

www.alvifest.com.br

domingo, 21 de junho de 2009

TENTANDO ENTENDER ALVINÓPOLIS!!!


Alvinópolis sempre teve vocação cultural.
Se formos pesquisar a história, chegaremos à conclusão de que sempre tivemos excelentes músicos, artesãos, até atores de teatro, poetas, escritores, etc.
Só que um novo fenômeno se configurou, que mudou sensivelmente nosso quadro social.
Desde o inicio do século passado, a cidade teve sua economia quase que totalmente dependente da Cia Fabril Mascarenhas, que empregava grande parte da nossa população.
Com isso, desenvolveu-se na cidade uma cultura mais urbana, mais citadina, prevalendo sobre o municipio a cultura produzida na sede da cidade. Nesse tempo, tivemos por aqui cinemas, grupos de teatro, diversos grupos musicais, etc.
Só que com o passar dos anos, o eixo econômico se modificou. A cia de tecidos passou por diversas crises e teve de diminuir o seu contingente de operários. Em contrapartida, a agropecuária teve um crescimento muito grande, passando a responder como nosso principal fator econômico.
Tivemos também mais recentemente a chegada da Bio Extratus, do crescimento do setor de serviços, mas sem dúvidas, a agropecuária passou a ser nosso principal gerador de divisas.
Me corrijam se eu estiver errado.
O fenômeno acabou invertendo também nosso direcionamento cultural, pois passamos de uma cidade de predominância urbana, para o dominio da cultura rural.
Assim, diminui perante a população a importancia da palavra "cultura", prevalecendo a "AgriCULTURA".
Em decorrência , assistimos a decadência gradativa de algumas marcas da cultura local, como dos clubes Industrial Esporte Clube e Alvinopolense, do fim dos nossos cinemas, do festival de música, etc. Enquanto isso, notamos a clara preferência da população para com os eventos agropecuários, como Exposição e Cavalgada.
Analisando friamente, o fenômeno tem vários lados positivos. A agropecuária ajuda a espalhar o desenvolvimento por todo o municipio, desbravando territórios virgens e demarcando melhor as nossas fronteiras. É uma industria não poluente, que nos garante o necessário para a sobrevivencia e que só depende de solo fértil e agua, que temos em abundância.
A ascendência dessa economia rural, fez com que as lideranças da cidade, os políticos principalmente, tenham quase todos procedência do campo, pessoas que tem grande vivacidade, visão econômica, mas nenhum refinamento intelectual, sendo até resistentes a qualquer forma de intelectualismo.
Os representantes dessa cultura rural, pouco se importam com as nossas memórias, com o que passou, pois não tem vínculo algum com o passado. São emergentes e querem escrever uma nova história, de uma outra Alvinópolis que está nascendo dos escombros de um tempo que para eles, já passou.
A antiga Cultura Urbana quase que reduzida a guetos solitários, agoniza a cada dia. Seus agentes teriam de inventar novas estratégias para se adaptar aos novos tempos, repensar suas ações, buscar maneiras de interagir com o público, mas encontram resistencia no orgulho, na vaidade de tempos que já se foram e que ficarão esquecidos na poeira da história.
A esperança seria que aparecesse uma liderança jovem, de perfil mais moderno, mas comprometida com a preservação e elevação das memórias, mas pelo menos por enquanto, não vejo luz no fim desse túnel.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

OS INIMIGOS DA CULTURA

Impressionante como a cultura tem inimigos.

Quem frequenta os murais da cidade pode perceber claramente como tem gente advogando contra nossos eventos culturais.

São pessoas que não conseguem enxergar valor em nosso Congado, nossa banda de música e que não reconhecem o trabalho e valor dos nossos artistas.

Nosso festival, por exemplo, é combatido e existe uma luta aberta para sepultá-lo definitivamente.

Mentes mais rasas não conseguem enxergar seu potencial educativo, o imenso laboratório de criatividade que o mesmo pode criar, a variedade de culturas em interação, enfim...só coisas positivas.

Vivemos uma ditadura da maioria, em que tudo tem de ser feito para o povão, só pão e circo para a multidão gulosa de diversão e gozo dos instintos mais selvagens, quando a democracia pressupõe o atendimento a todos os segmentos.

O mais irônico da situação é que tudo o que um pai de familia pode querer é que seu filho ou filha tenha estudo, uma formação, para ter acesso a um padrão de vida melhor e uma CULTURA melhor também.

Mas ao mesmo tempo, existe esse culto ao popularesco, ao raso, ao anti intelectualismo.

Há quem diga que são reflexos da personalidade do presidente, que legitima a não obrigatoriedade de qualquer refinamento para chegar até o mais alto posto da nação.

Mas se querem saber a verdade, no caso de nossa cidade, penso que o principal problema mesmo é a falta de união dos nossos agentes culturais, que se encontram dispersos, seja por divisões politicas, seja por visões diferentes, seja mesmo pela cegueira dos egos.

Assim, são organizadas diversas ações isoladas sem foco e o bolo financeiro que já é pequeno, fica dividido em migalhas.

Pra completar, não se consegue uma interação entre a cultura, a educação, os empresários e a administração pública.

Desde que me entendo por gente, jamais se conseguiu que nossos politicos e empresários conseguissem enxergar o valor da cultura.

E devo confessar a minha incompetência nesse sentido, pois desde sempre tento advogar pela causa da cultura mas não consigo ser ouvido com a seriedade devida.

Quem sabe a cultura tá mesmo morrendo...e eu é que tô hesitando em aceitar...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

ASSUNTOS TABÚ


Engraçado como alguns assuntos postados parecem gerar mais discussões e outros se configuram quase como intocáveis.

As vezes posto certos textos e fico esperando as opiniões das pessoas...e nada!

Curioso como dois assuntos postados quase não foram comentados.

Um deles foi DEUS e o DIABO na internet.

As pessoas tem medo dos dois.

Tem medo do diabo, das tentações, do terror.

E tem medo de Deus, de serem descobertos no pecado, do olho de Deus sobre o mundo, das blasfêmias e principalmente dos castigos.

Mas também há quem acenda uma vela pra Deus e outra pro Diabo.

Principalmente velas virtuais...

Outro assunto foi EXTRA, EXTRA, PROIBIRAM A CERVEJA !

Apenas eu postei comentários.

Penso que o assunto é um tabú absoluto, pois os Brasileiros adoram uma loura gerada.

Só de pensar em ficar sem uma cervejinha, muita gente iria preferir mudar de planeta, quem sabe pedir asilo na Alemanha ...

Mas não tem problema.

Uma coisa que me intriga, que me perturba na convivência humana é a hipocrisia e não hesitarei em jogar luzes sobre as trevas da ignorancia.


segunda-feira, 15 de junho de 2009

SERENATA FORA DE HORA


Ok, vocês venceram!

As serenatas são coisas do passado e lá devem ficar.

Errei ao imaginar que uma lembrança a mim tão cara encontrasse ressonância em minha cidade, que faria alguns saudosistas como eu sair de casa para ouvir as músicas que outrora nos embalaram.

Errei também ao pensar que uma serenata funcionaria num show em bar. Nas serenatas, são tocadas 5 músicas ao máximo, debaixo das janelas. Já num show, devem ser tocadas no mínimo umas 20 e fica cansativo. Ainda mais se considerarmos que numa serenata as pessoas estão em seus quartos, debaixo de grossos travesseiros e que o som das vozes e violões soam soberanas, sem nenhum sonido que rivalize, enquanto num bar, as pessoas estão comendo, bebendo, conversando, enfim, dispersas por uma série de elementos.

Poderia funcionar num teatro, com iluminação apropriada, um belo roteiro, textos, enfim.

Mas parafraseando Fernando Pessoa " Tudo vale à pena quando a alma não é pequena".

Temos de aprender com tudo e aperfeiçoar, lapidar nossas jóias aos poucos.

As críticas que me açoitaram nos sites locais também tem seus ensinamentos pra mim. É lógico que doeram, pois não vieram de pessoas que me querem bem, mas é bom saber como pensam os que nos odeiam. Pelo menos assim, vamos endurecendo a casca e armando nossas estratégias de defesa.

Bom também constatar que viver é muito bom, na medida que temos sempre algo de novo para aprender todos os dias. Muitas vezes, são lições amargas, mas como dizem os antigos, tudo que é amargo cura.

O tempo passa sim, muitas vezes a imagem que vemos no espelho nos estende um dedo em riste, dedo cada vez mais enrugado, mas se fecharmos os olhos e olhamos pra dentro, veremos o menino que fomos e sempre seremos nos convidando para brincar.

O presente é o chão que pisamos e o futuro é uma longa passarela.

Sigamos com passo seguro...

terça-feira, 9 de junho de 2009

EXTRA, EXTRA...PROIBIRAM A CERVEJA


Levei um grande susto naquela manhã e até me belisquei para ver se ainda estava dormindo.

Ouvi um menino gritando:

- Extra, Extra...cerveja foi proibida no país...extra...extra...

Pensei comigo: Isso deve ser alguma gozação...ou algum desses jornais sensacionalistas.

Levantei num pulo, botei uma roupa e fui até a banca comprar o jornal.

Para meu espanto, a noticia estava em todos, cada um com uma manchete mais bombástica: “ CERVEJA E BEBIDAS ALCOÓLICAS SÃO PROIBIDAS”, “LEI SECA VOLTA AO PAÍS”, “FABRICAS DE CERVEJA SERÃO LACRADAS”.

Fiquei estarrecido. Sabia que há dias vinham sendo exaustivamente discutidas no congresso as conseqüências do uso de bebida alcoólica, principalmente no trânsito, com grande número de óbitos e prejuízos.

Comprei o jornal para me aprofundar no assunto e pude averiguar que em uma votação histórica, a câmara dos deputados havia aprovado a lei. Numa noite memorável de discursos inflamados, os políticos relataram casos de desagregação familiar, de graves problemas de saúde pública, enfim, de um calamitoso histórico de fatos que justificava a medida radical.

Um desses políticos acabou fechando questão, ao afirmar categoricamente que o álcool era uma droga e deveria ser tratado como tal, afinal, também modificava o comportamento, levava à violência e à desagregação familiar, quer dizer, se tinha as mesmas conseqüências das drogas, também teria de ser proibido.

Notei que todos estavam comprando jornais e completamente aturdidos.

A realidade é que as pessoas não tem costume de acompanhar o noticiário político e a maioria foi pega de surpresa pela catastrófica noticia.

Os noticiários televisivos mostraram as cenas das fábricas de cerveja sendo lacradas pela policia federal e as bebidas sendo recolhidas nos bares.

Durante o dia as pessoas até suportaram a situação, mas de tardinha, na hora sagrada da cervejinha, o caldo começou a entornar. Alguns “viciados” começaram a se revoltar ao saber que não teriam sua loira sagrada. Além do mais, refrigerante com tira gosto é o fim da picada. As pessoas estavam perdidas, sem saber o que fazer.

À noite no jornal da TV, foram relatadas cenas de revoltas em todo o país, com quebradeira em alguns bares no rio de janeiro e até mesmo de pilhagem em alguns estabelecimentos.

No outro dia, muitas autoridades, principalmente sambistas e artistas sertanejos, assinaram um manifesto condenando veementemente o que consideravam um cerceamento à liberdade e à alegria, afinal, a cerveja e a cachacinha faziam parte da cultura nacional. Ao final de uma poética lamentação eles diziam:

-Tenham piedade de nós...o que será do samba, do churrasquinho, do futebol, da praia, dos rodeios, das tardes de sexta-feira, das noites de sábado sem a cerveja?

Porém, nada disso sensibilizou nossos homens públicos. O ministro da justiça veio a público dizer que a decisão do congresso era soberana e que não seriam aceitas declarações públicas que fizessem apologia ao álcool, que à partir da nova lei, também seria considerado droga.

Logo após a declaração do ministro da justiça em rede nacional, foi a vez do ministro da saúde, que também ratificou a declaração do colega, dizendo que embora gostasse de uma cervejinha, abriria mão do vicio em nome de uma causa maior.

Nos dias subseqüentes, foram registradas algumas revoltas em pontos isolados do país, mas o aparato policial agia com rigor e depois de algum tempo, a situação chegou a uma normalidade aparente. As propagandas de bebidas sumiram dos noticiários, a maioria dos bares do país fechou oficialmente...mas só oficialmente.

O que aconteceu foi que o mercado negro se organizou, os bares começaram a funcionar nos bastidores da sociedade, logicamente com vistas grossas dos meios oficiais. A corrupção e o contrabando se instalaram e a classe média subia os morros para comprar cerveja.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DEUS E O DIABO NA INTERNET


A internet aproxima mesmo as pessoas.

Não sei se vocês já perceberam, mas a net está aproximando até Deus e o Diabo.

Vou explicar.

Existem na net vários endereços religiosos, vários portais gospel, até sites em que a gente pode acender velas para santo disso e daquilo.

As pessoas entram em comunidades para orar juntas, fazer correntes, estudar a bíblia, pedir perdão pelos pecados e esvaziar a lixeira(rs).

Só que o pecado mora ao lado...

Logo depois da reza, numa portinha ao lado está o capeta abanando a mão e dizendo:

- Psiu...ei amigos...olhem por essa fechadura ali naquela porta...vocês não imaginam o que tem do outro lado....e lá vai o internauta dar uma espiadela.

E quando a pessoa olha do outro lado o que tem? Cenas de sexo. Cenas de pura tentação a que nenhum ser humano normal resiste...e lá vai o religioso de minutos atrás pelas sendas da perdição.

Ali mesmo, o chifrinho já vai crescendo, daí pro MSN, para marcar encontros, para cair na gandaia é um pulinho. Os conteúdos mais escabrosos estão disponíveis para quem quiser e as pessoas estão querendo cada vez mais. O povo vai pecando sem limites.

Também né, depois é só entrar no site anterior e pedir perdão de novo.

Isso me lembra alguns faroestes mexicanos de outrora. Lembro-me que tinha uns vilões dos filmes, que matavam um monte de gente, queimavam até crianças e idosos e depois iam numa igreja e perdiam perdão, faziam nome do pai e já se sentindo perdoados, saiam dando tiros para cima, prontos para matar de novo.

É muito difícil!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

BANDA " HOSTIL" ou "OS TIO".


Tava pensando em montar uma banda formada só de pessoas que já passaram dos enta.
Fiquei pensando no nome pra essa banda e cheguei a um nome sugestivo ¨HOSTIL¨.
Isso é que é uma banda de duplo sentido.
Em primeiro lugar, por causa da hostilidade, da atitude revolucionária que vem embutida no rock.
Depois, por que dá um trocadilho muito engraçado com OS TIO, quer dizer, aqueles que já cultivam cabelos brancos ( isso quando tem), que já tem filhos ( muitos neo-caretas) e depois daquele comercial de Sukita que ficou famosos né, tio tornou-se apelido para o apelido de coroa.
Bom, melhor aproveitar a fase de HOSTIL, pois daqui a pouco chega a fase do Vômusic.
Mas, se formos pensar bem, o rock and roll já é vovô, né...já não é mais música de jovem apenas. Mick Jagger e cia são vovozões com fantástica longevidade e nos dão uma sobrevida considerável, isso somado a descoberta da droga da terceira idade, o viagra. O que tem de velho maluco cheirando viagra não ta no gibi, um pozinho azul pra lá de muderno.
Mas falando sério, mas sério mesmo, o mundo do pop não é muito generoso com seus mais velhos. Muito difícil um grupo mais maduro conquistar a confiança da meninada. Eles não dão moral para sujeitos que tem a idade dos seus pais.
Falemos a verdade na lata: se tem um estilo musical que é generoso com seus veinhos é a música sertaneja, que tem Gino e Geno, Theodoro e Sampaio, Sérgio Reis e outros mandando ver, sem preconceito. Muito pelo contrário: são respeitados e lotam qualquer espaço.
Mas não tem problema. Todo véio é teimoso e gagá. Além do mais, a meninada acho que de certa forma, até gosta dos véios, pois vivem se chamando de véio pra cá, véio pra lá.
Então fiquem atentos, pois em breve haverá um show da banda HOSTIL, num asilo ou cemitério perto de você.