domingo, 1 de agosto de 2010

CULTURA ALVINOPOLENSE

Carnaval, uma das nossas maiores expressões culturais

Se formos pensar no calendário cultural de Alvinópolis, temos o Aniversário da Cidade em fevereiro, Carnaval em fevereiro ou março, Festa da Chita e Festival da Música em Julho, Festa do Rosário e Congado em outubro. Curioso que alguns eventos, antes considerados importantíssimos como Cavalgada e Exposição Agropecuária andam capengando. Com todo respeito, os dois eventos não vinham tendo nenhuma perspectiva cultural, sendo feitos apenas como entretenimento. Além do mais, são eventos que exigem grandes somas de dinheiro, pois as pessoas tendem a querer shows de artistas consagrados que cobram cachês que costumam ultrapassar a casa dos 100 mil reais. Quando a prefeitura tem dinheiro em caixa pra gastar ou parceiros que banquem, tudo bem. Mas penso que o prefeito está certo em não gastar o dinheiro público com festas caras, preferindo investir maciçamente na saúde. E espero que quando ele tiver parceiros ou dinheiro para investir, que chame o pessoal da Fundação Casa de Cultura para ver o lado cultural desses eventos. Uma exposição agropecuária e industrial pode e deve ser mais que shows, cerveja e mulher bonita. Pode ter realmente exposição das nossas potencialidades, dos produtos alvinopolenses e da nossa cultura. A cavalgada também pode ser organizada de forma a valorizar o evento, com shows sertanejos também, mas contando histórias dos grandes pioneiros, das amazonas, difundindo a cultura das cavalgadas, dos cavaleiros, enfim. Mas vou contar uma coisa pra vocês: pra mim a nossa maior expressão cultural continua sendo a Festa de Nossa Senhora do Rosário e nosso congado. Gostaria muito que houvesse uma possibilidade de interação até com vistas a produzir DVD e CD que registre os diferenciais dessa importantíssima marca cultural. Eu já tive oportunidade de ouvir vários congados de várias partes do estado e identifiquei no congado de Alvinópolis batidas muito diferentes, originalíssimas. Esse legado não pode ficar perdido na poeira do tempo. Depende da nossa geração registrar esses sons e imagens, antes que as batidas se miscigenem com alguma batida alienígena, como o funk ou hip hop.

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