quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PRECONCEITO CONTRA O INDUSTRIAL

Não entendo o porque, mas as cidades tem mania de amaldiçoar determinados locais. É o que vejo acontecer com o Industrial , um dos clubes mais tradicionais da Região. Lembro-me dos dias de glória do Industrial e Alvinopolense. As vezes acontecia de ter bailes nos dois clubes, que disputavam a preferência do público. Lembro-me dos bailes de miss que ali aconteciam, do Adairim chamando todas as beldades pra dançar. Lembro-me que ali aconteceu um show memorável de Marco Antonio Araújo e - pasmem - para mais ou menos umas 50 pessoas. Nos salões do glorioso alvi celeste, havia também a famosa Discoteca do Industrial, contando com iluminação sensacional, atraindo a fina flor da juventude da época. Só que o tempo de glória passou e os clubes entraram em decadência. O Alvinopolense, embora tenha excelente estrutura, tem pouca atividade. O Industrial hoje, pelo menos tem os eventos de forró que ajudam nas despesas. Mas não sei porque mas a sociedade Alvinopolense já botou rótulo no clube por causa disso. Já ouvi falar que ali hoje é risca faca, que só tem forró pro povão, que ali tá queimado. Mas que besteira é essa? Mas como queimado? Quer dizer então que a história gloriosa desse clube centenário não vale nada? Quer dizer que os carnavais, o marinheiro que deu adeus à marinha pra ficar na onda do industrial não valeu à pena? Quanto preconceito, meu Deus. Quanta má vontade. O Industrial tem um espaço excelente, tá muito bem cuidado e fica ali na praça, onde todos se encontram. Esse negócio de ficarmos desvalorizando o que temos precisa acabar. O Industrial é nosso, faz parte da nossa cultura. Vamos abraçar, vamos beijar, vamos carinhar essa bandeira azul, Com todo o respeito mas, antes clube que igreja. 

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