sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CARNAVAL TEMPORÃO EM MONLEVADE

Os Alvinopolenses da minha idade entre 40 e 46 anos, certamente vão se lembrar do carnaval temporão que acontecia em Rio Piracicaba. Quem gosta não pode sentir um cheirinho de carnaval, não pode ouvir som de batuque que já fica ouriçado. Lembro-me de ter ido a Rio Piracicaba com Dico Surdico e turma. Era um sucesso. Não sei porque o pessoal de RP parou com o temporão de lá. Pois é. Mas Monlevade desde o ano passado, está promovendo o seu PRÉFOLIA. No ano passado, já foi sucesso. Mas este ano parece que vai arrebentar mesmo. Depois de muitos e muitos anos, vai ter concurso de blocos. Alguns blocos bastante originais se inscreveram e parece que o negócio vai pegar pra valer. Vai ter até o bloco do Sujo de São Domingos do Prata, com 46 anos de existência. Fiquei até pensando: puxa vida! Que pena que os Blocos dos Piratas, do Saco Sujo e do Ninho da Águia não estarão aqui. Podia também ter um bloco dos bambas do gaspar e do Adeus Marinha. Quem sabe no ano que vem? Se os piratas vierem com seu carro pipa, com certeza vão arrasar. Já pensaram cantarmos nossas marchinhas imortais em plena avenida Wilson Alvarenga? Pra mim seria um prazer imenso. Já cantei esses dois hinos em quase todos os lugares em que fui. Mas voltando ao concurso de blocos daqui, tem prêmios em dinheiro, que são simbólicos, mas que ajudam. Uma idéia para o pessoal implantar em Alvinópolis também. Outra coisa bacana é que a festa será toda feita utilizando apenas artistas locais. De qualquer maneira, quero convidá-los a vir a Monlevade neste sábado e domingo. Já na outra semana, a jiripoca pia é na Praça São Sebastião e pelas ruas de Alvi mesmo. Prú Tcháá!!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MEMÓRIAS CARNAVALESCAS

Fragmentos de memórias do nosso carnaval

Hoje me vieram vários fragmentos de memórias do nosso carnaval.

A primeira imagem que me vem à cabeça é de dois homens que apareceram fantasiados de astronautas. Tinham uma roupa bacana e um tubo de oxigênio que ficava cheio de cachaça. Eu era muito pequeno, mas não esqueço disso.

Depois, lembro-me dos carnavais do Industrial e Alvinopolense e a pororoca das águas azuis e preto e brancas.

Vira que mexe alguém perdia alguns dentes.

Nesta época já começava a florescer a genialidade de Bastião de Olga, um personagem extremamente criativo e que levava sempre uma crítica política, sempre com bom humor.

Jamais me esquecerei também de algumas figuras que se vestiam de mulher, Por exemplo o Dô de Zé Carvalho, com seu indefectível fio dental. Não me esqueço também de Bolão vestido de mulher. Uma madame chique.

Não estavam caçoando, tipo a turma das piranhas com duas laranjas fazendo as vezes de seios. Nada de maquiagem ridícula. Era uma mulher perfeita. Fiquei reparando aquela figura passar. Caminhava com elegância e vivia mesmo a personagem.

Não me esqueço também do Baiano de Antonino vestido de mulher. Caprichou na peruca, na maquiagem e nos trejeitos. Deitou-se na grama da baixada e ficou fazendo poses, caras e bocas.

Marcelo Xuxa também é uma peça. Uma vez teve uma idéia: saímos de trio elétrico. Um com uma lâmpada, um com interruptor e outro com uma pilha.

Uma vez saímos de AC-DC no Carnaval. Dois com guitarra e o Xuxa era o vocalista, cantando letras impublicáveis. Não dá pra esquecer também do Azeitona, o "home" mais forte de Alvinópolis depois de Ricardão. O homem vivia num carnaval o ano inteiro e principalmente nos fins de noite de Alvinópolis, só que no carnaval soltava as frangas de verdade.

E Tuôla? Carnavais memoráveis aconteceram no clube erigido pelo saudoso dirigente. Os bailes no "pouca roupa" eram muito bons pra namorar. O salão ficava lotado de gente e a onda humana ia rodando, rodando e a gente ficava ali, aguardando a menina que nos atraísse passar pra sair atrás dela, com as mãos em suas cadeiras num trenzinho.

Haviam também os bailes no industrial, mas sem dúvidas, o Alvinopolense é que era o clube da moda.

E DicoSurdico, o homem trovão?

Dico com seu surdão era uma escola de samba sozinho. O Homem tinha um preparo físico invejável e passava quase o dia inteiro tocando surdo com qualquer batuque que passasse. Foi um dos integrantes do BAG, maior bateria de samba que a nossa região já viu.

Outra coisa muito bacana que vi nascer foi o Bloco do Saco Sujo, uma ação de uma turminha da Rua de Cima, de Liêda, Ricardão, Tom João e outros.

Era muito interessante no início, pois todos queriam se expressar através do que pintavam nos sacos. Cada frase que saía.

Eu mesmo saí com uma frase escrita "a Parte Alta abandonada pede socorro". É que na época a Rua de Cima estava cheia de mato e houve um movimento reivindicando mais atenção para a parte antiga. O Bloco do Saco Sujo durante muito tempo foi um sucesso, o bloco mais esperado, que abria o carnaval.

Lembro-me que em um dos carnavais de Alvinópolis, saí mascarado, tomando vodka e cinzano com Ricardão. No meio do trajeto, já estava no maior zinabre e passei a mão no ombro de uma menina e fomos pulando. Como ela não tirou a minha mão, continuei com ela. Descemos juntos até a praça da baixada, de máscaras. Quando lá chegamos e fomos tirar as máscaras, tratava-se de uma ex-namorada, com que eu havia terminado há duas semanas. Acabamos nos beijando e tivemos uma recaída de mais uns 2 meses.

Outra coisa que sempre gostei nos carnavais foram as furiosas. Adorava as bandinhas com suas batucadas e aqueles músicos heróicos que tocavam as músicas de todos os carnavais.

Mas história inesquecível mesmo eu vou contar agora.

Certa vez, o Industrial estava numa fase muito boa, com muito dinheiro para gastar. Já o Alvinopolense estava de caixa baixo. A turma do pouca roupa o olhava de longe e via o movimento, os carros alegóricos sendo criados, as fantasias. Iria ser um banho, pois o pouca roupa não tinha dinheiro para nada. Já viu como é né?

O Alvinopolense estava sem dinheiro e não pôde sair, mas a turma do Gaspar não iria querer perder e entregar a rapadura.

Assim foi criado o CIDA ( não me lembro o que queria dizer a sigla), um bloco que deveria desfilar e mostrar que os "Bambas do Gaspar" eram os maiorais, com ou sem o Alvinopolense. Só que não tinham dinheiro para competir com a turma da Baixada.

O que fazer?

Tiveram uma idéia genial. Criaram um carro alegórico com uma menina desfilando com os seios de fora. Foi um achado. Como nas transmissões dos carnavais na TV os seios já estavam invadindo as telas, não houve grande clamor moral, mas mesmo assim, ter uma mulher rebolando e com os seios de fora era demais para a sociedade Alvinopolense. Milhares de homens acompanharam todo o trajeto escoltando o caminhão e os seios da mulher abafaram o Industrial. (acho que na Filmavídeo tem essa filmagem histórica).

Mas nosso carnaval teve algumas fases de baixa também. Durante algum tempo, a prefeitura só contratava bandas pra tocar no palco da praça e mais nada. Mas o espírito folião que andava adormecido voltou à ativa com força total. Prova disso é a força do bloco OS PIRATAS, que deve ser um dos maiores da região no momento. Como eu detesto aquela frase do "antigamente é que era bom", estou muito otimista com o carnaval de Alvinópolis, tenho certeza que a criatividade e o bom humor dos alvinopolenses estarão presentes, como sempre.


Obs - Fiz algumas modificações no texto considerando informações passadas pelos internautas do Mural do Alvinews. Tomei a liberdade de incluir essas postagens como comentários, que ajudam a elucidar fatos muito interessantes do nosso carnaval.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

AS RUGAS DA CIDADE

Rua nova - mas piso velho
Asfalto, calçamento e cascalho. Tudo misturado

Praça da Matriz - calçamento desnivelado, terra, pedras soltas

Asfalto no gaspar - uma colcha de retalhos - uma feiura só!

Asfalto rachado, se desfazendo, muito triste.

Essa feiúra vem de vários governos. Não podemos cometer a injustiça de debitar o problema na conta do Galo Índio. No entanto, seria bom que a secretaria do planejamento, juntamente com o pessoal do desenvolvimento econômico e do departamento de obras se sentassem para conversar sobre um projeto para recuperar essas vias públicas, passando uma melhor impressão da cidade. Tá certo que os investimentos com amplo retorno social sempre valem mais à pena. Investir no ser humano é sempre prioritário. Porém, residir em uma cidade bonita e bem cuidada eleva a auto-estima e gera satisfação de pertencimento. Se o Galo conseguir dar uma maquiada nessa "rugas" da cidade, com certeza vai ganhar muitos pontos com grande parte da população.

PISO FRANKSTEIN


Não é culpa do Galo Índio, nem é culpa de ninguém e é de todos. São décadas de pisos em cima de pisos, de calçamentos, cascalhos, bloquetes, camadas de asfalto e cimento. Além do mais, tem as tais rede pluviais que precisam ser feitas da forma correta. Meu irmão Rogério falou uma coisa interessante. Talvez seja preferível bloquetes que asfalto, pois o asfalto é quente e vai derretendo e se desfazendo, enquanto os bloquetes duram. Além do mais, fica mais fácil por exemplo quando tem de furar por causa de vazamentos de canos, manilhas, etc. Depois é só voltar com os bloquetes. Passei no Souza e vi que estão bloquetando lá. Medida acertada.

DISSE QUE ME ODEIA POR QUE FALO BEM DO GALO INDIO

Uma pessoa falou que me odeia por que falo bem do Galo Índio.Tá bom então. Vou falar mal dele. Galo Índio tem um péssimo gosto no futebol. Torce para aquele time da camisa rosa. Mas falando sério, em Alvinópolis, como em qualquer lugar, quando manifestamos simpatia por um candidato ou partido, imediatamente somos renegados pelos não afinados. Se a pessoa convive num ambiente onde prevaleça Mirton, Marcim, Ledes, Ronaldo Torres, Dico e Lindouro, fatalmente vai falar mal do Galo Índio, faça ele o que fizer. E se falarmos bem dele, também seremos odiados. É a lógica da política.

SOBRE A PRAÇA DA BAIXADA

Galo Índio me falou que por causa de outras prioridades da cidade, não tem como promover reforma na praça da baixada agora. Mesmo porque, algumas praças como a que fica perto do Campo do Alvinopolense e também do Gaspar estão precisando de manutenções mais imediatas . São muitas as prioridades nas áreas da saúde, educação e infraestrutura e a praça da Baixada não está em mau estado de conservação. A questão estética pode ser estudada. O que a prefeitura não pode é ser irresponsável, gastando dinheiro público com uma obra que não é prioridade no que diz respeito a necessidades mais imediatas da população.

COMENTÁRIO

Alguém comentou no mural do Alvinews que poderiam contactar o Alvinho, pra ele fazer um estudo de adaptação. O talentoso arquiteto Alvinopolense foi responsável pelo belo projeto da praça do Asilo. Concordo com o Galo Indio no aspecto da infra-estrutura já presente, que é funcional para eventos. Mas quem sabe com pequenas intervenções não consigamos melhorar sua estética? Podemos também tentar alguma verba com deputados e com o governo. Um projeto que aproveite a estrutura existente e proponha mudanças pontuais.

SOBRE O CARNAVAL EM ALVINÓPOLIS

Tudo indica que será muito bom, mantendo a tendência de crescimento dos últimos anos. O Prefeito gosta de carnaval e está fazendo de tudo para que tenha atrações para todos os gostos. Deixa eu dar um pitaco. Não seria uma boa a criação de um concurso de blocos, com premiação para os melhores em caixas de cerveja?

OBSERVAÇÃO

Peguei a foto ilustrativa na internet. Mas se alguém tiver algumas fotos atuais de Alvinópolis para me enviar, ficarei grato.