segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O FESTIVAL 2012 FOI MUITO BOM, APESAR DAS DIFICULDADES

Fiquei muito feliz com os resultados. Com todas as dificuldades, o Festival aconteceu e repetiu a qualidade de sempre. Agradecemos aos participantes que prestigiaram. Isso prova que o Festival tem nome, apesar do prêmio pequeno. Gostei muito da música vencedora. Até parabenizo o corpo de jurados, pois apesar de ser lindíssima, é uma música difícil, de harmonia até mezzo profana, se considerarmos o cancioneiro brasileiro, feito de melodias e letras simples. Marinho San é um mestre e vem nos prestigiando há alguns anos. Nico, que ganhou o segundo lugar, veio no ano passado, encantou e encantou-se com a cidade. Retornou e faturou o segundo lugar, com justiça, mas poderia até ter vencido também que o prêmio ficaria em boas mãos. O terceiro lugar, também é um sujeito que está sempre vindo a Alvinópolis, um violeiro da melhor estirpe, o meu amigo Diorgem Jr. A melhor letra ficou com outro grande nome, que esteve no ano passado com a lindíssima Manifesto H20, o papa-festivais Walter Dias. E a melhor interpretação ficou para a banda local HARD CASE, que realmente tem uma qualidade de cair o queixo. Outros artistas merecem referência, mas estou falando à partir da audição da pré-seleção, já que não estive presente no festival em si. Mas como eu disse, valeu pra caramba. Já chegaram comentários de que no ano que vem vai ter um super-festival, que não será apenas um "showzim no Nicks". Eu pelo menos ficarei muito feliz se isso acontecer. Baterei palmas e soltarei foguetes. O que importa é que aconteça e com muito brilho. O ultimo festival num governo do PMDB foi excelente, realizado na praça São Sebastião, tendo à frente da organização Mariãngela Repolês, minha mestra, a quem devo muito e jamais pagarei(rs). Se for ela na organização, com certeza será um Festival muito bacana. Se vierem shows grandes, se tiver mais investimento, melhor ainda. Esse ano, penso que tivemos o ato de grandeza de nos esforçar, com pouca verba, estrutura pequena, para não deixar que a peteca caísse, para não deixar principalmente os artistas jovens sem um evento tão esperado pela comunidade artística. O Festival, mesmo pequeno foi bacana e quem se envolveu, gostou. Quanto às provocaçõezinhas e perseguições pontuais,  essas já não me afetam em nada. Fazem parte e nunca deixarão de existir. E que venha o 33º Festival. E viva Alvinópolis!!!

SAUDENSES AMIGOS DE ALVINÓPOLIS

Graças a Deus, ficou pra trás aqueles tempos de rivalidade entre Dom Silvério e Alvinópolis e isso se deve a alguns acontecimentos recentes e à própria evolução das sociedades. Mas dois acontecimentos recentes ajudam a sedimentar ainda mais o caminho para uma integração maior e para uma mútua admiração. Eu sempre gostei muito de Dom Silvério, cidade que considero muito bonita, rica culturalmente e que fica perto, muito perto de Alvinópolis. Mas como eu dizia, dois acontecimentos relativamente recentes fizeram com que o relacionamento inter-cidades ficasse ainda mais sólido. O primeiro acontecimento foi a instalação da Bio Extratus em Alvinópolis. A vinda da Fábrica para Alvinópolis, o crescimento da empresa em solo Alvinopolense e sua reconhecida importância para a economia local, fizeram a diferença e praticamente inseriram Alvinópolis no mapa do país ( há alguns anos atrás, o Festival de Música fazia isso). E mais presentemente, tive a oportunidade de conhecer José Maria Repolês e Ana Maria Cotta, sua esposa. José Maria, prefeito de Dom Silvério e sua esposa, são apaixonados por Alvinópolis e estão sempre na cidade. A filha deles é casada com o Thiago, filho da Vera e do Lindouro da BioExtratus. Mas independente disso, sempre participam dos eventos culturais, estão sempre presentes, assim como fizeram uma administração sensacional em Dom Silvério. Quem visita a cidade vizinha tem uma excelente impressão. Ruas sempre limpinhas, tudo organizado e uma gestão exemplar. E para demonstrar que a boa relação com a cidade não fica apenas na simpatia, José Maria, que é hoje também presidente da AMEPI, destinou verba da prestigiosa Associação dos Municípios do Médio Piracicaba para o Festival de Alvinópolis, reconhecendo a importância do nosso festival como importante evento vitrine para os artistas de toda a região. A contribuição da AMEPI, ajudou e muito para que o Festival deste ano fosse realizado e em nome da cidade, agradeço a AMEPI, ao José Maria e a Ana Maria. E só pra terminar esse post, fico curioso de saber o que o José Maria vai fazer agora, já que elegeu seu sucessor e não mais estará na AMEPI. É obvio que continuará "politicando". Espero que continue levantando uma das bandeiras que hasteou na AMEPI, da duplicação da BR 381. Pelo que percebo, pela guerra de informações no ar, ainda tem muita agua pra passar debaixo dessas pontes... 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

OS FESTIVAIS, O JURI E O PÚBLICO.

Hoje me dei conta de uma coisa. Dos 32 Festivais da Música em Alvinópolis realizados até hoje, não estive presente em apenas dois. O primeiro e o deste ano. É obvio que estou chateado de não estar em Alvinópolis neste evento que pra mim é mais importante que qualquer Rock In Rio, copa do mundo ou o que for, mas é que já tinha realmente um compromisso inadiável: aniversário da minha filha, Rísia. De qualquer maneira, ajudei como pude nos últimos meses. Já falei e volto a repetir: festival pra mim é como se fosse universidade, faculdade, uma escola que ajuda a lapidar os trabalhos musicais e literários. Os artistas se apresentam com dois focos distintos: o corpo de jurados e o público. Não é fácil agradar ao juri. Ali sempre estão pessoas do meio musical, literário, professores de português, produtores, artistas, jornalistas, poetas, pessoas que tem vivência e preparo intelectual. Agradar o público também não é fácil. Arrancar aplausos, emocionar, criar identificação não é tarefa fácil. E ainda tem outra questão. Muitas vezes o artista agrada ao público, mas não agrada o juri. A platéia muitas vezes se revolta sem saber qual foi a minúcia vista pelo juri, que o público não enxergou, por não ter as letras nas mãos, as vezes por não ter conhecimento técnico. O contrário também acontece. Muitas vezes o artista agrada o juri, mas não emociona o público. Agora, quando o artista consegue as duas coisas é o máximo. Já vi isso acontecer algumas vezes. Tem artistas de tamanha capacidade interpretativa, que fazem com que uma música nem tão boa assim cresça, se faça gigante. Só sei de uma coisa. O Festival é um evento muito bom pros artistas, principalmente pros compositores, tão sem espaço pela preferência do público e até dos donos dos bares pelos covers. Mas sinceramente? Mais do que nunca, tá precisando haver uma renovação de conteúdos. Precisamos de músicas novas, capazes de espelhar nosso tempo, letras que vão além das temáticas pobres veiculadas pelas nossas mídias. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O FESTIVAL NÃO É DE NINGUÉM E É DE TODOS

Desde os primeiros anos, a prerrogativa de se fazer o festival coube ao poder público municipal por uma razão muito simples: sem o patrocínio majoritário da prefeitura é quase impossível fazer um festival maior, com melhores prêmios e estrutura. No entanto, se os prefeitos e seus assessores resolvem que não vale à pena investir, a comunidade cultural faz assim mesmo. É o que está acontecendo em 2012. Vai ser pequeno, mas aconchegante e terá qualidade, como sempre. E terá o mais importante, que é a participação dos artistas da cidade, que são muitos. Hoje uma pessoa me falou: - Marcos Martino, você é um bobo mesmo. Fica se esforçando junto com o Alessandro para que o festival aconteça, mesmo pobre, mesmo sem dinheiro! Ora bolas. Tem pessoas no mundo que tem atitude de grandeza, de pensar além do momento presente, de pensar nos compositores, nos artistas novos, que não tem espaços para se apresentar. Essa mesma pessoa que me chamou de bobo, também me provocou dizendo que no ano que vem o novo governo vai fazer um super-festival, que vai investir dinheiro, trazer show nacional na praça e que não vão me chamar pra nada. Em primeiro lugar, não posso reclamar. Em festival realizado pela turma do 15, fui até homenageado, tendo uma das maiores emoções da minha vida, quando o grupo vocal Elo de João Monlevade cantou a música Do Outro Lado do Espelho. E um dos festivais que fizemos com maior sucesso de público, também foi o realizado em parceria com a prefeitura em 2006, se não me engano...ou 2002. Lembro que era época de copa do mundo. Foram 10 dias de festa na Praça, com grande participação popular.  E Puxa vida! Se o pessoal resolver realmente investir, soltarei é alguns foguetes. Tudo que eu quero é que esse festival permaneça aberto, em plena atividade, pois pra mim é uma universidade da música. Já falei isso diversas vezes e repito. Se acontecer, ficaremos muito felizes mesmo. Isso significará que nosso esforço valeu à pena. Tomara mesmo, pois bons nomes do lado do Milton é que não faltam. Tem a Mariângela, minha grande incentivadora,  que fez excelentes festivais. Tem a Ana Therezinha, tem o Marcelo Xuxa, enfim, uma turma muito boa, com legitimidade pra trabalhar a cultura e que não vão deixar a peteca cair, muito pelo contrário, vai querer mostrar que sabe como fazer e que valoriza o Festival, que não é da prefeitura, mas de todos. Mas por enquanto, vamos nos ater ao Festival 2012, que vai acontecer daqui há 11 dias apenas. E bom festival pra todos...