sábado, 23 de maio de 2015

O FESTIVAL DA MÚSICA - APONTAMENTOS...

MEMÓRIAS


Nosso Festival já tem 35 anos de realização e em sua trajetória, teve momentos de glória, decadência, quase acabou, mas continua vivo, graças a Deus e a alguns heróis. Nesse tempo de realizações, acumulou experiências que fizeram com que fosse evoluindo em termos de regulamento, de modo a favorecer os artistas e o público. 

SENSIBILIDADE DO JOVELINO - PRÊMIOS PARA OS 10 PRIMEIROS COLOCADOS

Houve um Festival da Música que sensibilizou muito o Jovelino por uma questão em particular. Foi um festival muito forte em que apenas os 3  primeiros colocados receberam prêmios, mas haviam várias outras músicas que mereciam ser premiadas, já que também eram muito boas também. Jovelino ficou com aquele sentimento na cabeça e no ano seguinte, sugeriu que distribuíssemos os prêmios, de forma que todo mundo que passasse para a final receberia algum prêmio. Ele alegava que a iniciativa também ajudaria os classificados a custear pelo menos parte da despesa com alimentação, transporte e hospedagem. Conversamos com o Joãozinho, que também aprovou a ideia e assim foi feito. Resultado: depois do festival todos saíram satisfeitos, se sentiram honrados e não houve aquelas tradicionais reclamações por parte dos que não ganham nada. 

ALGUNS SÃO CONTRA

Algumas pessoas são contra, preferindo distribuir a premiação apenas para os 3 primeiros lugares. A alegação é de que ninguém dá valor para outros prêmios que não sejam os principais, que  prêmios menores não valorizam ninguém. Mas quem já teve a experiência em participar em festivais, sabe o quanto um dinheirinho extra, por menor que seja ajuda nas despesas. Além do mais tem o troféu de reconhecimento do Festival para com as obras alheias, um espécie de selo de qualidade.

SOBRE PRÊMIO PARA MELHOR DA CIDADE

Claro que tem aqueles que já tem qualidade suficiente para disputar os prêmios maiores. Mas sempre tem aquela galerinha que tá começando...e convenhamos: ganhar melhor da terra dá uma moral danada e motiva quem ganha.

QUANDO TEM PRÉ-FESTIVAL, NEM CARECE

Quanto tem pré-festival, a banda melhor premiada já é automaticamente a melhor da terra. Nesse caso nem se justifica mesmo outra premiação

TÉCNICO DE SOM: MAIS IMPORTANTE QUE O PRÓPRIO SOM

Pra fazer Festival de Música é fundamental avisar antes pra equipe de som que o evento é diferente, bem mais complexo que trabalhar com show. Nos Festivais são muitos artistas que se intercalam no palco. Os técnicos tem de fazer ajustes o tempo inteiro e não podem se ausentar da mesa. A sonorizção tem de ter um ou dois caras no palco o tempo inteiro para dar assistência aos músicos. E o mais importante: tem de ter técnicos e ajudantes muito pacientes para tratar os artistas com  educação e tranquilidade, pois principalmente a meninada mais nova é inexperiente e cheia de nervosismo no palco. Além do mais, convenhamos: todos merecem respeito. 

SOBRE CORPO DE JURADOS E DIVULGAÇÃO DAS NOTAS

Algumas pessoas sugeriram numa discussão no facebook que os jurados deveriam divulgar as notas na hora. Isso já foi feito no passado. Na maioria dos festivais era assim. Mas começaram a acontecer problemas. Nem sempre quem perde tem esportiva e tava acontecendo de alguns músicos cercarem os jurados por causa de notas ruins que receberam. Situação muito chata. Até que se os jurados fossem remunerados para participar dos juris, mas quase sempre são voluntários, convidados e tem de passar ali 3, 4, 5 horas ouvindo músicas e atentos ao que se passa. Não é justo submetê-los a tamanho constrangimento. Houve quem sugerisse a divulgação da somatória das notas nas eliminatórias. Eu também não considero salutar. Se você divulga, sabe de antemão quem teve a melhor votação, o que compromete a final. Quem teve a melhor nota na eliminatória já se considera vencedor moral e se acontece alguma coisa, do tipo reconsideração de voto por parte do jurado ou mesmo apresentação melhor na final, quem teve melhor votação na semifinal e não venceu  parte para o ataque contra a organizaçação e acaba comprometendo a credibilidade do evento. Falo isso por que nesses 35 anos, já vi de tudo. 

ALGUNS HERÓIS QUE PRECISAM SER SEMPRE HOMENAGEADOS.

Não me canso de citar alguns nomes que foram fundamentais para essa longevidade. O primeiro deles é o João Carlos de Souza Carvalho, o Joãozinho de João de Vina. Mas tem outros nomes importantes. Tem a Edmaire Carvalho, tem Mariângela Repolês, tem Ronilson Badaró que segurou dois anos no peito, tem o Alessandro da Bio Extratus, tem os eternos jurados Fred Ozanam Barcelos, Neguinho de Castivila, Ilderaldo, José Sylvio, Edmundo e Ana Therezinha, tem Rogério, Manoel, Vanderlei Lourenço, Carlos Augusto, enfim...


Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns por contar um pouco da história do festival mas faltou o seu nome também como homenagiado