terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Marcos José Martino Carvalho Abreu Lima


Utilizo o nome Marcos Martino para ser sintético, mas poderia também utilizar o Marcos Abreu Lima. Mas já tem outro amigo com esse nome. Então uso Marcos Martino mesmo.Nunca ninguém reclamou comigo, mas pode ser que alguém tenha ficado sentido por utilizar só o Martino. Mesmo porque meu lado musical vem mais do lado Carvalho Abreu Lima. Primeiro do meu pai, que adorava música e comprava discos de grandes orquestras, boleros, tangos, Chico, Elis, entre outros. Depois do meu tio Babucho, mestre no cavaquim e no violão. Depois pelo meu tio Tutúia, apaixonado pelos baiões de Luiz Gonzaga e grande cantor. Depois pelo meu tioavô João de Vina, com seu bandolim. Depois vieram as gerações futuras, com Nivota que me deu as primeiras aulas de violão, depois ouvindo os conjuntos que ensaiavam na casa do tio Tutúia ( lembro-me de Ricardo com cabelos compridos, Jorge de Nego, Tão de Ruão, ensaiando músicas de Wando e Benito de Paula). Já o lado da literatura talvez venha mais do lado Martino, da minha mãe e do vocabulário forense, do meu avô Sr Dominguinhos, um inventor de coisas e casos. Do sangue italiano meio anarquista, meio revolucionário. Agradeço a Deus pelas minhas origens e espero fazer jus a integrar tão nobres e respeitáveis famílias. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SAMBA, FUTEBOL E PAIXÃO

Quando Aurélio me procurou propondo a criação de um samba enredo da Unidos do Morro 2016, claro que eu disse sim. Nunca neguei fogo pra terrinha. Quando ele me falou que o tema seria 100 ANOS DO ALVINOPOLENSE, samba, futebol e paixão, fiquei arrepiado. Imediatamente comecei a trabalhar na letra e acho que fui feliz. Queria homenagear Cesário Alvim, cujo nome composto gera certo distanciamento. Preferi chamá-lo apenas de Alvim. Depois entrei na história desse clube que foi responsável pela harmonia entre brancos e negros na cidade. No Alvinopolense, todos podiam entrar. O Estádio ficava no bairro conhecido como asilo e juntava gaspar e vila manoel puig no mesmo grito. Os bambas do gaspar fizeram história, fizeram carnavais memoráveis, bailes históricos e principalmente conquistaram grandes vitórias. O memorial de craques é enorme. As páginas históricas dariam uma enciclopédia. Pessoas como Vidrilho, Magela, até meu pai tem mais condições de contar essas histórias. Humildemente, mas com muito orgulho, fui convocado para escrever o samba do UNIDOS DO MORRO. A letra está abaixo. Espera-se que o Alvinopolense envolva-se um pouco mais. É claro que o clube vai criar uma agenda própria de comemorações, mas a Vila Manoel Puig também é germinal desse clube tão amado. Então, que o preto e o branco continuem se abraçando. E viva o Carnaval de Alvinópolis

A LETRA DO SAMBA...

Alvim...ô Alvim
Foi você quem batizou
Deu seu nome à cidade
e ao seu clube mais querido
quando nos emancipou

Liberdade...

1º de julho de 1916
Preto e branco se abraçaram
Nascia o nosso clube mais popular
Não havia preconceito,
Seja rico seja pobre, todos podiam entrar
São 100 anos de alegria, viva a democracia
Salve os bambas do gaspar.


Alegria
Alegria é a marca do Alvinopolense
Esse clube tão amado, esse povo abençoado
Que sempre soube brincar
E a Villa Manoel Puig...berço do samba
São parceiros na alegria,
São 100 anos de folia.
Salve os Bambar do gaspar.

Na sua história...craques imortais.
Nos bailes da vida, tantos carnavais
Alegria na vila, deixa o samba passar.
E a Unidos do Morro, vai homenagear

Pouca roupa
Pouca Roupa, muito amor
Festa no meu coração
O Alvinopolense
É Samba futebol e paixão.