sábado, 31 de janeiro de 2009

Poesia? Pra que Poesia?


Eis um assunto completamente sem importância.

Ninguém precisa de poesia para viver.

As pessoas precisam basicamente de comer, beber, dormir, moradia, vestuário e saúde.

Educação, só para o básico.

Lazer é importante, pois não dá mesmo para ficar sem um futebolzinho, sem um churrasquinho com cerveja e sexo... muito sexo.

Quanto à tal da poesia, ah...ninguém precisa de poesia.

As pessoas também precisam de trabalho, de um emprego para passar o tempo e pagar as contas.

Precisam também de fábricas para fazer carros, computadores e todo tipo de produtos.

Precisam ainda de aviões, trens e navios para carregar o mundo.

Precisam de porcas, parafusos, válvulas, chips e petróleo.

Mas poesia? De que serve a poesia?

O mundo precisa de contadores, comerciantes, bancários, advogados, donos de bar, jogadores de futebol, médicos, dentistas, professores, contrabandistas, políticos, prostitutas e cafetões.

Mas os poetas são uns inúteis.

Pra que poesia, se a vida real é tão pragmática, áspera e cruel?

Poesia, cultura, arte, não são prioridades.

São supérfluos.

Esqueçamos Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Cecília Meireles, Paulo Leminski, Chico, Caetano, Gil, Fernando Brant, Cazuza, Renato Russo e esses vagabundos que nunca gostaram de trabalhar.

Quanto a essas livros todos cheios de bobagens, vamos queimá-los todos e fazer uma mega fogueira. A chama será tão alta que periga atear fogo nas nuvens.

Mas deixa eu parar por aqui, senão vão me acusar de estar tentando fazer (argh) poesia. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

CENSO CULTURAL EM ALVINÓPOLIS


Há algum tempo atrás, a região do Vale do Piracicaba foi sacudida por uma idéia muito bacana, que prometia alavancar a cena cultural da região, um trabalho que teria como objetivo mapear a produção artística das cidades do Vale do Piracicaba, gerando um catálogo capaz de colocar a produção da região numa grande vitrine, gerando negócios e oportunidades para nossos talentos. Tratava-se do “Censo Cultural da Estrada Real”, um projeto que além de tudo, dava legitimidade aos nossos artistas, inscrevendo-nos na cena estadual, dentro da visibilidade de tudo que envolvia a marca Estrada Real, tão em voga na época da criação do censo.

Várias prefeituras e instituições foram contatadas ( inclusive a Bio Extratus de Alvinópolis) , as secretarias da cultura fizeram a sua parte, os patrocinadores também se entusiasmaram e compraram a idéia, mas até hoje, o tal Censo cultural da Estrada Real ainda não saiu do papel.

Isso é lamentável. Em primeiro lugar, porque já é difícil convencer os patrocinadores a colocar dinheiro nas iniciativas de cunho cultural. Em segundo lugar, porque o material coletado fica defasado e finalmente, porque quem perde com isso são os nossos artistas, já tão carentes de iniciativas capazes de gerar negócios e expor seus trabalhos.

Esperamos que as partes envolvidas tenham uma explicação bem plausível, pois se existiram patrocinadores, imaginamos que tenha havido dinheiro e se houve dinheiro, a não concretização do projeto configura um estelionato para com toda a classe artística da região.

Mas de qualquer maneira, nem tudo está perdido e de tudo temos de tirar lições. A idéia do censo cultural pode ser aplicada de forma independente em Alvinópolis. Já estive até conversando com o Junei a respeito da criação de um católogo dos artistas Alvinopolenses, em parceria com o Ronilson da Casa de Cultura, que poderia ser disponibilizada na internet, nos sites da cidade, enfim, em todos os espaços disponíveis. É só a turma querer...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CONVIVENCIA ENTRE OS CONTRÁRIOS


As pessoas convivem de forma pacífica no planeta. Mesmo com toda competição, toda escalada social, toda corrupção, todas as noticias trágicas do jornal nacional, as pessoas ainda assim, em sua maioria, conseguem viver dentro de uma certa ordem. Muitos vão até me atirar pedras pelo que vou dizer, mas a hipocrisia tem sido aliada da humanidade nesse sentido. Possibilita que inimigos se encontrem e evitem enfiar espadas na barriga um do outro e para que possam apertar as mãos e assinar tratados, mesmo com as mãos tremendo de ódio.

Essa paz tensa, foi conseguida em parte pelo direito, pelo conjunto de leis que coíbem crimes e comportamentos considerados inconvenientes.

Por outro, pelo chamado temor a Deus, que se não acomete a todos, submete grande maioria da população. Além do mais, a maior parte das religiões incentiva o amor ao próximo, a solidariedade e condena a violência e a injustiça.

E temos ainda resultante do exposto, a vigília social, que marginaliza os excessos, os delinqüentes, os rebeldes.

Só em determinadas condições de temperatura e pressão essas leis deixam de prevalecer e a selvageria volta à tona. Como no futebol, por exemplo. Ainda mais se tiver álcool na jogada. Torcedores bêbados, quando encontram os adversários na rua, quase sempre partem para as provocações e para o confronto.

Isso acontece também na política. Tem pessoas que encaram a política como encaram o futebol. Esbravejam, bebem, provocam e muitas vezes vão as vias de fato por causa do seu candidato.

Na religião também costuma acontecer algo parecido, como nos confrontos de Gaza, onde Palestinos e Judeus se atracam por suas doenças religiosas.

Penso sinceramente que não vale adoecer por rivalidades artificiais, que não levam ninguém a nada. Se cada um fizesse sua opção e não se extremasse, essas diferenças seriam até divertidas, pimenta no tempero do dia-a-dia. Mas infelizmente existem os radicais que acham fundamental (os fundamentalistas) eliminar, aniquilar os contrários. Por isso, tenho de concordar com o filósofo Nheco. Não dá para consertar a humanidade, essa coletividade que se diz racional,mas pratica o oposto. Nossa esperança é tentar melhorar o indivíduo, começando por nós mesmos. Que Deus nos ajude, seja ele quem for (Javé, Jesús, Alah, Buda ou Oxalá). E viva a hipocrisia!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Rua de Cima, um filme vivo




Daqui do meu apartamento em Belo Horizonte, fecho os olhos e me imagino olhando a vida pela janela defronte a casa da minha familia na rua de cima.

Vejo o imponente cemitério de bambu.

Vou para a janela do outro lado da casa, de onde observo os  imensos quintais repletos de árvores e a igreja matriz e o prédio da câmara .

De olhos ainda fechados, viajo até a estradinha do cemitério até chegar ao topo, onde olho a cidade lá embaixo numa longa panorâmica

Vejo a rua do fogo serpenteando morro abaixo, rumo à baixada e Gaspar, o quintal de Ninita e a antiga casa de Castivila.

Ouços os sons, seu Tone Animia assoviando, Chiquito dizendo não pra alguém, vejo Arnaldinho na esquina.

De repente, ouço os sons do relógio da matriz, metrônomos de muitas vidas.

São compassados, lentos, que nem o tempo passando vagarosamente.

Ouço também alguns sinos distantes, que vem se aproximando ainda mais devagar.

Vejo na rua do fogo que vem subindo um enterro.

Vem poucas pessoas carregando um caixão pequeno.

Toca novamente o sino da matriz e os sons vão se mixando.

Viajo ao passado e retorno ao tempo do campinho da rua de cima.

Ouço o som de Da.Ambrosina chamando Tão João pra ir pra aula e ele gritando:

 - Já vou mãe!  Só mais 5 minutos!

Vejo também a cena da bola de capota novinha de Manoel de Jaime, na época conhecido como pastel venenoso, batendo dentro do rego de esgoto que passava no fundo do campinho.

Nessa hora, a maioria grita:

- Parei !

E encerra-se a pelada, pois ninguém quer buscar a bola no rego enfezado.

De repente ouço outro som :

 – Pai, faz um Toddy pra mim!

É minha filha me trazendo de volta à realidade.

Ela me olha com aqueles olhões e me pergunta se eu estava dormindo.

Eu digo que não, que estava só sonhando acordado.

Fui lá fazer o toddy pra ela e pensando comigo:

- É, minha terra. Se meu dinheiro der e o destino quiser, um dia eu volto.

Mesmo que for pra ser replantado no santuário de bambu.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Utopias alvinopolenses


Sabemos que algumas coisas são boas de sonhar, mas difíceis de se realizar.

Primeiro, porque o mundo é utilitarista e quando as pessoas se propõem a fazer alguma coisa, logo vem duas perguntas à cabeça: Isso dá dinheiro?Isso dá retorno político?

Digo isso porque embora estejamos cercados de verde por todos os lados, faltam em Alvinópolis parques ecológicos e de lazer em condições de receber as pessoas, gerando bem estar e auto-estima.

Algumas pessoas chegaram a falar na possibilidade de transformar a Pedreira, onde fica a garagem municipal num espaço assim. Já imaginaram? Seria magnífico. Ali tem água suficiente para criar um espaço muito bacana. Logicamente, teria de ser feito um trabalho de adaptação, criação de infra-estrutura, mas que seria muito bacana, isso seria.

Mas aí vem outros problemas: pra onde transferir a garagem? Onde conseguir dinheiro para tal projeto?

Bem. Se considerarmos o bom relacionamento do prefeito com vários políticos de renome, como o Prefeito Toninho Timbira de Santa Bárbara, que tem grande influência na área turística e de seu padrinho Walfrido Mares Guia, quem sabe isso não possa ser viabilizado? Santa Bárbara tem um parque muito bonito no meio da cidade, conhecido como Recanto Verde. Nosso deputado José Santana também poderia ajudar.

Outro espaço maravilhoso, pela vista e pela energia telúrica é o nosso campo de aviação. Como nos últimos anos não tem pousado avião nenhum (só discos voadores), acaba que o nosso aeroporto vinha sendo mais utilizado mesmo era como motel a céu aberto, como espaço para aprendizes de direção ou pra outros tipos de viagens. Mas é um local muito amado pelos Alvinopolenses, pela vista que se tem da cidade e do mar de montanhas ao derredor.

Infelizmente, nos últimos anos converteram o campo num depósito de lixo, transformando o nosso céu num inferno. Como se não bastasse, fizeram ali aterros, valas onde o lixo é depositado e chegaram até a impedir o acesso aos cidadãos.

Bacana seria se a nova administração repensasse a utilização do campo. Imaginem aquele espaço bem cuidado, com um mínimo de organização, sem lixo e sem urubu, transformado quem sabe num espaço multi-uso, com campeonatos de balonismo, de paraglider, asa delta, etc.

São utopias alvinopolenses, mas quem sabe...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

TIME PARA VENCER



Por enquanto foi divulgada parte da equipe de governo da administração 2009-2012 com alguns nomes esperados e algumas surpresas. Na saúde, Leão já era esperado. Na contabilidade, Luciano também. Na Cultura, muito justa a indicação do Ronilson Bada. Na Educação, era esperada Bahia, mas o escolhido foi Alexandre, um nome desconhecido pela maioria, mas que vem muito bem recomendado. Muita responsabilidade por se tratar de  um jovem. Por outro lado, havia muita gente que cobrava juventude no governo e pode ser mesmo que ajude a dar uma sacudida na educação em nossa cidade. Naturalmente há quem conteste e até quem critique, mas é assim mesmo. A vidraça tem de ser de borracha. Vamos aguardar pra conhecer o time completo.