sábado, 23 de abril de 2016

MEMÓRIAS AUTOMOTIVAS

Pra começo de conversa, sou neto de Domingos Martino, Dominguim, o Italiano mecânico que formou vários profissionais na prática. Eu ia sempre à sua oficina, que parecia de um cientista, cheio de instrumentos e muita, muita graxa. Tive como tio também o Sr Ronald Martino, por todos conhecido como Pintacuda, um dos grandes motoristas da cidade, figura humana muito querida em toda cidade. Mas o que startou essas memórias automotivas foi esse evento que vai acontecer na cidade, o encontro dos carros antigos. Fiz uma regressão rápida pra lembrar de alguns carros da minha infância. Uma memória muito vívida que tenho é dos antigos caminhões Fênêmê que ficavam ali naquele beco do ninho da águia. Eram do Sr Dico Gama. Eu me lembro que tinha de juntar uns 3 homens, de enfiar uma manivela na frente rodar até o caminhão pegar.
Lembrei também do tremendão, ônibus que circulava pela cidade. A meninada amava. 

Lembrei do Vemagete da Dona Judith. Aquele carrinho era muito legal. Parecia uma besouro e era bonito o barulho do motor.
Tinha também o calhambeque do Sr Rubéns. Tinha os Gordinis, bem feiosos. 
                      Haviam muitas rurais...e os incríveis aerowillys.

Mas talvez nenhum carro tenha sido mais popular que os fuscas. E nunca vi uma acústica tão boa pra ouvir música. 

Muitos dodge darts  circulavam. Os opalões também eram soberanos. 

Os caravans quando apareceram eram revolucionários. Muito conforto interno. As Caravans peruas caramelo fizeram muito sucesso.
Tinha também as belinas, quadradonas, mas que competiam. 
A TL era mais arredondada. A Variant I também.
Mas depois a Volks também lançou muito carros que foram ficando quadrados. As Variant II e as Brasílias eram muito quadrados. Os antigos passats eram baixos. A Fiat quando apareceu no Brasil também lançou carros quadrados. O Fiat 147 era quadradíssimo.
A linha Uno também. Porém, nada conseguiu superar os quadradíssimos carros da soviética Lada.
Os primeiros corcéis eram mais bonitos e clássicos. O sr Jaime na rua de cima tinha um vermelho maravilhoso.
Depois vieram os corceis II. Angelo  de Nilo andava em um branco. Nessa época também surgiram os scorts, os chevettes, o Monza, o Tempra, até desembocar no mundo multimarcas de hoje. Os carros vão ficando mais ovoides, os designers vão inventando moda, a tecnologia vai evoluindo, mas...os carros antigos sempre terão seu charme. E que venham os novos...