segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

NEM TODA CRÍTICA É DEMAGÓGICA

DEFINIÇÃO DE DEMAGOGIA. 

Demagogia é um termo de origem grega que significa "arte ou poder de conduzir o povo". É uma forma de atuação política na qual existe um claro interesse em manipular ou agradar a massa popular, incluindo promessas que muito provavelmente não serão realizadas, visando apenas a conquista do poder político.

CRISE ECONÔMICA TERRÍVEL

Não dá pra desprezar a atual situação que só se agrava com as chuvas desse ano. Imagino que o pessoal da prefeitura passe um aperto danado. Além de todos os problemas pra pagar funcionalismo e fornecedores, vem as emergências e o dinheiro do estado quase nunca chega. Simplesmente não dá pra contar com o estado. 

O COBERTOR É CURTO

Com tantas prioridades, não deve sobrar pra quase nada. Pelo contrário. Deve é faltar. E qualquer crítica ou reclamação é interpretada como demagógica. 

MAS O PARQUE DE EXPOSIÇÕES ESTÁ DESTRUÍDO MESMO

Devido às várias denuncias de depredação do parque de exposições, busquei informações e contei um pouco da história da criação do parque entrevistando o ex prefeito Marcinho, que era o prefeito da época da construção e inauguração. A intenção foi contextualizar. Tudo bem. Pode-se alegar que a destruição maior foi em decorrência de uma tempestade que realmente causou grande prejuízo. Mas não foi só isso. Foram várias mudanças no projeto original, utilização do parque para outros fins, falta de cuidado, depredação. até utilização como depósito de lixo. Acusar de demagogos os que trazem a situação às claras não ajuda muito.Segundo informações extra-oficiais, a reconstrução do parque demanda um bom dinheiro que a prefeitura hoje não tem. Mas existem medidas paliativas possíveis. É o mínimo que se espera. Quem sabe a utilização da parte do parque não afetada para eventos? Criar alternativas pra ir levantando dinheiro aos poucos? Criar projetos, buscar emendas? Aposto que a comunidade ajuda se for convocada.

FIM DA EXPOSIÇÃO, FESTA DA CHITA, FESTIVAL e CARNAVAL ?

Em épocas de crise, a primeira área cortada é da cultura. E as pessoas não reclamam, pois também acham justo priorizar o que é essencial. Mas acabar com quase todas as manifestações artísticas? Não tentar pelo menos chamar o pessoal pra conversar, dialogar com a classe artística, quem sabe fazer menor pra não deixar morrer? Dia desses uma pessoa,defendendo o governo, me disse que nosso carnaval morreu, que ninguém quer saber, que o comércio não ajuda, que o povo só quer saber do carnaval de BH, que não temos tradição, que a prefeitura ainda tá pagando pelo carnaval passado e que definitivamente não vale à pena. 

TEM GENTE QUE AMA A CIDADE ACIMA DA POLÍTICA


Mas infelizmente, nem todo mundo compreende isso. Se a pessoa só olhar o mundo com as lentes da politicagem, vai enxergar má intenção onde não existe. 

SE A TURMA QUE AMA ALVINÓPOLIS NÃO SE UNIR, SABEM O QUE VAI ACONTECER?

Alvipa vai se tornar uma cidade dormitório. As pessoas continuarão indo pra visitar os parentes, as vezes darão uma passada no Ninho da águia ou outro boteco pra tomar uma gelada e colocar a fofoca em dia. Depois vão pra casa ver tv ou navegar nos modernos smartphones. Nosso ponto máximo será o cemitério de bambu, nosso dormitório pra vida eterna...

sábado, 22 de dezembro de 2018

SOLIDARIEDADE EM ALTA

Há quem diga que solidariedade deve ser praticada, mas não divulgada. Eu já penso o contrário. Precisa ser divulgada sim, até para que sirva de exemplo e outros cidadãos possam ter mais espírito colaborativo e trabalhar pela comunidade em que estão inseridos. Espírito como do meu amigo Luciano, que todo ano veste-se de papai noel e alegra o natal de alguma creche ou escola. 
Elmo esteve na ACODIF levando cadeiras de rodas e outros
donativos, em nome do Deputado Gustavo Santana.
Espírito também como do Elmo Bastos, que esteve na ACODIF em Fonseca, em nome do Deputado Gustavo Santana, para entregar 4 cadeiras de roda e diversas lâmpadas econômicas especiais para serem distribuídas junto à população carente. São gestos que vem se somar a de tantos, como Ester Sanches, outra benfeitora que tá sempre ajudando as pessoas e todos que ainda estão ajudando na reforma da creche de Fonseca (uma linda história de esforço comunitário), bem como todos os papais noeis que  que levam presentes, donativos e principalmente alegria para as crianças, para os deficientes, para os idosos, para os que precisam. E faço votos para que em 2019 a solidariedade extrapole o natal e que possamos realizar muita coisa boa juntos.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

COMENTANDO A ENTREVISTA DO MARCINHO - SOBRE A RÁDIO ALVIMONTE


SOBRE VOLTAR A FUNCIONAR, NÃO É TÃO SIMPLES...


A última fala do Marcinho foi clara e objetiva: a rádio precisa de um aporte de 20 mil reais no mínimo para voltar a funcionar. Além disso, vai ter de gerar receita suficiente para pagar as despesas com manutenção e com o corpo funcional. Como vender sem estar no ar oficialmente e com todas as limitações de uma rádio comunitária? É um belo desafio! 


A RÁDIO VAI PRECISAR DE COLABORADORES


Já me coloco desde já à disposição dentro da minha área de conhecimento. Mas o que precisa mesmo nesse momento é dinheiro. A mudança da sede da rádio vai gerar uma despesas considerável e por isso é que Marcinho abriu essa situação na entrevista anterior e disponibilizou uma conta para aqueles que desejarem dar a sua valiosa contribuição. Podem depositar em favor da Associação Comunitária Alvinopolense para o Desenvolvimento Artístico e Cultural no Banco do Brasil – Agência: 1429 X – Conta: 5014-8.


ALVIMONTE VAI SAIR DO MONTE


Esse é um ponto importante. A Rádio tem esse nome por que estava localizada no Bairro do Monte. Será que deve continuar com o mesmo nome? Faz sentido chamar-se Alvimonte se não está mais no monte? Ou o povo já está acostumado e é melhor deixar desse jeito? Cabe uma enquete mais à frente.


 VAMOS FAZER NOSSAS PARTES


Imagino a ansiedade do Sidney, do Mauro, do Marcinho, do Magela, que passaram esse tempo todo esperando a volta da rádio. De outros também que gostam de rádio e gostariam de colaborar. Se Deus quiser vai voltar melhor. Mas nada virá de mão beijada. Vai precisar do esforço de todos. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

RÁDIO ALVIMONTE - uma entrevista esclarecedora


ENTREVISTA COM Márcio Alves de Carvalho, o Marcinho Ele é o presidente da Associação Comunitária Alvinópolense para o  Desenvolvimento Artístico e Cultural - que foi fundada no do dia 8 de maio de 1998, com a finalidade de criar em Alvinópolis uma estação de radiodifusão comunitária. É ele quem atende oficialmente pela rádio. Mas vamos à entrevista:


Marcos Martino - Marcinho, há pouco tempo noticiamos com muita alegria que a rádio alvimonte já está apta a voltar a funcionar de forma provisória, só aguardando a outorga. Essa notícia procede?

Marcinho, presidente da Associação
que administra a rádio
Marcinho - Técnicamente a rádio está apta para funcionar no mesmo local onde já funcionou, mas como temos de mudar o seu estúdio para outro endereço mais  distante do sistema irradiante, torna-se necessário fazer algumas alterações de natureza técnica, ou seja, precisamos adquirir um link e acessórios  para transmissão de sinal de radiodifusão, interligando o estúdio e estação transmissora o que não fica barato. Necessitamos ainda contratar uma empresa de engenharia especializada para a elaboração do projeto e dos laudos técnicos exigidos pela legislação, providencias que já estão sendo tomadas. Agora, legalmente a rádio só poderá funcionar após a liberação da licença provisória ou após a publicação do Decreto  Legislativo de autorização de outorga que já se encontra em fase final de tramitação na Câmara dos Deputados, uma ou outra situação deverá ocorrer em janeiro ou meados de fevereiro próximos.

Alvimonte vai sair do monte.
Marcos Martino - Mas nos chegou também a informação de que a Rádio Alvimonte não poderá mais funcionar no antigo local pois as irmãs vão precisar do espaço onde a rádio funcionava. Já existe algum encaminhamento?

Marcinho - Esta informação realmente procede, vamos sair do antigo espaço que outrora, gentilmente, nos foi cedido pela Beneficência Popular para o funcionamento da emissora onde permanecemos por mais de 10 anos, mas como agora a entidade está precisando do prédio para desenvolver outros projetos, nada mais justo sairmos para que os mesmos sejam realizados. Caro Marcos, quero aproveitar a oportunidade para fazer um agradecimento a toda direção da Beneficência Popular, especialmente à querida irmã Helena, que movida pelo seu espírito comunitário e visão da importância que significa para a comunidade de Alvinópolis ter um veículo local de comunicação, prontamente nos ofertou o espaço para o seu funcionamento quando da sua fundação.

Marcos Martino - Novos tempos exigem novas atitudes administrativas e de marketing. A rádio vai ter de arrecadar pra se pagar e talvez isso exija um novo modelo de negócios. Vc como gestor vem pensando sobre isso?

Marcinho - Penso diuturnamente, como gestor, o quanto é difícil dirigir uma entidade comunitária sem fins lucrativos que tem que sobreviver de doações e do voluntariado. Nós estamos falando de rádio comunitária, diferentemente dos modelos de negócio a que você se refere que são próprios de rádio comercial. Rádio comunitária não quer dizer somente que ela é feita para a comunidade, mas, acima de tudo que é um trabalho feito pela comunidade e é disto que temos de tratar, conscientizando os Alvinopolenses da importância da existência deste veículo de comunicação comunitária em nosso município cobrando de todos uma maior participação.

Marcos Martino - Na questão do marketing, não acha que o momento é de aproveitar e propor coisas novas? Uma atualização da logomarca, novos programas, interação via internet, dar créditos a quem merece, mas também atrair talentos e caras novas?

Marcinho - Claro que a rádio vai voltar com cara nova e para isso vamos precisar muito de contar com você e seu talento.

Marcos Martino - Imagino que pode ser criado um cenário colaborativo. Muita gente boa toparia colaborar de forma voluntária, por amar Alvinópolis e gostar do veículo. Vai existir abertura pra isso? Um banco de talentos?

Marcinho - Sim. A rádio sempre esteve aberta a todos mas poucos se apresentaram como voluntários ao longo do tempo em que ela funcionou, voltando agora espero que apareça os voluntários e os talentos, pois as portas vão estar sempre abertas para todos.

Marcos Martino - Para voltar ao ar a Rádio terá de atualizar um bocado de coisas, principalmente o playlist de músicas, alguma coisa na plástica sonora. Vcs estão pensando nisso?

Marcinho - Quanto a isso, todas as providencias já estão sendo tomadas.                                              
Marcos Martino - Quando vc calcula que a rádio estará no ar?

Marcinho - Como já disse, anteriormente, a nossa expectativa é que em janeiro ou meados de fevereiro próximos a rádio voltará a funcionar, já estamos, inclusive, com o novo local para o montagem dos estúdios praticamente definidos. Marcos, sei que já é do seu conhecimento, mas não poderia deixar de falar aqui para o conhecimento de todos, que foram 3 anos de uma árdua luta para conseguirmos a renovação da licença de funcionamento da rádio que está muito próximo de acontecer e nesta empreitada tivemos a participação ativa do ilustre conterrâneo José Santana que nunca faltou com os interesses de nossa terra. Fez toda gestão junto ao Ministério das comunicações, Casa Civil da Presidência da República e Câmara dos Deputados com a participação dos Deputados Federais Fábio Ramalho e Aelton Freitas, visando dar celeridade no andamento do processo nas respectivas casas. Certamente que sem a sua gestão não estaríamos, hoje, comemorando esta grande vitória que é vitória de todos os Alvinopolenses, portanto, o nosso muito obrigado e um abraço fraterno a todos.

EM TEMPO: Precisamos de um aporte financeiro da ordem de aproximadamente R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para saldar as despesas advindas das modificações técnicas necessárias à instalação  da emissora em novo endereço. Àqueles que desejarem dar a sua valiosa contribuição fineza depositá-la em favor da Associação Comunitária Alvinopolense para o Desenvolvimento Artístico e Cultural no Banco do Brasil – Agência: 1429 X – Conta: 5014-8.  

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A POLÊMICA DA CRECHE VERDE


Algumas pessoas contestaram o fato da creche ter sido pintada de verde, cores oficiais da prefeitura, uma vez que a obra foi realizada graças à comunidade e aos doadores. Conversando com a Coordenadora Janira, ela me explicou que não houve nenhuma imposição na questão da cor da creche. Foi utilizada a cor verde para ser coerente com o padrão das escolas municipais. É normal a padronização. Se observarmos, todas as igrejas do município vem sendo pintadas de azul e branco, o que eu como cruzeirense aprovo. Mas no caso da rivalidade de Fonseca: a creche era azul e branco (1º de maio) e agora pintaram de verde (Los Hermanos). Brincadeiras à parte, o importante é que a creche tá linda, as crianças terão um local digno para brincar e aprender, os professores e funcionários trabalharão felizes, o envolvimento do pessoal, as doações, tudo foi muito positivo, graças a Deus. Também não deve ser desconsiderado que a prefeitura embora não tenha participado ativamente da reforma recente, participa do custeio e é provavelmente a principal mantenedora, além de estar a creche subordinada a secretaria de educação. Mas que tal tentar ficar com o lado bom da história ... e projetar as próximas conquistas?

domingo, 16 de dezembro de 2018

IRMÃ HELENA, NATAL E SOLIDARIEDADE


Irmã Helena
Irmã helena é uma pessoa santa, que tem grande capacidade de realização e uma vida dedicada aos necessitados.  Por isso é muito amada e respeitada em todo o município de Alvinópolis. 

Na Creche irmã helena em Alvinópolis,  teve uma festa linda , com presentes pras crianças, bolo e tudo que tem direito, cortesia de Elmo Bastos e Gustavo Santana. Gustavo faz questão de promover essa festa a mais de oito anos, assim como sempre ajuda a APAE e o nosso Lar.
Festa na Creche Irmã Helena
Elmo esteve pessoalmente pra abraçar a irmã helena em nome do Gustavo. Eles tem especial apreço pela irmã e suas obras.

Na festa da Creche Irmã Helena
A creche em Fonseca também foi uma luta da  Irmã Helena há vários anos atrás. Foi reformada recentemente com a participação da comunidade, doações e com a ajuda de Deus. 
Creche de Fonseca. Luta da Irmã Helena
E por falar em solidariedade, foi fundamental a participação de Ester Sanches. Ela esteve no local pra sentir o problema de perto e não teve dúvidas em garantir o dinheiro para a reforma. É outra "alvinopolense" que não mede esforços para fazer mais feliz o natal de muita gente
E pra coroar  o ano com muita alegria, a creche de Fonseca recebeu o Papai Noel Luciano para uma festinha pra lá de animada ...


A meninada esperando...
Papai Noel apareceu de repente...
Que bolo lindo!!!
Tudo feito com muito amor e carinho
Papai Noel Luciano
Natal na creche de Fonseca. Alegria geral.
Irmã Helena, que Deus lhe dê muitos anos de vida para que continue fazendo o bem e que todos continuem apoiando as suas causas.  
Irmã Helena, santa presença. 



quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

RÁDIO ALVIMONTE VOLTA ÀS ATIVIDADES EM BREVE

Agradeço mais uma vez ao José Santana pela informação. Hoje pela manhã houve importante deliberação e falta muito pouco para que a Rádio Alvimonte possa voltar ao ar, em princípio de forma provisória aguardando a outorga final.Em Breve teremos entrevista com Sidney Ribeiro contanto mais  à respeito...



terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A ALVIMONTE TÁ VOLTANDO.

Ótima notícia! Meus amigos Sidney Ribeiro e Mauro Moreira vão voltar a fazer a alegria do povo, interagindo, falando sobre as coisas de Alvinópolis, mandando aquelas músicas que o povo Alvinopolense adora. E com novidades, é claro. 

Agradeço ao José Santana por estar me mantendo informado sobre a evolução do processo de liberação da RÁDIO ALVIMONTE. Para quem não sabe, Santana ajuda a Rádio Alvimonte desde a sua fundação, já cedeu equipamento, já fez de tudo um pouco pela rádio. E desde que teve esse problema que a tirou do ar, vem acompanhando e intervindo junto aos orgãos competentes bem como autoridades com quem sempre teve ótimas relações. Tá ai um Alvinopolense que independente de qualquer coisa, nunca deixou de ajudar a terra.

E é importante botar os pingos nos is. Vejam os documentos que contam a história desse trabalho que durou meses.















sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

ENTREVISTA - MARCINHO FALA SOBRE A CRIAÇÃO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES.



O ALVINÓPOLIS QUE PENSA foi ouvir MÁRCIO ALVES DE CARVALHO,  o nosso ex prefeito Marcinho. Na entrevista, ele contou histórias muito legais sobre a criação do parque, os primeiros anos, os objetivos e também opinou sobre a atual fase. Mas vamos à entrevista.

AQP - O que motivou a idéia da criação do Parque de Exposições? Foi em qual governo?

MARCINHO - Foi no governo de Dico Lavanca, ocasião em que eu ocupava o cargo de Secretário Municipal de governo . A ideia inicial era dotar o município de um espaço público para a realização de vários eventos, ou seja, de multiuso, só que o município não dispunha de recursos financeiros para a aquisição do terreno.

AQP - E como foi que conseguiram recursos para a aquisição do terreno e construção do parque? 
MARCINHO - Em uma conversa com o então Deputado José Santana sobre o nosso intento, o mesmo nos instruiu a comprar o terreno que estava à venda lá onde se encontra o Parque e ele se responsabilizaria em alocar os recursos financeiros para o seu pagamento e assim fizemos. E ele realmente conseguiu  o dinheiro. Quando existe um trabalho de parceria entre a prefeitura e um deputado dedicado à cidade, dá pra fazer muitas coisas boas para o município. Foi assim com prefeitos como Nilo Gomes, Dr Mario, Dico, Vicente Rocha, Sr Marinho Cota e comigo. Eu não tenho dúvidas de que as grandes obras do município foram nesse período.

AQP -E o local lhes pareceu adequado?

MARCINHO - Sim e por vários motivos: I)- atenderia a ideia inicial de ser um espaço multiuso; 2) - Valorizaria a classe rural proporcionando-lhes espaços para a realização de diversas atividades ligadas ao setor, como exposições de animais, torneios, leilões, rodeios, cavalgadas etc; 3) - Seria ainda, um espaço voltado para a realização de shows, Gincanas, feiras, praça de alimentação e outras atividades ligadas ao bem estar e ao entretenimento.

AQP -Mas houve um caso de uma primeira cavalgada oficial que aconteceu lá, toda na base do improviso. Foi legal?

MARCINHO - Sim, foi muito legal e divertido. Na época não tinha nada construído, mas a cidade contava com o talento de Clebinha e a animação de Arístidina Faria. Fizemos uma festa linda, tudo no improviso, usando madeira roliça, bambú, taquaras, sapê e lonas para a construção das barracas e demais instalações, todas enfeitadas com muito papel colorido. Mas foi um sucesso;
AQP -Mas como foi a construção do parque? Como foi a história? Foi ainda no governo Dico Lavanca né?
MARCINHO - O primeiro passo foi cercar toda a área com muros, construir um palco com camarim , sanitários e a arena, todas em conformidade com o projeto arquitetônico pré-elaborado e as demais instalações continuaram improvisadas. Essa fase foi no governo Dico sim.  Ao assumir já como Prefeito dei continuidade na execução do projeto, construindo as obras restantes, como: os pavilhões de abrigo de animais, os bares, as baias em parceria com o clube do cavalo, calçamento, canteiros para as áreas verdes , melhorias nos sanitários, construção do espaço para eventos menores (redondo), canalização do córrego que atravessa o fundo do terreno, bilheterias,etc ;

AQP -E como eram as exposições dessa época?
MARCINHO - Era realizada anualmente, em data préviamente definida no calendário anual de eventos elaborado pela Associação dos municípios integrantes da micro região do Vale do Piracicaba em comum acordo entre os Prefeitos. Era exposto através de uma seleção prévia, o produto que o produtor rural ou empresa tivesse de melhor em termos de genética elou tecnologia.
AQP -E houve realmente alguma evolução perceptível  a partir das exposições que aconteciam?
MARCINHO - Não tenho dúvidas. Nas primeiras exposições os pecuaristas do município perceberam que precisavam melhorar muito para atingir o nível de alguns colegas expositores. Naturalmente foram se adaptando, melhorando a performance (genética) do gado, passando até a vencer os torneios. Através das exposições e da parceria com a EMATER, muitas coisas boas chegaram ao homem do campo.

AQP -Há algum tempo atrás comentaram nas redes sociais que aquele terreno do parque não está regularizado e que o município pode perdê-lo. É verdade ou boato?
MARCINHO -. É boato. Está regularizado e incorporado ao patrimônio do município. Foi feito na época uma desapropriação por decreto, mas amigável.  O que está irregular naquele terreno é o desvio de sua finalidade. Tem funcionado ultimamente como depósito de entulhos.
AQP -O parque de exposições desde a sua inauguração, passou por uma série de modificações, passando por cima do projeto original. O que pensa a respeito? 
MARCINHO - Realmente isto tem acontecido. Eu penso que é no mínimo uma irresponsabilidade de quem as praticou.
AQP -Porque o parque é tão pouco utilizado?
MARCINHO - Não sou a pessoa certa para responder a essa pergunta. Mas imagino que é por falta de interesse e criatividade do gestor.
AQP -Tem quem ache que o parque tem que ser privatizado, que só dá despesa pra prefeitura. Você concorda? Você não acredita num modelo de gestão que permita gerar uma renda pelo menos para o parque se manter?
MARCINHO - Discordo plenamente. Privatizá-lo significa vendê-lo para a iniciativa privada o que também não concordo. Todo bem público gera despesa ,se isso valer como pretexto para vendê-lo, pode a qualquer hora valer para vender qualquer bem público do município, podendo, inclusive, chegar a esdrúxula proposta de vender as nossas praças. Se adotar um modelo de gestão que permita a terceirização dos eventos cobrando um valor pela cessão Acho que dá para se manter.
AQP -O que acha de um modelo de gestão compartilhada, com um conselho formado por representantes da EMATER, SINDICATO RURAL, PREFEITURA E AMIGOS DO PARQUE?

MARCINHO - Acho válido.  Não sei se o prefeito concordaria em tomar uma decisão desta magnitude com o receio de estar com este gesto assinando um atestado de sua própria incompetência. Seria um ato de coragem.
 AQP -Quando um prefeito ocupa a prefeitura, ele assume as chaves da cidade e entre essas chaves está a do parque de exposições. Ele é quem decide o que fazer com o espaço. Se você fosse o Prefeito, haveria esse espaço para o diálogo? Você aceitaria conversar e dividir responsabilidades?
MARCINHO - Realmente quem toma as decisões concernentes à administração do município é o Prefeito. Só que elas têm que ser tomadas com estrita observância as leis, sob pena de ser punido por decisões conflitantes. Foi o que aconteceu com a decisão do prefeito em depositar lixos e entulhos lá no parque. Se fosse o Prefeito dialogaria com qualquer cidadão sobre qualquer tema relativo aos interesses maiores do munícipes e também aceitaria de bom grado dividir responsabilidades mesmo sabendo ser o principal responsável por todos os atos administrativos.

( Em tempo, nosso parque hoje encontra-se em situação precária. Há pouco tempo foi muito danificado durante uma tempestade anormal que precipitou-se sobre a cidade. Depois dessa tempestade que arrasou a cidade, emergencialmente teve de receber parte do entulho da chuva que obstruía várias ruas da cidade. Só que era pra ser provisório e só foi retirado quando o promotor e o Ministério Público agiram. De qualquer forma a destruição no parque foi considerável e recuperá-lo custa um bom dinheiro e pelas informações, a prefeitura está sem dinheiro. Talvez seja necessário o povo se unir para recuperá-lo. Quem topa? )