sábado, 21 de setembro de 2019

ENTREVISTA COM LUCIANO GUIMARÃES - SOBRE O LIVRO - OURO SOBRE O AZUL


ENTREVISTA com LUCIANO GUIMARÃES, que está lançando hoje o livro OURO SOBRE O AZUL, com reminiscências de sua vó e madrinha, Dona Maria de Roberto. Luciano é escritor com diversas obras editadas. O lançamento vai ser hoje a partir das 19 horas na câmara municipal. Mas vamos à entrevista.

MARCOS MARTINO - Por que do nome OURO SOBRE O AZUL?

LUCIANO GUIMARÃES - Ouro sobre o azul é a expressão que minha avó dizia do por do sol nas tardes de outono em Mariana. Mas também é uma expressão antiga portuguesa que significa "perfeição". Nas armorarias antigas, quando as armas, com inscrições em ouro, eram brunidas até que o aço ficasse azulado, diziam que estava "ouro sobre o azul". Era o nome que ela desejava para o livro. Ela faleceu sem escrevê-lo. Mas ela deixou cerca de 100 cadernos com anotações próprias, citações e devoções. Fiz uma compilação desses escritos e concretizei seu sonho.

MARCOS MARTINO - E essas memórias passam por Alvinópolis?

LUCIANO GUIMARÃES - Sim. Alvinópolis e Mariana, especialmente. E este livro da minha avó eu quis que fosse destinado a obras sociais que ela gostava. Entre elas a Beneficência Popular em Alvinópolis. Meus livros são sempre destinados a uma causa social.

MARCOS MARTINO - Vc tem outros livros então?


LUCIANO GUIMARÃES - Sim. A Defesa da Honra: ações de injúria século XVIII em Mariana Minas Gerais (minha dissertação de mestrado) ; Água do Coração, escrito com dois amigos com contos, crônicas, poesias e um romance (O santo sem nome); O Sorriso da Cigana.

MARCOS MARTINO - E hoje vc reside onde?

LUCIANO GUIMARÃES - Hoje moro em Ouro Preto, mas morei cerca de 30 anos em Mariana.

MARCOS MARTINO - Minha mãe foi "discípula" da Dona Maria de Roberto. E em alguma medida, minha família também. Minha mãe falava da Dona Maria como uma escola de cortesia.

LUCIANO GUIMARÃES - Fico honrado. Minha avó sempre guardou com muita saudade sua terra natal e os grandes amigos que conquistou. Sou suspeito para falar, pois além de neto sou afilhado. Mas era uma pessoa que buscou uma vida de alegria e amizade.

LANÇAMENTO HOJE - A PARTIR DAS 19 HORAS NA CÂMARA MUNICIPAL. 

quinta-feira, 27 de junho de 2019

QUEM AJUDOU O GRUPO DE CIMA?



O Grupo de Cima ( Escola Estadual Bias Fortes) enfim vai ter uma reforma bacana pra alegria dos alvinopolenses. Trata-se de um edifício majestoso, um dos mais bonitos de Alvinópolis. Já estava incomodando a todos passar e ver o prédio em situação precária, com pinturas descascando e outros problemas estruturais. 

UM ESFORÇO DE MESES

Eu comecei a postar seguidas mensagens sobre a necessidade da reforma do Grupo no dia 1° de maio. Desde então, passei a interagir com o pessoal da escola, com políticos locais, provocando a todos para que dessem uma força, afinal, é uma escola muito amada e vital para a formação de gerações e gerações. A Diretora Fabiane me informou que a escola vem lutando há tempos, tentando sensibilizar autoridades e cidadãos para pelo menos fazer obras paliativas, embora existisse a necessidade de capital para uma reforma bem maior.

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

Finalmente pintou uma solução. A Diretoria da escola, ao ficar sabendo sobre uma multa que seria paga por uma empresa da cidade, conversou com o promotor que se prontificou a determinar que a multa fosse revertida para tão justa obra, mas que teria de passar pelo conselho do patrimônio histórico.

AÍ VEIO OUTRO DRAMA...

Se o dinheiro fosse passado para o Conselho, ninguém garante que seria revertido para as obras do grupo. O Conselho poderia ter o entendimento de que haviam outras prioridades e repassar o que achasse conveniente.

PROVOQUEI UM BOCADO DE GENTE

Mandei mensagens para políticos conhecidos e desconhecidos, postei provocações no facebook, para o Conselho de Patrimônio Histórico, pra todo mundo, pedindo que todos interviessem para que a reforma saísse. E aconteceu um esforço conjunto. Teve pessoas que agiram diretamente e que nem fazem questão de serem citadas. A diretoria do grupo trabalhou muito bem, houve total boa vontade por parte do promotor, da própria empresa e dos milhares de alunos que se formaram no grupo de cima e se engajaram no sonho da reforma.

A PARTICIPAÇÃO DO VEREADOR SAMUEL BICOCO

Como Samuel é um dos vereadores que mais interage na internet, mandei uma mensagem pra ele, pedindo que também agisse de alguma forma pra tentar viabilizar a reforma. Alguns dias depois ele encaminhou carta ao Conselho do Patrimônio Histórico cobrando respostas quanto à obra no grupo e no cemitério municipal. O conselho respondeu a sua carta e ele publicou na internet. Nada de errado com isso. Ele está documentado e tem todo o direito de divulgar, até mesmo de informar seus eleitores sobre suas ações.

MAL ESTAR

O que pegou mal mesmo foi a publicação em jornal da região, que credita ao vereador quase todo o mérito. O jornal, na tentativa de encher a bola do vereador, acabou gerando uma saia justa, uma situação danada de desconfortável. Ficou parecendo que o vereador foi o único responsável por desembolar a situação, quando na verdade houve um grande esforço coletivo e um processo de meses. Foi louvável a atitude do vereador em encaminhar a carta, mas antes desse encaminhamento, muita água já tinha passado debaixo da ponte. A carta foi encaminhada já no final do processo, quando a situação já estava praticamente resolvida. Nem cabe retratação ou errata por parte do jornal, pois trata-se de ponto de vista e não inverdade.  Mas que ficou desagradável, isso ficou.

SABEDORIA DO POVO

De qualquer jeito, vale aquele ditado da roça: "Eu não quero saber se o pato é macho. Eu quero é ovo". O que importa é que tenhamos logo o inicio das obras e depois comemoraremos quando o grupo estiver nos trinks, reformado, tinindo de novo.

SOBRE INICIO DAS OBRAS

Segundo a direção da escola, pra começar a reforma ainda existem alguns trâmites burocráticos dentro da Secretaria Estadual de Educação. Todo o processo foi encaminhado para a SEE/MG que ainda precisa autorizar a obra para que seja feita a licitação.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

PRAIAS DE FONSECA

O Rio Piracicaba forma praias em Fonseca...
Toda ida a Alvinópolis é sempre um turbilhão de emoções. No ultimo final de semana foi mais ainda. Meu amigo Dindão me convidou para ir com ele a Fonseca para distribuir alguns jornais referentes à Expedição pelo Rio Piracicaba Ele fazia questão de levar pessoalmente até o distrito, onde a expedição teve uma recepção inesquecível. No meio do caminho ele resolveu parar o carro para bater a foto aí de cima. Foi ai que passou um filme na minha cabeça. 

A PRIMEIRA PRAIA A GENTE NUNCA ESQUECE

Eu era criança e fiquei até sem dormir quando minha mãe nos avisou que iríamos a praia em Fonseca. A gente só tinha visto praia até então pela TV. Imaginem a excitação. Fomos de kombe, com os primos, uma festa só. Lembro-me com riqueza de detalhes, fomos nadar num lugar que tinha água cristalina, uma areia brilhante e fofinha. Não tenho a menor vergonha em dizer. Se me perguntam: qual a primeira praia em que fui eu respondo: foi em Fonseca.

HOJE O RIO JÁ NÃO É O MESMO

Infelizmente, com o tempo e com o aumento do consumismo e também da população, o Rio está poluído demais. Por isso a importância de expedição para diagnosticar os problemas do rio e apontar soluções. Ao conversar com pessoas em Fonseca, percebemos também a proximidade de algumas pessoas com o rio e que em alguns pontos ainda dá pra pescar ( o rio ainda está vivo em Fonseca). 

FONSECA ENORME

Há muito tempo eu não passava no distrito e pude ver ao vivo e a cores o desenvolvimento do distrito. Já era pra ser cidade há muito tempo. Só não é por motivos controversos. Demos uma volta de carro por todo o distrito, vimos um comércio próspero, belas construções, uma "cidade" que parece respirar futebol ( o que mais a gente via era rapazes com chuteiras e camisas de futebol). Ah...também belas mulheres com sorrisos nos rostos, muita vida.

E PRA FECHAR COM CHAVE DE OURO

Demos sorte de encontrar no distrito a amiga Rejane e seu esposo. Localizar onde ela estava foi facim, facim. Fomos perguntando onde morava a irmã da Rejane e as pessoas foram nos indicando o caminho. Eu a havia conhecido virtualmente quando ela fez um movimento no distrito, convidando os prefeitos e políticos da região para debater o asfaltamento de Fonseca a Catas Altas. Fiquei impressionado com sua tenacidade. Embora resida em Catas Altas, ama Fonseca com todo o coração, é de família tradicional de Fonseca e se alguém falar mal do distrito perto dela pode preparar que vai ter briga. Nos encontramos para um bate papo bacana e presencialmente só reforcei a minha impressão sobre a força dos fonsequenses e do seu direito de autonomia e auto-determinação. 

domingo, 16 de junho de 2019

SEM CORAÇÃO NÃO TEM SOLUÇÃO

Eu tava pensando nos nossos eventos e tradições  e cheguei à seguinte conclusão: só morrem quando deixarmos de colocar o coração no que fizermos. Se o coração estiver na frente, tudo é possível.




FESTIVAL DA MÚSICA

O pessoal da Secretaria da Cultura poderia se pronunciar à respeito. Tentei contato mas não obtive respostas. Há pouco tempo um vereador esteve lá conversando e  responderam  que estavam olhando. Seria importante uma palavra mais assertiva. Tem muita gente que ama o festival e se a prefeitura não for fazer, ainda dá tempo de juntar uma comissão e colocar coração pra fazer pelo menos o básico. Deixar morrer é que não pode.

FESTA DA CHITA

A primeira edição foi demais. Tudo feito com o coração. A segunda também foi muito legal. Mas depois, parece que o coração foi enfraquecendo, o entusiasmo foi diminuindo. Parece que a política partidária enfartou o coração da festa da chita. Puxa vida, foi uma ideia genial, um evento maravilhoso, cultural, colorido, tudo a ver com o mês de junho, festa junina, forró, tudo junto. Oportunidade para a Cia Fabril fazer um baita marketing nacional, a secretaria de turismo de vender bem a cidade. Quem sabe não dê pra fazer esse coração voltar a bater?

EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA

Era um evento maravilhoso, não só pelos shows, mas pelas mostras agropecuárias e industriais. A ACIA tava entusiasmada pra fazer. O que houve? O coração desanimou? A prefeitura parece que se comprometeu a fazer. Terá coração suficiente pra isso?

EXAME CARDÍACO

Como será que está o eletro da bateria colibri, do nosso congado, banda de música, escolas de samba, blocos, bandas de rock? Como está o coração da nossa cultura?  


REDE DE CORAÇÕES

Como dizia Saramago, precisamos juntar a tribo da sensibilidade, juntar um bocado de gente boa, tecer uma rede de corações apaixonados pela cidade. Se conseguirmos, ninguém nos segura. Vamos nessa? 

terça-feira, 28 de maio de 2019

MEMÓRIAS - INAUGURAÇÃO DO ASFALTO DE ALVINÓPOLIS


Eu era pequeno, mas me lembro da cena até hoje, do povão reunido na praça. do palanque, dos discursos, do entusiasmo do povo. Foi uma festa inesquecível. Alvinópolis queria muito o progresso, queria muito ter ligação asfáltica para Belo Horizonte e a inauguração teve a participação de todo o povo da cidade. Agradeço ao amigo Zé Santana que muito gentilmente me enviou essas relíquias, fotos, convites, mapa, tudo sobre esse evento marcante na história do município.



Santana foi um dos que mais trabalhou para que  asfalto chegasse até Alvinópolis Ele era um dos políticos mais influentes do estado e conseguiu levar a Alvinópolis o então governador Francelino Pereira. 


Capa do convite para a inauguração
 Convite da inauguração do asfalto
O mapa do trajeto 

MEMÓRIAS, NÃO PODEMOS DEIXAR QUE SE APAGUEM ...




sexta-feira, 29 de março de 2019

SERÁ QUE AGEPÊ É ALVINOPOLENSE?

Confesso que eu também ficava muito vaidoso com a informação de que AGEPÊ teria nascido em Alvinópolis. Sempre fui fã do cara e era algo que realmente me envaidecia. Mas ontem fui postar um desafio na net, questionando o por que dele não ter sido devidamente homenageado, afinal, foi um grande astro da MPB. Mas assim que postei alguém questionou: - Martino, acho que isso é fakenews viu. O pessoal conta essa história mas pesquisei e não é factual. E fui pesquisar pra saber. E fiquei muito surpreso ao constatar que realmente não existe nenhuma citação a Alvinópolis nem a Minas. Segundo as biografias existentes - e são várias - ele é natural do Rio de Janeiro e a mãe é Alagoana. Mesmo assim algumas pessoas continuam afirmando categoricamente que ele é Alvinopolense. Dizem até que sua mãe certa vez foi no programa SILVIO SANTOS e contou essa história. Mas não consegui encontrar isso na internet. Existem várias biografias e todas dão conta que ele é carioca da gema. 

Ouçam entrevista com o próprio AGEPÊ

Vejam BIOGRAFIA DELE - NO SITE DA UBC - União Brasileira de Compositores.


Outra BIOGRAFIA



sexta-feira, 8 de março de 2019

E O CARNAVAL FOI UM SUCESSO...



E O CARNAVAL QUE NÃO IA ROLAR, ROLOU!

Havia uma conversa no ar de que não haveria carnaval, por causa da situação difícil da prefeitura. Parecia mesmo que não ia ter, mas teve. E com muito brilho.

A CHARGE DA FOICE

Num momento de decepção misturada a indignação, criei a brincadeira da FOICE que dizia o seguinte: Foi-se a exposição, foi-se a festa da chita, foi-se o festival...e agora foice no carnaval. 

MAS A CIDADE RESOLVEU REAGIR

Pra felicidade geral, a reação veio da ACIA. A Associação Comercial e Industrial de Alvinópolis resolveu chamar pra si a responsabilidade de liderar um movimento para fazer um ótimo carnaval e assim foi feito. Não posso deixar de citar aqui a alvinopolense Ana Paula Carvalho. Ana Paula foi essencial para que o carnaval acontecesse, pois começou a sensibilizar as pessoas e depois atuou como executiva eficiente. Também importante citar o atual presidente Juninho da Luz Divina. Ele se envolveu e foi atuante, pois entendeu que o carnaval é fator econômico importante, tanto para o comércio como para o turismo em geral. A ACIA formou uma comissão de alto nível pra pensar o carnaval e foi esse grupo que fez acontecer. Importante citar também três entusiastas que batalharam muito que foi o Nem de Carlito, empresário que é um verdadeiro trator pra trabalhar, Lucio Viana, outro que ajudou muito, o Ledes, que é outro apaixonado pelo carnaval e o vereador Samuel Bicoco, que se ofereceu pra ajudar na captação, ajudou a pensar a estrutura, negociou com barraqueiros e também caiu pra dentro. Marina e equipe também foram importantíssimos, dando show na decoração, além dos outros voluntários da comissão organizadora como Paulo César Rodrigues, Ecy Nardy, Ivan, Noninho, Franques, Mario, Janete, entre outros entusiastas. O Rock'n Rua foi uma novidade que chega para ficar( pode acontecer também fora do carnaval). 

Importante salientar que teve aqueles que se envolveram de forma presencial executiva, mas também teve os que doaram seu tempo, pensando e divulgando o evento.

EU NÃO FUI, MAS FUI

Dois dias antes do carnaval, tive um problema de coluna que me confinou à cama. Por um lado, fiquei muito chateado. Por outro lado, fiquei num camarote vip virtual. Da minha cama pude assistir as belas cenas do carnaval enquanto atualizada as informações para o público conectado. Era como se eu estivesse em Alvipa.

O CARNAVAL FOI PURO ÊXTASE !

Bloco da Mariquita: esbanjando charme.
Com certeza superou as expectativas. Foi um carnaval menos dispendioso e que deixou o povo feliz e satisfeito. Boas sementes plantadas para os próximos anos. Difícil destacar alguém. A decoração da praça ficou lindíssima. Além de visualmente atraente, com muitas cores e brilho, traziam as memórias do nosso carnaval (sobre as barracas é algo para se pensar para os próximos). Colibri arrasou mais uma vez. Um espetáculo! A charanga com 7 fôlegos, dando suporte para todos. Piratas em dose dupla. FNC só crescendo. Mariquitas esbanjando charme. As piranhas periguetes aprontando, Saco Sujo mantendo a tradição, adiantados...e a grande novidade: o rock'in rua, que tem de virar tradição. E as bandas na praça à noite também agradaram geral, com a apresentação impecável do voz de trovão Sidney Ribeiro.

UM PEQUENO EXÉRCITO PRA FAZER O MELHOR CARNAVAL DA REGIÃO

É difícil fazer uma análise exata, mas foi muita gente trabalhando. Em primeiro lugar teve a turma da ACIA, depois a comissão organizadora. Teve as bandas que tocaram no palco, teve as baterias Colibri e Charanga da rua de cima. Já deu um bocado de gente né? Agora imaginem quantos desfilaram no saco sujo, FNC, Piranhas, Piratas e Mariquitas? Ainda teve o pessoal da segurança, dançarinas, os barraqueiros, pessoal dos bares, os rockeiros do rock'in rua. É gente demais. Se bobear devem dar mais de 10 mil pessoas. Será que estou exagerando?

ENQUETE

Fiz uma enquete na internet com a seguinte pergunta: Para vc qual foi o ponto alto do carnaval 2019? E a opção que ganhou disparado foi: UNIÃO DO POVO PARA FAZER O CARNAVAL. Pois é. Isso prova que quando o povo quer, ninguém segura. O povo de Alvipa realmente ama o carnaval.

PARABÉNS A ESTER SANCHES

Foi sem dúvidas um feito histórico. A Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova, uma das mais importantes de BH, resolveu homenageá-la. E a escola sagrou-se campeã do carnaval 2019. É algo a ser comemorado, já que Ester é nascida em BH, mas tem o coração alvinopolense.




E O QUE VEM POR AÍ?

Tradicionalmente a nossa EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA acontecia em maio. Mas não se sabe as condições do parque de exposições para receber eventos. Mas seria muito bom se a ACIA fizesse em parceria com o SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS e COOPERATIVA. Quem sabe né? A Festa da CHITA também deveria voltar. Assim como o Festival.Vamos torcer...


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

O KICHUTE DE CARNAVAL

Década de 70. Éramos crianças em Alvinópolis quando foi lançado o Kichute. Foi uma febre. Eu adorava jogar bola e o kichute era uma mistura de tênis com chuteira. A sedução pra meninada foi uma coisa de louco. Eu já começava a ver os primeiros colegas com os cadarços amarrados pelas pernas acimas. E não é que pai apareceu lá em casa com dois kichutes? Eu não acreditei. Acho que dificilmente um calçado que eu tiver na vida vai suplantar o impacto que foi calçar um kishute. E coincidentemente ganhei o danado na época de carnaval. Foi aí que descobri mais uma grande utilidade pro tênichuteira rústico e  chulezento. Era ótimo para participar dos carnavais da meninada. Sempre tinha aqueles avacalhadores que entravam no salão e encontravam um jeito de te dar um bicão. A vingança com o bico do kichute era maligna...


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

TÁ FALTANDO CORAÇÃO


A gente fica reclamando que as festas estão acabando, mas o que tá faltando é coração. Tá faltando pessoas apaixonadas, que se unem por ideais comuns. Nos antigos carnavais tinha Tuôla e Aloísio. Eles movimentavam os clubes e o carnaval de rua. E tinha Zé Luiz e Bastião de Olga. Tinha o BAG onde todos tocavam com o coração. 
Os melhores festivais, tiveram João Carlos de Souza Carvalho na prefeitura. Ele tinha o festival no coração. Fazia com um amor abnegado. Quem falou que prefeitura não faz cultura? Basta que haja alguém com coração. Nas boas exposições agropecuárias havia grande entusiasmo por parte dos produtores, havia competição e... coração. As primeiras Festas da Chita foram estupendas. Sabem por que? Por que havia coração. Havia, me desculpem, tesão. As coisas eram feitas com tanto carinho que encantavam a todos. Meu amigo Dindão de Rio Piracicaba sempre falou isso: as coisas pra irem pra frente precisam de coração. E ele também era um dos mais entusiasmados com a festa da chita. Ele dizia: Alvinópolis finalmente criou uma festa que vai ser tipo a festa do vinho em Catas Altas. Vai virar referência. Mas parece que tiraram os corações. Lembro-me das antigas cavalgadas também. Aqueles cavaleiros saiam pela cidade num entusiasmo enorme. Alguns moradores não gostavam. Achavam que os animais sujavam a cidade. Mas quem amava colocava coração. Esses eventos todos foram desaparecendo por que faltou coração. Por parte das lideranças e também por parte do povo, que aceita passivamente a decadência e extinção das tradições.Ainda bem que a turma do congado continua com o coração centenário em dia. Por isso quero conclamar os Alvinolenses. Precisamos restaurar o coração da cidade. Quem topa?