Década de 70. Éramos crianças em Alvinópolis quando foi lançado o Kichute. Foi uma febre. Eu adorava jogar bola e o kichute era uma mistura de tênis com chuteira. A sedução pra meninada foi uma coisa de louco. Eu já começava a ver os primeiros colegas com os cadarços amarrados pelas pernas acimas. E não é que pai apareceu lá em casa com dois kichutes? Eu não acreditei. Acho que dificilmente um calçado que eu tiver na vida vai suplantar o impacto que foi calçar um kishute. E coincidentemente ganhei o danado na época de carnaval. Foi aí que descobri mais uma grande utilidade pro tênichuteira rústico e chulezento. Era ótimo para participar dos carnavais da meninada. Sempre tinha aqueles avacalhadores que entravam no salão e encontravam um jeito de te dar um bicão. A vingança com o bico do kichute era maligna...
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