sábado, 31 de outubro de 2009
JUVENTUDE ACOMODADA
domingo, 25 de outubro de 2009
GALO INDIO ME TELEFONOU
domingo, 18 de outubro de 2009
O EFEITO TARTARUGA
Não sei qual a razão, mas parece que o relógio de Alvinópolis anda muito mais devagar que nos outros lugares. Muitos podem até considerar essa característica como uma virtude que só tem as cidades do interior, onde as pessoas fazem tudo com calma, sem stress, sem correria. Não sei, mas acho que esse argumento acaba sendo uma desculpa para uma tendência à acomodação, à inércia, a dizermos que “ aqui é assim mesmo”, que não vale à pena esquentar a cabeça. Pode até ser. Nós que saímos de Alvinópolis, adentramos mesmo em comunidades onde a agilidade, onde o trabalho contínuo e eficiente é imperativo e causa do progresso dessas cidades. Por isso, temos dificuldades em entender a falta de pressa, a lentidão do nosso município. Conheço Alvinopolenses que moram fora, que acham que tem de ser assim mesmo, que Alvinópolis tem de ser uma espécie de cidade presépio ( quando ouço esse termo só me lembro de Rio Doce), uma cidade museu, escondida no meio da cadeia de montanhas, onde o progresso não chega, onde o povo é religioso, pacato e feliz. Aliás, algumas pessoas chegam a incomodar-se com o progresso, com pequenos sinais de crescimento, como as ruas que avançam pelas colinas, como as indústrias e empresas que se instalam, como tudo que agrida sua Alvinópolis idealizada da infância. Nós Alvinopolenses que estamos fora, muitas vezes somos mal interpretados em nossas visões. Muitos dizem que é muito fácil falarmos as coisas, já que não estamos em loco, vivenciando os problemas. Digo que é o contrário. Exatamente por estarmos fora é que temos condições de enxergar melhor. Também gostamos da tranqüilidade, do relevo, da cultura, de tudo que diz respeito à nossa cidade, mas um pouco de dinamismo não faz mal nenhum, muito pelo contrário. Por exemplo, nossa cidade vem sendo bombardeada na mídia regional por noticias sempre denegrindo a imagem do município. Por razões políticas que desconhecemos, um colunista que escreve para vários jornais vem movendo sistemática campanha contra a cidade. Nós não temos nenhuma mídia de combate capaz de difundir nossas noticias e de trabalhar a imagem da cidade de forma digna, de forma a valorizar as nossas coisas. Há alguns meses me foi dito que seria lançado um jornal na cidade e fiquei muito feliz com a notícia. Há alguns dias estive em Alvinópolis com o pessoal que estava fazendo o jornal e fiquei mais feliz ainda. Mas o danado do jornal não sai. O efeito tartaruga parece acometer a tudo que se faz em nossa terra. Outra coisa que não anda é o entendimento sobre a cultura em nosso município. Desde a época do festival, existe um impasse com relação à Fundação Casa de Cultura, com relação a quem será o novo presidente, já que a Mariângela era a presidente na gestão passada. Só que com a nova coalisão política, fazia-se mister eleger novo presidente. Inicialmente houve uma reunião, onde informalmente foi indicado o Ronilson Bada. Só que tudo que é feito de forma informal, sem quorum suficiente, acaba não tendo valor legal. Algumas iniciativas isoladas começaram a ser tomadas sem a anuência do presidente e não havia consenso sobre comando. Ronilson não se sentiu confortável com a situação e não poderia ser diferente. Concluiu-se então que por existirem claras divisões políticas entre os grupos que apóiam o prefeito, deveria ser encontrado um nome neutro, capaz de unir ou de pelo menos não causar essa cisão. O prefeito concordou e prometeu tomar uma atitude à respeito, mas o efeito tartaruga tratou de agir de novo e as coisas vão se arrastando, não se resolvem e a cultura acaba paralisada, na inércia. Esses foram exemplos práticos, mas o efeito tartaruga se faz presente em vários outros setores da cidade. Por exemplo, dizem que aquela obra do ginásio não concluído não pode prosseguir por causa de um processo na justiça. É o efeito tartaruga na justiça. Aliás, dizem que o nosso parque de exposições, antes considerado um dos melhores da região, está fechado porque precisa de reformas para oferecer mais conforto para as pessoas. Não dá pra acreditar que um espaço tão grandioso possa ficar subutilizado assim. Melhor então transformarem num novo cemitério, já que os vivos não se interessam, quem sabe os mortos, né? Enquanto isso, o efeito tartaruga está agindo, enferrujando os metais, carcomendo toda a estrutura, fora o que é roubado ou depredado pelos vândalos. Acho até que o efeito tartaruga atinge outras áreas da cidade, mas vou deixar para a imaginação de vocês. Pensem onde é que o efeito tartaruga anda agindo no município e enviem seus comentários para o blog.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
UMA VIAGEM NO TEMPO – ALVINÓPOLIS – ANO 2035
Também investiram na agropecuária, dando condições para que nossos homens do campo pudessem fazer de nosso município um dos maiores fornecedores de produtos alimentícios para o estado de Minas Gerais. A iniciativa, gerou mais recursos para que a prefeitura pudesse se modernizar e investir em várias áreas. Outra coisa positiva foi a descentralização administrativa, com subprefeituras instaladas em todos os cantos do município, que por sinal tem um enorme território. Com isso, todos os distritos se desenvolveram significativamente.
Mas não foi só isso. Também houve investimento em lazer, paisagismo e meio ambiente. A cidade conta com 4 parques naturais, sendo um maravilhoso aproveitando a área em torno do cemitério histórico, que também abrigou o teatro municipal, que passou a levar grandes espetáculos de teatro, orquestras, shows de música clássica. Outro onde antigamente havia uma pedreira, com cascata e várias piscinas, outro na área do mirante do campo de aviação e o terceiro na região de Fonseca, um dos mais importantes parques paleontológicos da América do Sul.
A área do parque de exposições foi totalmente remodelada, abrigando um ginásio multiuso, onde muitos anos antes havia um ginásio fantasma. Foram construídas também uma arquibancada e uma infra-estrutura de primeiro mundo. Porém, as exposições que aconteciam ali não eram mais apenas agropecuárias. Aconteciam feiras de tecnologia, eventos estudantis, seminários, tudo muito organizado, Os eventos agropecuários também passaram a ter um lado cultural.
Aliás, nossa arte e cultura também estão muito estruturados, com escolas de arte, oficinas, festivais de música, literatura, teatro, cinema, exposições, enfim. No setor turístico, a prefeitura trabalhou para a manutenção do nosso conjunto arquitetônico da rua de cima, hoje bem preservado e sinalizado. Também ofereceu isenção para os empresários que quisessem investir na cidade. O Resultado foi uma sensível melhoria dos hotéis existentes, além da construção de novos hotéis e pousadas, que incrementaram e muito o turismo no município. O desenvolvimento econômico também nos trouxe a oportunidade de entendermos nossas origens, de conhecermos a história de Paulo Moreira, dos movimentos migratórios de escravos e índios em nossa história mais antiga, da formação dos distritos e povoados.
A cidade tornou-se também conhecida pela liberdade religiosa, ecumênica, onde as pessoas podiam orar segundo suas crenças, onde padres e pastores celebravam cultos em conjunto, afinal, Deus é o mesmo para todos. Cada distrito ganhou um ginásio multiuso pensado para esportes e com tratamento acústico para shows, palestras, seminários e solenidades. Na área da saúde, a cidade também tornou-se modelo, investindo em sua estrutura local e liderando um conceito de rede de especialidades, juntamente com a cidade irmã Dom Silvério e também com João Monlevade e Ponte Nova.
Se eu fosse descrever todas as maravilhas, teria de escrever alguns livros. Essa é a cidade que você, eu, que nós construímos com nosso amor por essa terra bendita. Pois é, minha gente. Mas agora eu vou ter de pedir a licença de vocês, pois vou dar uma ida ao Estádio Municipal pra ver a partida que comemora a subida do Alvinopolense à primeira divisão do futebol mineiro.
Prú Tchááá!!!
NUVENS MOVEDIÇAS
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
VIVA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Tudo estava lindo como sempre, mas este ano algumas novidades deram ainda mais brilho à nossa festa da padroeira.
A decoração do adro da igreja foi algo de encher os olhos e os espíritos. Primeiro porque o efeito foi lindíssimo, depois pelo simbolismo, pela atitude ecologicamente correta, em minha opinião em consonância com o pensamento cristão. A palavra de Cristo do "amái-vos uns aos outros" implica em pensarmos o mundo que deixaremos para as futuras gerações e porque não, para as outras espécies.
Tomara que a atitude permeie todas as ações da cidade daqui pra frente.
Não sei quantas pessoas estiveram envolvidas, mas estão de parabéns todos que participaram, pelo bom gosto e dedicação.
O pessoal da Fundação Casa de Cultura também estava por lá, Marina, Nita e Clara, com uma bela exposição fotográfica e de artes da nossa terra.
Outra coisa que me deixou feliz foi conhecer o novo salão paroquial. Sem sombras de dúvidas é hoje um dos melhores espaços da cidade. Merece elogio também a atitude da igreja de abrir espaço para que os artistas locais possam se apresentar após as missas. Penso que o grande mérito dessa iniciativa deve ser reputada ao Sidney, locutor da Alvimonte FM, que assessorou o Padre na questão dos shows.
No entanto, me permito fazer algumas críticas construtivas. De antemão, há de se compreender as dificuldades de se fazer qualquer investimento financeiro de construção, que sabemos ser muito caro. Já foi um avanço muito grande construir o Salão. Porém, a acústica precisa ser tratada para que tenha condições de receber shows. Faz-se necessário também que o som seja melhorado, com a existencia de melhor retorno e um técnico de som para monitorar o som enquanto a banda vai se apresentando. Em minha opinião, deveria haver algum tipo de decoração no salão, logicamente respeitando os limites de ser um salão de instituição religiosa. Não cabe mesmo iluminação de boate, com luzes difusas. Mas pelo menos um banner de fundo de palco e alguns detalhes que enfeitem, que proporcionem um pouco mais de alegria, de glamour.
Não tive oportunidade de assistir a todos os shows.
Vi apenas parte do show de Thiago e Admilson e percebi o quando o som era prejudicado pela acústica. Com toda qualidade que a dupla tem, não conseguia entender o que cantavam.
No show do VERDE TERRA, que voltou a se apresentar após 22 anos não foi diferente. No palco, não conseguíamos ouvir o que o colega que estava a poucos metros cantava. Tenho certeza que o público também tinha um som muito ruim lá na frente. Porém, a platéia foi altamente respeitosa e tem toda a questão simbólica da banda tocando após tanto tempo. Aproveito para pedir desculpas se não pudemos nos apresentar melhor. Tomara que a vida nos dê a oportunidade de em outro momento, tocarmos com mais qualidade para o público da cidade. Depois do show fomos para o Nicks e ficamos até mais tarde por lá, recordando as músicas que tocávamos há 2o anos atrás, tão atuais nos conteúdos. Lá aconteceu o Verde Terra de verdade, com os vocais afinados, numa só voz, com muita alegria do reencontro. Foi mágico.
Mas voltando a Festa de Nossa Senhora do Rosário, foi muito bonito também ver a Neném de Marina com sua alegria, parecendo uma menina rainha, mal se contendo em si de tanta felicidade. Não me lembro de ter visto uma rainha mais feliz.
A festa desse ano foi linda,minha gente. Deus queira que nos próximos anos haja o mesmo entusiasmo, de repente até um pouco mais de divulgação, convidando os Alvinopolenses de todos os cantos, das cidades vizinhas, para que nosso 7 de outubro seja marcante , aguardado e glorificado.