ZÉ ALEXANDRE - PRIMEIRO LUGAR INCONTESTÁVEL
INSCRIÇÕES DE TODAS AS PARTES
Muitas inscrições colhidas, graças principalmente ao trabalho do Alessandro com o site, pela interação com o site FESTIVAIS DO BRASIL, pela divulgação feita na região.
Músicas de vários estados da federação : RJ, SP, MA, PE, MG, SC, ES, DF
Artistas da região voltaram a participar como de Rio Piracicaba, Itabira e João Monlevade.
MUITOS VENCEDORES DE FESTIVAIS ANTERIORES
Emocionante receber por exemplo Flávio do Carmo de Sete Lagoas, vencedor do primeiro festival e Edmaire Carvalho, vencedora do segundo. Além destes, tínhamos presentes Gil Damata, Cláudio Fraga, Zebeto Correa, Luluth, Newton Baiandeira e Verde Terra, também campeões.
Jovelino e Flávio do Carmo, vencedor do primeiro festival
MÃOS DE MIDAS
Mais uma vez Marina e a turma da Fundação Casa de Cultura fizeram a sua parte, criando uma bonita decoração para a praça, para o palco, criando o visual dos troféus, enfim, o que tocam, vira ouro.
SATISFAÇÃO DE VÁRIOS ARTISTAS
Alguns artistas tem alma límpida, pessoas do bem, beija-flores que levam mel nas palavras. Souberam relevar os problemas e ter um olhar mais profundo sobre o festival.
REVELAÇÕES E EVOLUÇÕES
Apareceram novidades e confirmação de evolução de alguns trabalhos da cidade.
O SOM
O festival deste ano não teve o brilho planejado em função do som.
Isento o prefeito João Galo Indio de qualquer responsabilidade e vou explicar porque: eu já havia até conversado com o pessoal que fez o som do ano passado para retornarem este ano. Cheguei inclusive a reservar a data.
Só que no final da semana retrasada, o Prefeito me ligou dizendo que teriam de contratar outro som por causa da licitação da prefeitura que havia sido vencida pela empresa de Ponte Nova que fez a Festa da Chita. Inclusive, do jeito que estava sendo fechado, representaria grande economia para a prefeitura, pois estavam fazendo dois eventos pelo preço de um: Festival e Cavalgada do Major. Pensei comigo: Uai...o prefeito está sendo zeloso com as contas municipais e como trabalho numa prefeitura que passa por situação idêntica, me resignei com a fala do prefeito. Pelo menos tratava-se de um som de qualidade já testado na Chita. O João só me pediu pra dar uma ligada pro dono do som e explicar o que precisaríamos. Assim eu fiz e estava tudo encaminhado. Só que na quarta-feira antes do festival, recebi uma ligação de uma pessoa que se dizia chamar Carrim e que o cara de Ponte Nova que iria fazer o som pra nós estaria fazendo vários sons no final de semana e estava re-passando o serviço pra ele. Já fiquei cabreiro com aquele nome "Carrim", ainda mais quando ele me explicou que esse nome dizia respeito a Carrim de mão. Expliquei ao Carrim quais seriam as necessidades e ele me garantiu que tinha experiência nesse tipo de evento. Fiquei preocupado, mas a aquela altura do campeonato tinha de ter é paciência, pois teria de ser daquele jeito mesmo.Eu só não imaginava o inferno que estava por acontecer. O Som chegou e aparentemente era até bem equipado. Só que o Festival começou e percebi que estava tudo correndo muito devagar, dando muita microfonia, muitos problemas. Fui investigar o que estava acontecendo e quase cai pra trás quando fiquei sabendo que o dono do som havia levado apenas um técnico de som, mesmo assim que estava trabalhando com uma mesa digital pela primeira vez. O pobre coitado, além de passar o maior sufoco com a mesa, estava tendo de dar conta de mixar o retorno do pessoal no palco e depois correr pra mixar a frente. Pra completar o rosário de problemas, vários cabos não estavam funcionando, as vezes os microfones ficavam mudos e o tempo só passando. O sujeito na mesa também estava mais perdido que cego no tiroteio. Teve um minuto em que fui até lá pra falar pra ele que um tambor de uma música não estava saindo na frente. Ele me disse que nem sabia onde estava o tambor na mesa. Muito difícil. Sinceramente, não posso culpar os músicos pelas demoras. É verdade que alguns até se aproveitam da situação, mas na maioria das vezes, a culpa era dos problemas com o som. Inclusive, muitos artistas foram seriamente prejudicados. Para que se tenha uma idéia, no ano passado 18 músicas foram tocados em 2 horas e 40 minutos. Neste sábado, com 20 músicas, a eliminatória começou as 17e foi terminar as 22,40 , ou seja, 5 horas e quarenta. Foi lamentável mesmo.
O mesmo som deverá fazer a cavalgada do Major. Como lá eles farão apenas alguns shows, imagino que terão uma performance melhor. Só não pode é ficarem depois dizendo: tá vendo? O som é bom. Esses caras do festival é que são chatos demais! Pode ser que até façam melhor da próxima vez, mas no festival foi um fiasco. Ah...deixa eu deixar aqui o nome do som: HABEAS CORPUS de Ipatinga.
NOSSAS DESCULPAS
Mesmo não tendo culpa, mesmo tendo caído numa armadilha, pedimos desculpas aos músicos e artistas que reconhecemos, tiveram suas apresentações comprometidas.
ERA PARA SER COMEMORATIVO,
FOI CANSATIVO
Sejamos realistas. Antes de qualquer coisa, devemos reconhecer nossos erros. Nós também, no afã de abrir espaços, principalmente para a galera local, classificamos mais músicas do que o ideal. Tentamos abrir janelas para os artistas de Alvinópolis e da região. Se houvesse mais agilidade por parte do som, teríamos sucesso. Mas de qualquer maneira, vale o aprendizado.
O PÚBLICO
Na sexta, tivemos um público mais local, com muitos pais e parentes dos músicos Alvinopolenses que se apresentaram. No sábado, mais os concorrentes de cidades mais distantes. Alguns que não puderam comparecer na sexta, transferimos para o sábado. Infelizmente, o festival se arrastou tanto que o público não suportou a maratona. O evento começou as 5 da tarde, teve uma pequena interrupção e foi terminar as 5;20 da manhã de domingo. Infelizmente, tivemos mais uma vez uma premiação com pequeno público. No final, só tinha os músicos aguardando a decisão.
DESCULPAS AO CORPO DE JURADOS
Puxa vida. Os caras passam 12 horas sentados ouvindo e julgando músicas sem cobrar um tostão e ainda tem gente que joga pedras. Ali tinha presidente de Fundação Cultural, Categorizado professor de guitarra, compositor, dois poetas e um músico e cantor. Em minha opinião, um juri equilibrado e altamente categorizado. Ainda aparece gente pra dizer que o juri tem de ter mais coragem. Coragem pra que? Pra votar nos artistas que vocês acham que devem ser os escolhidos? Ora, tenham paciência!
PESSOAS QUE ARREGAÇARAM AS MANGAS
Algumas pessoas ajudaram antes, outros durante, outras depois. Alessandro, criador do site foi vital na fase de inscrições e divulgação. Marina e o pessoal da Fundação Casa de Cultura fizeram sua parte. Luciano e Ítalo, sacrificaram sua manhã de domingo para receber os artistas e pagar os prêmios.O Guerreiro Jovelino esteve antes, durante e pra sempre.Da Prefeitura, contamos ainda com o apoio da Eliana Nardy, do Carlos Alexandre da Educação, do Bicoco e do próprio Prefeito Galo Índio.Da Cia tivemos a cortesia de sempre com Marinho.Dos Tempêros Dona Zita, tivemos uma coisa rara: a Cidinha nos procurou oferecendo o patrocínio.Do Jornal Bom Dia e site Cidade Mais, o onipresente DIMDÃO, com sua câmera a tira-colo e mil idéias na cabeça.Também tivemos a presença da Equipe da revista DEFATO de Itabira, do meu amigo José Sana, do Angelo da Krawy que criou a marca e de Ronilson Bada que colocou o telão.
SOBRE A PREMIAÇÃO
Cada um dos jurados tem suas prediletas, mas o conjunto dos votos promove a democracia e em minha opinião, com muita justiça.
Gostei do resultado, apesar de divergir em algumas questões.
Porém, já participei de muitos e muitos festivais e nunca vi nenhum resultado que não tenha gerado polêmicas, discordâncias, enfim...
CONCORRENTES PREJUDICADOS PELO SOM
Tenho de ser sincero também: muitos competidores com grande potencial para estarem entre as premiadas foram muito prejudicados pelo som. E dá-lhe microfonia, microfone cujo som sumia durante as apresentações, energia que caia no palco, interrupções, técnico que não encontrava as coisas na mesa, cabos bichados, uma grande coleção de problemas.
SOBRE DESTAQUE DA TERRA E REVELAÇÃO
Ponto Morto - Destaque da Terra
Gostaria que observassem o artigo 21 do regulamento: "para os 6 melhores colocados, será observada a somatória das notas. Já para os prêmios especiais, serão observados critérios subjetivos , cuja escolha será decidida em reunião secreta do júri". Traduzindo: o Juri se reúne após o festival e é feita a somatória para definir dentre as 12 finalistas quais receberão os 6 primeiros prêmios. Já para os prêmios especiais é feita uma consulta em separado. Exemplificando: é feita uma pergunta objetiva para os jurados : para vocês, quem é o melhor intérprete? E o jurado vota na hora e a ganha a que obtiver mais votos. Assim também é feito com melhor letra, destaque da Terra e revelação. Apenas o quesito melhor letra não deu unanimidade. No caso todos os jurados votaram em Ponto Morto como Destaque da terra e no Isqueiro D'agua como revelação, o que não deixa margem a dúvidas.
BANDA ISQUEIRO D'GUA
ALEGRIA NAS VITÓRIAS,
NOBREZA NAS DERROTAS
No ano passado as Bandas Case e Sistema Confuso se sagraram vencedoras com toda justiça mas houve quem contestasse os resultados( sempre haverá alguém para contestar). Este ano, novamente o pessoal começa a descer a lenha. Pelo amor de Deus. Será que não dá pra reconhecer o esforço de quem faz, nem a honestidade das pessoas que vem lutando por este festival há tantos anos?
COMENTANDO SOBRE OS ARTISTAS DA TERRA
A banda Hard Case, que se chamava Case tocou até bem. O arranjo da música foi bem interessante, boa execução instrumental, um título ousado para a música, mas o vocal não ficou audível, prejudicando o conjunto.
Thiago e Admilson fizeram uma boa apresentação. No quesito kms rodados e experiência estão vários pontos à frente dos outros. Porém, foram as primeiras vítimas do som pois a energia acabou no meio da música e tiveram de reapresentar. Na segunda apresentação já não foram tão bem como na primeira.
A Banda Alone teve um problema que eu identifiquei como saturação do retorno. A voz da cantora Alessandra que é afinadíssima, ficou abafada, sem referência e ela até desafinou um pouco, por ter de gritar para compensar o volume do instrumental.
A Banda Ponto Morto fez uma excelente apresentação, considerando-se que tocou com retorno mais baixo e menos volume na frente também. O som ficou mais redondo e a banda confirmou sua evolução de um ano pra outro.
A Banda Vovó Piluca fez uma apresentação correta, mas a música do ano passado era melhor. Parece que a turma estava mais entusiasmada no festival do ano passado. Pode ser também que o som os tenha causado dificuldades. O show foi melhor, com um som mais equilibrado na frente.
Banda Sistema Confuso fez uma apresentação mais de violões acústicos, mas o som não ficou perfeito. As vozes ficaram baixas em relação aos violões.
A banda Isqueiro D'agua foi merecidamente escolhida como revelação com uma letra ousada e grande potencial, mas precisa evoluir muito para sair da categoria de promessa e se tornar realidade.
O Circuito integrado também foi prejudicado pelo som.
Ana Carolina, que se inscreve como Brasiliense, mas é mezzo Alvinopolense, fez uma apresentação correta, mas sem o mesmo brilho do ano passado. Ficou sem seus acompanhantes do ano passado, que foram faturar o festival do Sesi ( parabéns a eles).
SOBRE OS ARTISTAS DA REGIÃO
Banda Overdrive - de Rio Piracicaba - teve uma excelente performance, conseguiu tirar leite de pedra, conseguindo um ótimo som. Só não se classificaram para a final por causa da letra, que não foi tão bem votada.
Newton Baiandeira - Itabira - Em minha opinião, ARCO-ÍRIS EM PRETO E BRANCO foi umas das melhores letras do festival, mas infelizmente não se classificou para a final.
Cila Cordeli - João Monlevade - uma cantora dona de voz personalíssima. A música Cabelo Cor de Sol foi bem interpretada e bem votada, mas não se classificou.
Kenny e Kerlon - Jovem promessa da Música Sertaneja - se apresentou até bem. Também não foi bem votada no quesito letra.
ARTISTAS DE TODAS AS BANDAS
Zé Alexandre - primeiro lugar - ninguém contestou. Muito pelo contrário. Foi aclamado pelo público.
Ivânia Catarina e Carlos Gomes - poesia belíssima, excelente performance do violonista, linda melodia, prêmio merecido.
Babi Jaques e os Sicilianos - excelente banda de Rock de Recife que procura fazer um trabalho poético, iconoclasta, diferente. Conquistou principalmente o publico jovem. A se destacar o cuidado com o figurino e a excelente performance de palco.
Dimas Deptulski - Colatina - ES - A letra e a voz firme do Capixaba também conquistaram o público.
Agua Viva - e a Mesa do Bar - uma bela canção que também caiu no gosto do público, afinal, mesa de bar é confessionário também em Alvinópolis.
Tributo a Chico Mendes - de Ubiratan Souza - São Luis do Maranhão - o Bira conseguiu a proeza de convocar um Flautista Alvinopolense e de ter o auxilio luxuoso do Zé Alexandre no Palco. Sua música e letra são belas, porém, mais bela ainda é a sua alma.
AOS DE CASA - Melhor letra, escolhida pelo juri em votação subjetiva, o catarinense Dentinho Arueira.
Ivania Catarina - venceu também o prêmio de Melhor intérprete.
GOSTO, CADA UM TEM O SEU.
Sobre melhor letra, acho AOS DE CASA excelente, mas em minha opinião as melhores foram MOINHOS DE VENTO, letra de Paulinho Andrade e ARCO-ÍRIS EM PRETO E BRANCO de Newton Baiandeira.
NÃO FOI PRA FINAL, MAS ERA MUITO BOA
A música GIRASSOL de Cláudio Fraga foi bastante prejudicada pelo som. A voz na frente ficou seca. O cara da mesa não conseguia colocar reverber de jeito nenhum.
ALGUNS CAMPEÕES
DESTA VEZ NÃO SE DERAM BEM
Gil Damata e Zébeto, que faturaram tantos, desta vez não levaram. Zé tinha uma letra muito boa na mão, mas a apresentação não repetiu o de sempre. Também, o som não ajudou. O mesmo aconteceu com o Gil, que demorou um tempo excessivo para ajeitar o som e mesmo assim, a apresentação não agradou como em anos anteriores.
NÃO VENCERAM, MAS GOSTEI
Gosto da musicalidade do Fábio Loyola. Encontrei-me com ele no hotel após o festival e reafirmei isso pra ele, que parecia meio decepcionado. Me falou que no ano que vem vai tentar fazer algo mais regional. Não sei. Eu, particulamente gosto muito do trabalho. As melodias do Fábio batem fundo. No que diz respeito aos festivais, não estão dando muito certo, segundo ele. Não sei. Eu pelo menos gosto bastante.
Gostei também das músicas de Barrado e Canhotinho de Belo Vista de Minas, que não foram classificados na triagem. Dois cantores que fazem sertanejo de raiz com um jeito todo peculiar de cantar e de compor.
CONCLUSÃO
Som é o ponto primordial do Festival.
Infelizmente temos de dizer com todas as letras: O Festival não foi um fiasco, mas também não foi excelente em função disso...e pelo nível das canções, poderia ter sido o melhor de todos os tempos.
De qualquer maneira, temos de aprender com os erros e aperfeiçoar.
Vamos então começar agora o Festival 31 anos.
Abraços a todos.
ALBUM DE FOTOS...
0 campeoníssimo Gil Damata
Murilão, bom tê-lo de volta
Zebeto, outro super campeão
A lua também veio nos visitar