Há algum tempo atrás, a região do Vale do Piracicaba foi sacudida por uma idéia muito bacana, que prometia alavancar a cena cultural da região, um trabalho que teria como objetivo mapear a produção artística das cidades do Vale do Piracicaba, gerando um catálogo capaz de colocar a produção da região numa grande vitrine, gerando negócios e oportunidades para nossos talentos. Tratava-se do “Censo Cultural da Estrada Real”, um projeto que além de tudo, dava legitimidade aos nossos artistas, inscrevendo-nos na cena estadual, dentro da visibilidade de tudo que envolvia a marca Estrada Real, tão em voga na época da criação do censo.
Várias prefeituras e instituições foram contatadas ( inclusive a Bio Extratus de Alvinópolis) , as secretarias da cultura fizeram a sua parte, os patrocinadores também se entusiasmaram e compraram a idéia, mas até hoje, o tal Censo cultural da Estrada Real ainda não saiu do papel.
Isso é lamentável. Em primeiro lugar, porque já é difícil convencer os patrocinadores a colocar dinheiro nas iniciativas de cunho cultural. Em segundo lugar, porque o material coletado fica defasado e finalmente, porque quem perde com isso são os nossos artistas, já tão carentes de iniciativas capazes de gerar negócios e expor seus trabalhos.
Esperamos que as partes envolvidas tenham uma explicação bem plausível, pois se existiram patrocinadores, imaginamos que tenha havido dinheiro e se houve dinheiro, a não concretização do projeto configura um estelionato para com toda a classe artística da região.
Mas de qualquer maneira, nem tudo está perdido e de tudo temos de tirar lições. A idéia do censo cultural pode ser aplicada de forma independente
Um comentário:
Otima ideia essa de Censo cultural.
Quem sabe assim os governantes passam a olhar pros artistas locais com outros olhos. Não dão apoio nenhum para os artistas da cidade....
Veja a programção do aniversário e tire as conclusões.
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