Não estive presente no primeiro festival em que a música “Casas de Barro” se sagrou vencedora.
Tenho dúvidas se foi Maria Geralda de Dico Lavanca ou Marina de Darcy.
Sei que essa professora levou para a sala um compacto simples com a música “Casas de Barro” do compositor Flávio do Carmo, de Sete Lagoas.
Ela nos falou sobre a importância do festival e a aula naquele dia foi de interpretação de texto em cima daquela música maravilhosa.
Fiquei encantado tanto pelo conteúdo poético quanto pela qualidade musical. Uma daquelas músicas que entra no ouvido e não sai nunca mais.
Aliás, eu poderia enumerar pelo menos umas 30 músicas maravilhosas que passaram pelo Festival de Alvinópolis (não se sabe qual o mistério que faz com que algumas canções consigam fazer sucesso e outras não. Não dá pra entender como o CREU faz sucesso, enquanto Casas de Barro e outras permanecem no anonimato).
Pois numa dessas idas e vindas nesse mundo piquininim, há pouco tempo tive a oportunidade de me encontrar com Flávio do Carmo. Ele hoje é presidente do PPS em sua amada Sete Lagoas, que inspirou tão lindas canções.
Pedi a ele que me enviasse a música Casas de Barro, para que pudesse disponibilizar para as novas gerações da cidade, para que pudessem conhecer aquela que na minha opinião foi uma das mais bonitas (senão a mais bonita) de todos as edições do nosso festival.
Flavio foi gentil e me enviou até uma nova gravação da música, feita com arranjo eletrônico em estúdio digital, mas com outro cantor. Fiquei um tanto decepcionado, pois queria a gravação original. Sabia que os recursos de gravação da época não eram tão bons, mas nada como o original.
Pedi a ele, que prontamente me enviou a versão original, só que gravada à partir de um compacto, todo cheio de ruídos dos famosos arranhões do tempo. Mas alguns dias depois, eis que chegou em meu email uma nova versão da música. Flávio foi num estúdio e digitalizou a fita original, nos agraciando com uma gravação perfeita (logicamente devemos considerar que a música foi gravada em 1975 com os recursos da época)
Sendo assim é com muito orgulho que disponibilizo para audição de vocês essa canção que significa restabelecer parte de nossas memórias afetivas, mesmo que a canção tenha tido como referência outra cidade.
Com ela, nosso festival tem princípio, meio...e...bem...quanto ao fim, se Deus quiser não haverá.
Se o destino quiser e meu dinheiro der, um dia ainda haverei de gravar essa música.
Deliciem-se com Casas de Barro...depois me contem o que acharam.
6 comentários:
Marcos,
Voce é muito chique!
Parabéns por nos dar esse presente maravilhoso.
"Casas de Barro" faz parte da historia de nossaterra, das minhas lembranças do primeiro festival de música.
Adorei! Abraços
Martino, muito legal.
Os bons tempos ficam pra sempre.
Abraço
Mensagem do Flávio:" Revirei os papéis do tempo. Estive em Alvinópolis em 1976(Casas de Barro - 1o Lugar); 1978 ( Narração - 2o Lugar)e (Divisa Baiana - 4o Lugar). Voltei em 1979 e ganhei melhor intérprete com CANTO MINEIRO. Essa canção foi gravada em 1980 no LP".
Mais um email do Flávio que achei importante transcrever...
Voltando ao assunto: CANTO MINEIRO foi gravada no elepê "travessia, o canto dos mineiros", uma coletânea do Palácio das Artes em 1980. Depois mando para você. Quanto a Casas de Barro, fui a São Paulo e gravei uma fita simples, em 1978, atendendo a um chamado de Zuza Homem de Mello (pesquise ai no google, você vai ver a folha de serviços dele, está hoje com 74 anos).
Essa fita deu origem ao compacto simples, que lancei em 1979 e você conhece. Enviei 50 cópias para Alvinópolis, aos cuidados do Sr. Gilberto (do BEMGE). Dei uma mancada: eu deveria ter enviado para João Carlos de Carvalho da prefeitura, depois explico porquê.
Por falar em João Carlos, o irmão dele, Jovelino de Carvalho também quer a gravação original de "Casas de Barro". Como perdi contato com ele, gostaria que fizesse isso por mim.
OBS: Não sou presidente do PPS. Sou secretário parlamentar do Deputado Federal Márcio Reinaldo do PP (Partido Progressista) ok?
Atenciosamente;
Flávio do Carmo
Não conheci o Martino mas conheci Alvinópolis, creio que em 1994/1995. Fui tocar com o grupo Carambola e ganhamos um prêmio, não me lembro qual. A canção é muito boa, a voz suave, gostosa de se ouvir.
Somente acho que, se eu fosse fazer a produção, iria mais para o chorinho. Sem bateria. Somente um pandeiro. Gostos são gostos!
E espero ir nesse Festival de 2009, novamente.
karlobo
Karbolo,realmente esse negócio de concepção é um problema. De qualquer maneira, naquela época havia muito companheirismo. Tocaram com o Flávio seus companheiros de "viagem" . Note que utilizaram um violão de aço. Pra te dizer a verdade, sou doido com essa música e gostaria muito de gravá-la com viola, quem sabe uma sanfona e tudo que tem direito. Quem sabe, né...
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