domingo, 31 de maio de 2009

CADA UM NO SEU QUADRADO


Engraçado como uma frase de uma música popular consegue passar de forma sintetizada, idéias tão cheias de significado.

Cada um no seu quadrado é uma dessas frases.

Fico pensando, as vezes, no afã de ajudar, de colaborar, acabamos sendo condenados pelas posturas críticas, mesmo que as críticas forem construtivas.

Na realidade, o ego da gente é que nem um campo de força, que reage a qualquer crítica, mesmo que essa crítica vier para nos ajudar a aperfeiçoar algo que fazemos de errado...ou que ainda podemos melhorar.

Eu não me isento disso, só que o tempo vai nos dobrando, vamos engolindo a arrogancia de tanto bater a cara contra os muros.

Hoje, consigo olhar a vida de outros ângulos, o que não significa que minha visão corresponda à realidade. Existem vários ângulos de visão e alguns nos permitem ver o jogo com mais clareza.

Tô aqui dando uma de Lula, usando uma metáfora futebolística para dizer o seguinte: podemos até olhar o jogo de cima, mas a vida mesmo acontece é no campo de jogo, no calor das divididas.

Então, que cada um viva a sua vida como melhor lhe convier.

Prometo pra mim mesmo que não vou mais ficar dando uma de gurú de araque.

Não vou me deixar afetar pelas críticas, nem as farei.

É como diz a tal música " Cada um no seu quadrado".

terça-feira, 26 de maio de 2009

FESTIVAL SUPER ROCK – ITINERANTE


Fico pensando nesse dilema por que passam as bandas de Rock de Alvinópolis e peço licença para dar uns pitacos.

Realmente é frustrante para os músicos subir ao palco e ter de agüentar a indiferença do público, além da falta de respeito do pessoal dos carros de som, enfim. São muitas coisas pra revoltar a galera e como a juventude já tem a natural tendência à rebeldia, haja raiva pra queimar.

Só que esse tipo de atitude do público não se dá apenas em Alvinópolis. Isso acontece em qualquer lugar.

O público só respeita o artista depois que ele faz sucesso na TV ou que toca direto nas rádios.

Lembro-me muito bem de uma entrevista do cantor Leandro, da dupla sertaneja Leandro e Leonardo em que ele contava que se apresentavam em churrascarias e que tinham uma bandinha de pop rock, mas ninguém nunca prestava atenção no que faziam.

Li também uma entrevista com Adriana Calcanhoto em que ela também contava que tocava violão e voz em churrascarias, mas que ninguém prestava atenção.

Eu já posso me considerar de uma geração anterior, mas também já passei muito por isso. A minha última frustraçãocom público, foi no Festival SUPER ROCK, que até fizemos juntos no Edmar Carvalho, na rua de cima. E olha que tínhamos também atrações de fora, hein.

Mas voltando a situação atual, penso que algumas coisas podem ser feitas para abrir novas frentes de shows para as bandas locais. Vocês já pensaram em unir as bandas e vender pacotes de shows, verdadeiros festivais com 3 a 4 bandas diferentes ? Já pensou se armam um pacote assim e criam uma estrutura, uma sociedade entre vocês, buscando sócios para sonorização e transporte. Pra começar, poderiam levar shows.por exemplo. para os distritos Alvinopolenses, para Fonseca e Major, quem sabe para Barretos.

Imagino que os públicos dos distritos seja bastante carente, que vão receber os eventos da turma com todo entusiasmo.

Pois bem. Mas essa primeira fase, seria apenas um ensaio, para quem sabe levar o projeto para outras cidades.

Agora, um projeto como esse só seria possível, se fosse criada tipo uma associação das bandas, com sonorização parceira, todos sócios, todo mundo ganhando, criando produtos paralelos, camisetas, etc. O Ronilson, que sempre foi um defensor muito entusiasmado das bandas locais, poderia liderar o movimento. Tenho certeza que vocês encontrariam apoios certeiros para essa empreitada. Para fazer em Fonseca, garanto que o Nem de Carlito apoiaria. Para fazer no Major, poderia buscar o apoio do Ledes. Se tiverem um projeto bem formatado, até o prefeito pode ajudar. Bem, fica aqui minha pequena contribuição. Muitos vão dizer que é mais uma utopia. Eu sei que as dificuldades são grandes, principalmente por causados egos que quase sempre são os impeditivos de realização dos sonhos, mas devo lembrar também, tudo que existe no mundo, antes de se tornar realidade, um dia foi sonho.  

 

quinta-feira, 21 de maio de 2009

SHOW " SERENATA EM ALVINÓPOLIS"



Amigos, no dia 12 de junho, estarei em Alvinópolis, lançando o CD " Serenata".

A data tem tudo a ver, pois será no dia dos namorado.

O show será no Nick's Bar e vou tocar músicas do CD e muitos clássicos desses de tocar debaixo das janelas das meninas.

Estive em Alvinópolis e fechei com o Nô de Sô Nico, meu amigo de alguns milênios e com outro amigo, Ronilson Bada, que vai me ajudar na promoção.

O ingresso vai custar 5,00 e quem adquirir ganha um CD.

A idéia é que depois do show, saiamos todos a cantar pelas ruas, numa serenata com muitas vozes e todos que levarem seus violões.

Quem quiser saber sobre o Disco Serenata, sobre como cada canção foi criada e produzida, visite o blog  http://serenatamartinonews.blogspot.com/

Se puderem ajudar, divulgando e convidando os amigos, ficarei muito grato. 



domingo, 17 de maio de 2009

POR ONDE ANDARÁ CHICO BREAD ?


Nos primeiros festivais de Alvinópolis, eu era um menino de 15/16 anos, muito curioso e atento, observando aqueles "heróis" todos que desfilavam seu talento.
Lembro-me do grupo AVE de OURO PRETO com músicas fantásticas como REZA. Eles tinham também um congado que dizia: Oi que faz a viola gemer...outra chamada Canto do Cisne Negro.
O grupo Ave desenvolvia uma dinâmica vocal como nunca mais ouvi nada igual, além da qualidade instrumental.
Lembro-me também dessa época, da cantora Cristina Valle, com sua voz de fada, pura sedução no cantar.
Mas para mim, a figura mais emblemática de todas atendia pelo nome de Chico Bread. Era um cantor e compositor cabeludão, que tocava gaita e violão ao mesmo tempo e tinha músicas com nomes engraçados. Uma delas nunca mais esqueci, era intitulada MORENA COR DE RAPADURA.
Não me lembro qual foi a colocação do Chico nos Festivais. As idéias dele eram irreverentes demais e como sempre existe um jurado ou outro mais conservador , pode ser que nem tenha vencido esses festivais. Creio que aparecerá alguém de memória mais privilegiada para complementar essa informação
De qualquer maneira, anos depois ouvi falar que ele havia mudado seu nome para Chico Bré, imagino ter sido uma tentativa de dar uma brasileirada no nome, já que Bread em Inglês significa pão. Existia também um grupo vocal famoso na época chamado Bread e pode ser daí que ele tenha tirado o nome artístico. Haviam outras músicas dele muito bonitas, lembro-se de outra, acho que se chamava VEM VOAR...dizia: " Vem voar, nas asas da jandaia...".
Nesse negócio de tocar gaita e violão, Chico me lembrava Bob Dylan, mas a semelhança acabava por ai, pois seu discurso poético não tinha os engajamentos do Poeta Folk americano, mas seguia pelo terreno do naturalismo.
Mas e aí, meus amigos! Deixo então a pergunta aberta: por onde andará Chico Bread ? Seria muito bacana se ele voltasse a Alvinópolis para uma apresentação.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

PARTIDO CULTURAL


Passam prefeitos, passam vereadores, passam deputados...mas a cultura fica!
Porém, todos nós que trabalhamos com cultura precisamos refletir sobre uma coisa vital para a sobrevivência dos nossos valores artísticos: precisamos nos organizar como PARTIDO CULTURAL.
Digo isso porque a cultura tem realmente grande dificuldade de fazer com que as pessoas percebam sua importância. Vivemos tempos imediatistas e as pessoas, hipnotizadas pelos apelos da sociedade de consumo, tem grande dificuldade em perceber valor na arte .
As pessoas, acostumadas com a chamada cultura popularesca, tem grande dificuldade em consumir uma cultura um pouco mais elaborada. Geralmente consideram uma coisa tediosa, assim como acham chatos a literatura, o balé, a arte em geral.
Ai a gente fica pensando: qual deve ser o papel de das fundações e instituições culturais ? Dar ao povo apenas o que deseja, ou seja: pão e circo,  shows sertanejos, axé ou funk ? Oferecer espetáculos de grande valor artístico, capazes de gerar  reflexão e depurar o senso artístico das pessoas ?
Dificil responder a essa pergunta  ?
Pois eu respondo: as duas coisas são importantes.
Que o povo tenha entretenimento nos eventos de entretenimento e que tenham cultura
e arte nos festivais culturais.


O que quase sempre fica desequilibrado é o quanto se investe em cada tipo de evento.
Para os eventos de entretenimento, desde sempre se investiu grandes somas em dinheiro.
Já a cultura, há tempos andam de pires na mão, atrás de migalhas para sobreviver.
Sejamos realista. A questão é que a cultura não traz votos. 
Para que isso aconteça, é preciso haver mais gente consumindo cultura, mais difusão da cultura nos ambientes propícios, principalmente nas escolas, para que as pessoas aprendam a ser mais exigentes e se interessem pelos conteúdos culturais.
Mas precisamos nos organizar como PARTIDO CULTURAL. 
Não chegaremos a lugar nenhum se deixarmos que os interesses do Partido Cultural foram atropelados pelos interesses partidários. 
Conclamo a todos da cultura que tenhamos um horizonte comum, ao invés de entrarmos no jogo de algumas pessoas da cidade, que tentam implodir tudo que se tente construir.
Vamos integrar o Partido Cultural e fazer a diferença.
Quem vai se filiar ?

sábado, 9 de maio de 2009

FESTIVAL DE MÚSICA, NOSSO EVENTO MAIS CONHECIDO.


Exposição agropecuária, quase todas as cidades da região fazem.
Cavalgadas, também!
Mas Festival de Música Alvinópolis faz melhor que todas as cidades da região.
É importante lembrar que a exposição e cavalgada de Alvinópolis não tem nenhum destaque regional.
Cidades como Santa Bárbara, Nova Era, São Gonçalo e Dom Silvério, para não citar outras, tem muito mais tradição nesse tipo de evento.
Mas Festival de música é o de Alvinópolis.
Nosso festival tem tradição.
É feito desde 1976 e sempre teve uma turma entusiasmada trabalhando quase sempre de forma voluntária.
Nosso festival resistiu a todas as ondas musicais e já está quase chegando a sua edição número 30.
É provavelmente o evento de maior longevidade na nossa região e é motivo de orgulho para os Alvinopolenses. Como manifestação cultural em nossa cidade, só perde para o Congado e a festa de N.S.do Rosário, que já tem mais de 100 anos de vida.
A maioria das cidades da região já fez festivais de música, mas só o de Alvinópolis sobreviveu.
Para esse ano, já foi lançada a marca oficial, escolhida entre várias criações de Alessandro Magno, um dos criadores do site Portal Alvi.
Tudo indica que teremos um belíssimo festival, que já começa a ser divulgado esta semana.
Muitos detalhes devem ser definidos nos próximos dias e a medida que as novidades forem pintando, vamos divulgando para conhecimento de todos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A COMEDIA E A TRAGÉDIA, ESSAS PARENTES PRÓXIMAS!


Estava eu tranquilo em minha casa lendo o mural do Alvinews, quando li uma mensagem pra lá de inusitada:- “ Estouro de boiada causa pânico pelas ruas da cidade”.

Pensei comigo:- Ai, ai. ai ! Agora é que o pessoal vai cair na gozação. Tomara que não saia em nenhum jornal de grande circulação, pois depois da famosa trombada de cavalo, agora vem esse estouro de boiada em pleno ano de 2009. Por causa dessas verdades absurdas, acaba que nós alvinopolenses ficamos com a fama de mentirosos. 

Vai que eu ainda estava rindo desse caso, imaginando o centro da cidade transformado numa Pamplona brasileira, quando resolvi dar uma olhada nos blogs dos amigos e fui cair no blog do Gomes.

Foi quando percebi que o amigo ex baterista da pesada, havia sido testemunha ocular do estouro da boiada, e como diz o ditado, não me deixa mentir sozinho (rs). 
Só que o Gomes pintava a história com outras cores.Ele não tratava o assunto com tom de comédia, mas exatamente o contrário. Ele puxava a orelha das autoridades para o que poderia ter sido numa tragédia.

E não é que ele tem razão?

Já pensaram se a boiada enfurecida machuca ou mata alguém?

Ainda bem que Nossa Senhora do Rosário está sempre atenta. 
Com relação à trombada dos cavalos, a situação foi bem pior, pois os pocotós saíram seriamente contundidos da situação e um dos cavaleiros também se feriu gravemente.

Mas se formos contar todos os casos fantásticos de Alvinópolis, dará pra enchermos uma dez enciclopédias. 
Há poucos dias também teve alguém que encontrou com um lobo guará na porta do grupo de cima, agindo como um cachorro de rua. 
Lobo Guará 

Falando assim, achamos a história curiosa, pitoresca, mas não sabemos o que está por trás dessa aparição do lobo em plena cidade. Com certeza, deve estar faltando comida pra ele em seu habitat natural.
Isso prova que atrás de toda comédia existe uma tragédia.
Isso prova também que coisas incríveis acontecem em nossa terra.
E ainda dizem por aí que nós somos mentirosos.
Que injustiça!
Me lembro ainda do caso do cabrito que explodiu em Alvinópolis.
Tem muita gente que conta essa história morrendo de rir, mas ninguém se lembra de ter pena do pobre caprino que explodiu em mil pedaços. 
Mas essa história eu deixo pra contar no próximo artigo.


                                                  Tadinho