Em Alvinópolis ninguém morre. Somos todos plantados no sagrado cemitério de bambu e continuamos vivos nas atitudes dos nossos descendentes. Minha avó Maria está comigo. Sempre que me deparo com alguma encruzilhada, ela ergue-se no mais profundo do meu ser e me aponta o caminho correto. Sempre que topo com algum desafio, meu avô Dominguim me socorre com seu espírito anarquista italiano e sua generosidade. Sempre que me relaciono com as pessoas, minha mãe Dona Neusa me belisca e sopra: trate as pessoas com cortesia, Marcos. Eis a chave que abre os corações. Sempre que leio um bom livro, o faço por influência do sr Jaime Barcelos que me diz: um bom livro nos vale para uma vida inteira. Meus tios Babucho e Tutúia também falam alto dentro de mim e cantam e tocam comigo sempre que pego o violão. Falam também dentro de mim amigos de recentes passagens, como do Nô de Sô Nico, Adairinho, como Tuôla e tantos outros, todos plantados em nosso sagrado solo, sementes que germinam em nós para todo o sempre.
2 comentários:
Vc escreve de uma forma tão carinhosa para com seus entes queridos!!
Muito legal mesmo.
Parabéns.
Venho sempre aqui, mas nunca comentei.
Elenice
Achei linda a sua forma de usar as palavras e sua espiritualidade ao falar de pessoas tão queridas. Fizeram sua passagem... e foram plantados no cemitério e em nossos corações!!!
Lindo...Lindo o texto!
Um dia tambem serei plantada... e ficará de mim apenas as minhas sementes lançadas.
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