domingo, 14 de novembro de 2010

NÃO SEI VOCÊS...EU NÃO SOU DA ROÇA!

Meus conterrãneos. A essa altura do campeonato, já criei casco o suficiente para levar porradas á vontade e continuar de pé. Meu queixo já não é de vidro, petrificou. Sobre essa questão de ser ou não da roça, em princípio até cheguei a pensar que estava me equivocando, mas hoje vejo que não. Impossível negarmos que Alvinópolis é uma cidade cercada de roça por todos os lados, mas nem por isso é roça apenas. Discordo disso e ninguém vai me convencer do contrário. Eu, particularmente, como vários outros Alvinopolenses, sou nascido no núcleo populacional, na cidade que me forneceu todas as referências que tenho. Depois sai pelo mundo buscando novos horizontes, conhecendo outros sotaques, outros tempêros, mas Alvinópolis é a minha referência sem dúvida nenhuma. Não me considero da roça pelo simples fato de nunca ter sido um morador do campo, de não saber nem ordenhar uma vaca, de nunca ter arado uma terra ou buscado cavalo no pasto. Sei que sou uma anomalia na minha região, mas o que posso fazer? Essa é a minha realidade. Acredito que é de outras pessoas também. Na questão que gerou tanta polêmica, talvez eu tenha errado em tomar as dores de uma cidade que não padece da mesma dor. Como bem disse o amigo Gomes em seu blog, deveríamos nos orgulhar das nossas origens rurais, de fazermos parte do chamado cinturão verde que abastece as cidades que vivem do minério como Barão, Catas Altas, Itabira e hoje São Gonçalo e as que vivem da siderurgia, como João Monlevade, Ipatinga e Acesita. O Gomes tem toda razão. O fato é ótimo para a nossa população. Trata-se de uma indústria que não polui, não gera grandes intervenções em nossas terras e não causa um grande surto populacional. Esse reconhecimento também tenho. Porém incomodou-me sim quando caçoaram da nossa terra, insinuando que em nossa cidade bois e outras criações andam soltos pelas ruas. O que posso fazer? Sou humano e meu sangue subiu. Alvinópolis é minha pátria amada, mãe nem sempre gentil, mas minha pátria. Só pra encerrar o assunto, Alvinópolis é mais roça que cidade, já que provavelmente 90% do nosso território é ocupado por pastagens e propriedades rurais, mas eu não me considero roça, simplesmente por ser citadino, filho de dona de cartório com contador da prefeitura. A partir de agora, só tomarei o cuidado para não ficar tentando defender uma bandeira que não é minha, mas que também não é de ninguém. Alvinópolis é roça, é cidade e o que dela fizermos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caríssimo, não se esqueça se èis do mundo. "TO BE OR NOT TO BE". ALVINÓPOLIS QUE PENSA. Esqueçamos os egocêntricos. e manifesto que estais perdendo tempo com ninharias e deixando o cavalo passar.