terça-feira, 21 de março de 2023

ALVINÓPOLIS ATEMPORAL

Há uma Alvinópolis atemporal.

Nela temos a idade que quisermos.

A idade das nossas felicidades. Que tal?

Por que tem gente de 13 com mais juízo que alguns de 59.

Nessa Alvinópolis atemporal poderemos reparar alguns erros.

Então, a nossa praça vai voltar a ter os bancos do jeitim de antes.

A turma vai poder empoleirar nos bancos, e namorar, um esquentando o outro.

As ruas serão de broquetes ao invés de asfalto. Mais fácil de trocar e dá pra água infiltrar no solo.

A rua de cima terá paralelepípedos perfeitos. É um pedaço tão pequeno. Por que não podemos cuidar direito de um pedaço tão pequeno?

A parte histórica será um brinco.

A banda de música vai ter os melhores de todos os tempos. Imaginem que bandão.

Os times de futebol. Que desfile de craques.

E a sirene da cia vai tocar. E vão descer centenas e centenas de operários.

E vão descer também os meninos e meninas com marmitas nas mãos.

E teremos Totone, Teresão, Geralda, Todito, Azeitona, Bastião de Olga, Walter Galhardo, todos participando do carnaval.

E os desfiles de 7 de setembro, procissões da semana santa, os dançantes do congado em outubro.

E teremos o bloco dos professores, mestres desde sempre. Da saúde, com médicos da antiga e do presente, enfermeiros, parteiras, benzedeiras e benzedores.

E vamos abrir o cemitério da boa viagem. Nossos parentes e amigos não se foram. Nunca se vão. Vamos abraçá-los. Quero ouvir Babucho tocando seu cavaquim, Tutuia cantando, Antonio Morais, abraçar Tuola, Zé de Chico, minha mãe, meu avô e vô, meus tios.

E vamos voltar a voar. O avião de Puig sobrevoando a cidade e o campo de aviação cheio de aviões, balões e drones.

E sobrevoaremos o trem, que já foi sonhado um dia e nunca chegou, mas ele vai apitar ali perto do pinga-rato e vai parar pra pegar e deixar passageiros. 

Não, não quero falar do passado.

O futuro pode e deve ser melhor ainda.

Dentro de certo tempo, não sei quanto tempo será, mas tem chegar, teremos asfaltamento

entre Alvinópolis e Catas Altas. Vcs fazem ideia do que isso vai representar?

Podiam aproveitar e asfaltar os 5 kms do Major.

Dizem que sonhar é fácil e por sonharmos, muitas vezes somos chamados de loucos

...mas nós não somos loucos nada, é que sabemos sonhar.


OBS - Linda foto de NORBERTO DIAS.

                                        

2 comentários:

Anônimo disse...

Sonhamos sim, mesmo sob a batuta dos incompetentes que apenas dormem, sequer acordam! Mesmo sob a batuta que nos tornam nostalgicos quando deveriam nos mostrar um futuro pra esta cidade!

Anônimo disse...

Quanta lindeza, nostalgia e saudade sentimos da nossa alvinopolis ainda criança, bucólica e provinciana, não Marcos José? Beijos de sua professora. Nem preciso colocar meu nome. Você sabe, oh se sabe...(rsrsrs)