terça-feira, 29 de novembro de 2011

O CORAÇÃO COMO BÚSSOLA

Coração não é bússola confiável. Costuma errar. Mas fazer o que? Não sei me nortear por outro meio. Prefiro o coração ao GPS. Sou sim um ser errante nesse mundo, mas não sigo outras vontades. Nem adianta me dizer o que é certo ou errado. No fundo a gente intui. E a cada dia vou percebendo também que não adianta querer mudar os outros. Cada um é responsável pelos próprios êxitos e tombos. Então, se eu cair será por decisão minha. Serei totalmente responsável pelo meu destino. Certo e o errado mudam à partir dos pontos de vista, mas há algo central, uma consciência que nos diz se nossos atos são pelo correto, pelo justo. Se contrariamos a maioria, que seja. Nem sempre as maiorias estão certas. Os nazistas não estavam certos sendo maioria. Os Romanos não estavam certos ao jogar os cristãos para os leões. Os que se destacam neste mundo tem a atitude de ocupar exatamente os espaços não ocupados pela maioria. Se me desaprovam, nem assim devo retroceder, caso tenha convicção e firmeza para enfrentar as consequências do não alinhamento. Sei que pode custar caro. Mas como diz a música do Sinatra, "My Way", pode ser que meu caminho não seja o melhor, mas é o caminho que escolhi para trilhar. Se me atolar, será por minha conta e risco.  Me recuso a ter o ódio como propulsor. Prefiro o amor e o respeito, mesmo que isso me torne a pessoa mais ingênua do mundo. Embora seja necessária a política para viver, fico cada vez mais enojado com a prática da política partidária, matriz de ódios entre amigos, onde quase só proliferam ervas daninhas. Se não dá pra viver à revelia, se não devo ser omisso, analfabeto político, também não me  tornarei refém nem cúmplice de uma praxis com a qual não afino.  E la nave va...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ALVINÓPOLIS É CULTURA ( TEXTO DO ALVINEWS)





No Festival da Música deste ano recebi um bilhetinho emblemático dizendo o seguinte: Alvinópolis não faz cultura. Alvinópolis é cultura.

Na hora, embora tenha ficado impactado pela frase, não raciocinei tanto em cima. Apenas achei interessante. Só depois fiquei refletindo mais no seu significado e agora a compreendo em sua complexidade. Alvinópolis na verdade, tem um povo que ama a cultura. Isso ficou claro pra mim no Festival. Quem faz cultura só obtém resultados quando existe um público que interage, que faz com que a energia que vem da arte vibre, flua, vire energia cultural.

Este ano no festival foi isso que aconteceu. O público vibrou junto, participou, foi feliz, risonho, deu um baita orgulho da cidade. Quem veio de fora, vai levar uma lembrança muito bacana, pois a energia dentro do Nicks foi muito positiva. Aliás, muito bom saber que o Nicks está voltando aos bons tempos.

Mas voltando ao Festival de Música, a platéia foi generosa com os músicos, os artistas foram generosos com a platéia, numa relação de cumplicidade como há muito não se via. Precisamos até pensar isso melhor. De nada adianta construirmos palcos enormes no meio da praça, tão altos que os artistas ficam a muitos metros de distancia do público. Isso quando tem público, pois o mesmo fica disperso.

Voltando à frase do título, ela é mais profunda do que se possa imaginar. Existem muitos outros dados que nos dão a certeza de que seu enunciado procede. Quando vemos movimentos como o Congado de Nossa Senhora do Rosário, como as bandas de música, como o próprio festival de música, concluímos que o que move tudo é o amor. O congado é movido pelo amor e pela fé. Mas todos só persistem pelo amor incondicional de seus agentes pela cultura. Aliás, dia desses um amigo fez um comentário elogioso sobre meu trabalho, segundo ele solitário pelo festival de música. Meu trabalho não tem nada de solitário. Não fosse o Alessandro e o Ronilson Bada, nada teria acontecido. São dois gigantes que merecem nosso respeito e nossa gratidão.  


Aliás, voltando à frase, devo dizer que tem muita gente que faz cultura também. Tem hoje a BioExtratus, que faz um trabalho maravilhoso em sua orquestra de flautas, tem a Marina e Clara, que tornaram real a nossa Festa da Chita, tem a turma da recém formada República Literária Sr. Jaime Barcelos, tem o pessoal do Congado, tem as bandas de música, tem as várias bandas de rock, mpb e sertanejo formadas,tem o meu irmão Roger, formando gerações e gerações de novos músicos, temos excelentes fotógrafos que tem registrado nossa cidade como nunca, sejam profissionais ou amadores, tem o site Alvinews, depositário de nossas memórias e agora tem o alvinews no facebook, que como se diz popularmente, está bombando. 

Nos faltam iniciativas no teatro e nas artes plásticas, mas uma coisa é certa: temos uma gente que gosta de cultura. Basta que ela seja disponibilizada da maneira correta que o povo a absorve com muita alegria. Por isso, nós que somos da cultura, precisamos nos unir mais, pois nossas causas são comuns. Ninguém precisa calar o ego, mas divergir sem brigar, buscar a convergência pois no fundo, todos queremos as mesmas coisas. Pode até parecer ingênua a proposta, mas vamos tentar não deixar que as questões partidárias eleitorais se sobreponham às nossas aspirações culturais, afinal, como diz o ditado : a arte é longa e a vida breve.
Os políticos passam, mas a cultura é perene.
E viva Alvinópolis! 

domingo, 13 de novembro de 2011

RESENHA SOBRE O FESTIVAL 2011


Sexta-feira - Noite do Rock

O Festival começou as 10:15 na sexta-feira. O Público foi muito bom, bem acima das expectativas. Se me perguntarem o que foi marcante na noite de sexta eu direi sem pensar: o Rock da galera. Foi uma noite de tirar o fôlego em que as bandas locais deram o tom, tocando com muita propriedade e levando o público ao delírio. As bandas locais fizeram apresentações muito legais mesmo. É obvio que as apresentações dos concorrentes também foram sensacionais. Prova disso é que, o primeiro e segundo lugares saíram entre as que tocaram na sexta. Foi muito interessante o número de bandas femininas de rock no pedaço. Nem por isso os marmanjos deixaram a desejar. Tá dando gosto a qualidade da galera. Ah...e as famílias marcaram presença. 

Sábado - noite da mpb, mágica e um clima pra lá de lúdico.

Mais ou menos por volta das 8 da noite, começou a soprar um vento de chuva. E eis que as aguas rolaram mesmo. O circo já estava armado, telão já passava os filminhos e tal. Parecia que seria um pancadão, mas a chuva perdurou. O telão teve de ser desmontando. Com isso, o interior do Nicks ficou hiperlotado. Fiquei até com medo de congestionar demais. Quando começaram as apresentações das músicas, eu estava espremido no balcão atrás do juri. Mas a chuva parou e tudo voltou |à normalidade. As músicas fluiam bem e o som funcionou bem melhor que na noite anterior. Um detalhe interessante que fez a diferença na noite foi a presença de um moço que vem frequentando o festival faz alguns anos: o mágico LEOPOLDO. O moço levou uma parafernária de objetos malucos, óculos, anteninhas coloridades, bombinhas track e velas especiaomente trabalhadas para ocasião, um mimo só, com poesias e bandeiras de Alvinópolis, Minas Gerais e Brasil. Um sujeito inacreditável que já entrou pra história do nosso festival.

PRÊMIOS SURPRESA

O prêmio oferecido pelo patrocinador misterioso foi outro capítulo à parte. Foram 200,00 oferecidos para sortear entre os presentes. Eu até combinei de revelar o nome desse patrocinador, mas acabou que houve alguns contra-tempos. Mas vou revelar agora: o nome do Patrocinador misterioso é OLÁVIO CICARRINI, que foi gerente do Banco do Brasil em Alvinópolis. O Jovelino, dono da empresa Meioambiência, também patrocinou cr$ 200,00, para serem ofertados  ao artista mais novos e o mais experiente do festival. 

COMENTÁRIO SOBRE OS PREMIADOS

Nico - Foi contemplado com o prêmio de melhor interpretação.  Em minha opinião, Nico compôs dois dos arranjos mais originais do Festival. Gostei muito da poesia de Borbolinda e principalmente do violão sincopado e com harmonia maravilhosa. O danado, com seu chapeu de coco e seu jeito diferente, conquistou a platéia e fez a alegria do público. No outro dia pela manhã segui para Belo Horizonte e quem é a pessoa que entra no ônibus? Ele, o grande Nico. Conversamos bastante e ele me contou que na realidade é Italiano, que morou na Argentina, mas que gosta mesmo é do Brasil.

Thulio Silveira - Alvinopolense que já foi elevado ao rol dos grandes músicos festivaleiros. Onde vai tem sido agraciado com prêmios. Dinâmica vocal perfeita na interpretação competente do grupo e letra muito boa, prova disso que ganhou o prêmio de melhor letra.

Fábio Loyola - Fábio adotou Alvinópolis e tem vindo à nossa cidade há pelo menos 4 festivais. Melodista de mão cheia, cativou o público com a sua "saudades". O terceiro lugar fez justiça a um excelente compositor que tem uma relação muito bacana com a cidade.

Walter Dias - Eu já conhecia a música MANIFESTO H20, campeã em João Monlevade, letra lindíssima com uma mensagem pertinente, moderna, uma das melhores letras que ja vi em festivais. 

Marcos Catarina - Já conhecia o trabalho do Marcos do Festiaço em João Monlevade. Mas naquela ocasião ele não tão feliz em sua apresentação. No caso de Alvinópolis, levou um pianista fenomenal e interpretou muito bem também, utilizando todo um arsenal de gestos e olhares. Aplaudidíssimo e merecido o prêmio. Ele não gosta que falem, mas é irmão do grande Vander Lee e da cantora Ivana Catarina, que também já faturou prêmio em Alvinópolis. Tem pedrigree o garoto.

A GALERA DO ROCK

Há alguns anos atrás, por percebermos o número de bandas de rock da cidade, instituímos dois prêmios especiais para o POP ROCK. Para este ano, não tivemos como, mas no próximo, retornaremos com premiações especiais para a categoria. Povinho rockeiro o nosso, graças a Deus.

DESTAQUES DE VÁRIAS CIDADES

ITABIRA

De Itabira vieram Saulo Campos e Luis Bira. Saulo, com uma letra maravilhosa, a Relíquia Americana,  e Luis com a velha categoria e músicas muito inspiradas, uma delas do grande Nilton Baiandeira, que já venceu festival em Alvinópolis na década de 80. Assim como outras, mereciam até ser premiadas, tamanha a qualidade, mas infelizmente não temos como premiar todo mundo. 

JOÃO MONLEVADE

De João Monlevade, tivemos o prazer de receber Bruno Leal e os Beatos,  banda formada pela baixista Maria Cecília ( de apenas 14 anos), de André Freitas ( Com 16 anos) e de uma cantora ( me desculpem mas não anotei o nome). Se tivesse prêmio de melhor instrumentista, André levaria fácil. Debulhou a bateria. A música da banda também foi muito bem interpretada, ganhando a galera. Foi uma das músicas mais bem votadas. Não ganhou prêmio por muito pouco.

DE PONTE NOVA

Tivemos a honra de receber a turma da terra de João Bosco e Tunai. Ponte Nova andava meio ausente dos festivais alvinopolenses. A turma da Cibelli Ferraz mandou bem e também foi bem pontuada. Uma letra interessante e interpretação segura. 

DE BH

Não vou me repetir falando dos caras que ganharam. Aliás, BH levou todos os prêmios. A capitar ganhou do interior. Mas teve mais gente boa. Que eu me lembre, foi a primeira vez que o festival teve a honra de receber Abner do Nascimento, uma figura presente em muitos festivais. Mas tivemos ainda a Banda Grave Tom, com apresentação muito boa. Tivemos também o grupo AMORA de PÉ. A música azul é muito interessante. Talvez a apresentação é que tenha sido um pouco tímida. Tivemos a interessantíssima Mundo Prozóico Lunar, tivemos a honra de receber também o cantor e compositor Taquinho de Minas, que veio contar a sua História de Negro.

Do Rio de Janeiro 

Tivemos Márcia Terra, com a sua música "Sonhador" e o Italiano, carioca, argentino NICO, com suas letras de palavras inventadas ( Borbolinda) e arranjos de violão primorosos. 

De Alvinópolis

Confirmações da qualidade, da evolução dos trabalhos. Thiago Santos foi de romantismo sertanejo, com Musa dos Meus sonhos. A banda Harefeyto estroou muito bem, mostrando firmeza e qualidade instrumental. A banda Últimas da Hora, também mostrou que o Rock feminino está em alta na cidade. Destaque para os riffs de guitarra. Gordo e os Alones levaram a galera ao Nirvana, com seu rock muito bem executado. Os carinhas tão tocando demais. Amanda, Maycon e Tiago também apresentaram muito bem a música Chuva, uma boa letra, mostrando que o pessoal está compondo bem mesmo. A banda Ponto Morto reapresentou a música classificada no Pré-festival. Apresentação correta. Túlio Silveira e turma confirmaram a qualidade, a dinâmica vocal, a boa mão pras letras. Juninho Alvarenga tocou sua música Mentes que não mentem, também classificada no Pré. Aliás, a apresentação no pré foi melhor. 

FESTIVAL NO NICKS

Vendo pelo lado positivo, tivemos um clima aconchegante, o público prestou atenção, interagiu e isso foi muito bom. Por outro lado, teve horas em que o público estava conversando alto e até gritando durante as apresentações. O som do alarido se sobrepondo ao som dos músicos não é positivo. Porém o saldo é. Então, tudo certo. Para o ano que vem podemos e devemos sim ver a possibilidade de fazer o festival na praça, mas com estratégias para gerar interatividade e um clima aconchegante e de proximidade com os artistas.

ORÇAMENTO BAIXO, CRIATIVIDADE ALTA

Se neste ano faltou dinheiro, sobrou criatividade. Não me lembro de um festival com tanta inventação de moda, como diriam os avós. Teve sorteios de dinheiro para o público, mágica, velas temáticas, fantasias, acessórios coloridos e muita improvisação. Tudo nessa vida tem suas entre-safras e penso que atravessamos a crise com ganhos. Fizemos o que classicamente se chama de transformar limões em limonada.

BIO EXTRATUS

A empresa de cosméticos foi a grande patrocinadora do Festival 2011. Primeiro, bancou sozinha o Pré-Festival e agora, colaborou de forma fundamental para que o 31º pudesse acontecer. Muito obrigado a todo o pessoal da BioExtratus que recebeu o Festival muito bem, em especia a Vera, à Silvana, ao pessoal da portaria, a turma de artistas, Junei, Maycon, Natália e Túlio,  a todos pela cortesia. Sobre o Alessandro, esse merece um capítulo à parte.

PREFEITURA

Embora o prefeito Galo Indio em princípio tenha me informado que estava difícil da prefeitura colaborar este ano, na nora H me ligou disponibilizando um valor que nos permitiria completar o orçamento e realizá-lo. Portanto é importante deixar claro que a prefeitura foi fundamental para que o Festival 2011 acontecesse. Além do Prefeito Galo Indio, quero agradecer a turma da prefeitura, que também nos deu todo o suporte. A Rose, à Tania, à Gorete, ao Ítalo da tesouraria, um cara também super solícito que procura facilitar tudo, ao Bicoquinho, ao Waltinho, enfim, a todos.

De Alvinópolis

De Alvinópolis tivemos a Maestrina Natália, que também é uma excelente música. Tive oportunidade de vê-la ensaiando e a menina realmente tem o dom. Luluth é um grande músico Alvinopolense, também vencedor em outros festivais. De Jovelino eu falo adiante. Lutécia é uma fortaleza cultural de João Monlevade, poetiza, fotógrafa(acaba de tirar o primeiro lugar no concurso fotográfico promovido pela Fundação Casa de Cultura de João Monlevade) e meu companheiro Gladevon, é o atual diretor da Fundação Casa de Cultura. Eu sou presidente lá, mas ele é o diretor executivo. Tenho grande facilidade em trabalhar com Devon, pois trata-se de um excelente executivo, de grande visão e excelente relacionamento no meio musical.  Ele já trabalhou na Rádio Alternativa juntamente com Weber e Joãozinho. Valeu meus amigos.

COMPANHEIROS DE JORNADA

Alessandro é um dinamo para trabalhar, um cara que checa tudo, que discorda sem brigar, que tem sido uma fortaleza para que o festival aconteça. Sem ele, tenho certeza que o Festival deste ano não aconteceria. Em certos momentos, eu começava a desanimar e o Alessandro botava pilha nova. Outro companheiro é o Ronilson Bada. Bada é um ativista cultural dos mais resistentes e tem feito um bom trabalho de memorialismo em vídeo. Parceirão. Se Deus quiser, vamos fazer muitas coisas juntos ainda. Jovelino Carvalho é sem comentários. Um rocha bruta em defesa do festival. As vezes temos uns atritos, mas atrito de amigo sai faisca mas não queima. 

RESULTADO DO FESTIVAL DE ALVINÓPOLIS

Pessoal, prometo fazer uma resenha mais detalhada, pois há muito a se dizer desse festival, que para mim, foi um dos melhores dos últimos anos. Mas vamos aos resultados. Dois prêmios especiais foram oferecidos pela empresa Meioambiência, para o artistas mais novo e para o mais experiente do Festival. O Artista mais novo foi o Artur,da banda Harefeyto de Alvinópolis e o mais experiente foi Abner do Nascimento. A melhor letra foi de Thulio Silveira, de Alvinópolis, pela música Poeta do Interior. Melhor Intérprete foi o cantor e compositor Nico, do Rio de Janeiro. 3º Lugar ficou com Fábio Loyola, de Belo Horizonte com a música Saudades; Em segundo lugar, Manifesto H20, de Walter Dias, Belo Horizonte e finalmente o primeiríssimo lugar ficou com o compositor Marcos Catarina, também de Belo Horizonte com a música Voz da Atriz. Como sempre acontece nos festivais de Alvinópolis, muita gente boa ficou de fora da premiação, mas não foram menos brilhantes por isso. As diferenças de notas foram pequenas, pois a qualidade foi realmente alta. Espero que principalmente a juventude rockeira de Alvinópolis não se frustre, que continue em sua linha de evolução, pois foi realmente admirável a energia e a qualidade da turma. Merece que façamos um evento exclusivamente de rock em janeiro e já estamos programando isso. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PREMIAÇÃO INUSITADA EM ALVINÓPOLIS


Eu pelo menos nunca vi isso em nenhum outro Festival. Recebi um telefonema de um fã do festival e de tudo que envolva cultura. Ele me falou o seguinte: Olha, Marcos. Eu não poderei ir ao Festival, mas quero colaborar. Quero patrocinar com 200,00, mas que esse prêmio seja oferecido para o público. Perguntei: - Mas como assim? Ele falou: que sejam sorteados 100 reais na sexta e 100 no sábado para a galera. Lembrei daquele quadro do Silvio Santos : Quem quer dinheiro? Mas tudo bem. Pode-se até cunhar um slogan mais positivo: no festival de Alvinópolis nem só os participantes ganham prêmios. O público também ganha. Acho que será bacana. Vamos preparar alguns cupons pra distribuir pra galera e aproveitar para pegar os emails de todo mundo. Cemzinho ajuda a pagar as contas do festival inteiro, né não? 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A ENTREVISTA COMPLETA SOBRE O FESTIVAL - NO JORNAL HORA CERTA

PARA QUE A VERDADE SE FAÇA POR INTEIRO, IMPORTANTE QUE VEJAM  A ENTREVISTA QUE CONCEDI AO JORNAL "HORA CERTA" INTEIRINHA. O TÍTULO NÃO FOI EXPRESSÃO MINHA, MAS DA EDITORIA DO JORNAL. COMO DISSE A MINHA IRMÃ MIRELLA, FUI INGÊNUO AO CONCEDER  ENTREVISTA PARA UM JORNAL QUE É ABERTAMENTE DE OPOSIÇÃO. NA MINHA VONTADE DE DIVULGAR O FESTIVAL, DE ATRAIR PARTICIPANTES DAS CIDADES ATINGIDAS PELO JORNAL, CONCEDI A ENTREVISTA E NÃO ACHEI QUE SEU PROPRIETÁRIO FOSSE DIRECIONAR A ENTREVISTA PARA INDISPOR O PREFEITO GALO ÍNDIO COM O FESTIVAL E COMIGO. ALIÁS, O PREFEITO FOI CORRETO, SINCERO, AUSTERO E NO FINAL, A CONTRIBUIÇÃO QUE A PREFEITURA ESTÁ DISPONIBILIZANDO SERÁ FUNDAMENTAL PARA A REALIZAÇÃO DO FESTIVAL. 


Porque o Festival deste ano não aconteceu em julho, como é feito tradicionalmente?

Para que os festivais aconteçam, tem de haver suporte financeiro, patrocínios suficientes para realizá-lo. Não é segredo para ninguém que o evento depende muito do valor disponibilizado pela prefeitura. No mês de junho o prefeito me telefonou, dizendo que estava muito apertado na ocasião e acordamos assim de deixarmos para fazer o festival em outubro.

Mas em outubro foi adiado mais uma vez.

Pois é. Mas foi porque não conseguimos reunir patrocínios suficientes para pagar o evento. Não podemos ser irresponsáveis também de fazer o evento sem lastro e depois ficar devendo, quebrando a credibilidade do nosso Festival. Foram 30 anos construindo um evento que nunca ficou devendo ninguém e olha que já fomos testemunhas de situações em que recebemos prêmios de festivais em outras cidades com cheque sem fundo e jamais conseguimos receber. Adiamos para novembro, mas finalmente conseguimos reunir parceiros suficientes para realizar o evento.

Mas o Festival deste ano será menor em termos de premiações e estrutura

Sim, mas esperamos, sem grandes prejuízos para a qualidade, pois temos excelentes compositores e músicos na região. Penso que o segredo dessa longevidade, desses 30 anos fazendo festivais, é que a cultura local aprendeu a se adaptar as verbas disponibilizadas pela sociedade. Para este ano, diminuímos sim a estrutura. A premiação será menor, mas por outro lado fizemos o pré-festival, que foi totalmento voltado para a cidade e revelou gente nova, além de confirmar a qualidade dos artistas conhecidos dos festivais passados. 

Mas o Nicks não seria muito pequeno para um Festival que já foi feito até no Parque de Exposições?

Olha, devemos entender o contexto de cada época. O pré-festival que fizemos no Nicks foi um laboratório interessante. Quem gosta mesmo de festival fica confortavelmente instalado assistindo. Quando a gente faz na praça por exemplo, o público fica disperso. Além do mais, estamos estudando a possibilidade de colocar um telão do lado de fora, assim quem estiver lá fora, também pode assistir o que acontece no palco. Não tem problema algum. Acho que pode ficar interessante. Quem gosta de festival mesmo, assiste de dentro do Nicks. Já a turma que tá mais afim mesmo é de zoar, de paquerar, fica na praça.

Mas vocês reclamam de dificuldade de viabilizar financeiramente, mas quando a gente olha o cartaz, vê quem tem muitos patrocinadores.

Ainda bem, né. Pois é. Mas nos festivais passados, a Prefeitura entrava com quase 90% do custo. Desta vez o custo foi diluído, o orçamento foi radicamente adaptado para que não deixássemos que a cultura perdesse mais um espaço.

Mas a prefeitura, que históricamente participa, ficou de fora?

Não. O Prefeito havia me telefonado realmente há alguns meses, manifestando a sua preocupação com as finanças da prefeitura e dizendo que estava cortando em tudo e provavelmente não poderia colaborar. Mas há alguns dias me ligou de novo, dizendo que não teria condições de entrar com muito, mas pelo menos com um valor para ajudar a manter a chama da cultura. E acabou que foi importante sim, pois foi o que nos ajudou a completar o que faltava para cobrir com os custos.

Mas entraram outros patrocinadores importantes este ano, não é?

Com certeza. Por exemplo, a Bioextratus Cosméticos Naturais que já havia patrocinado com exclusividade o pré-festival, também é patrocinadora majoritária do Festival da Canção deste ano, afinal já patrocinou sozinha o Pré-festival e volta a nos apoiar no 31ºFestival. Mas tem muita gente boa conosco, com os Laboratórios Hemolab, Temperos Dona Zita, Associação Comercial e Industrial de Alvinópolis, Cooperativa dos Produtores Rurais, Loja dos Retalhos, Infotech, Pontenet, Djan Lanches, Radio Alvimonte FM, Alvinews, Circuito Academia, Nicks Drinks, Supermercado Sealar, Casa de Carnes Irmãos Figueiredo, Papelaria Xodó, Transportadora Alvinópolis e Josias Propaganda Volante. No cartaz colocamos também o Povo de Alvinópolis, que sempre abraça oFestival.

E haverá shows?

Sim. Os shows são importantes para dar uma quebrada. Mas o Festival vai privilegiar os artistas locais.

Qual a expectativa com relação às inscrições?

Essa é a coisa mais imprevisível do mundo. Nunca temos noção de quantas inscrições conseguiremos. Pelos talentos que temos na região, esperamos que tenhamos o bastante. 

E quais os endereços e contatos para informações?

Só entrar no www.festivalalvinopolis.com.br. Tem tudo lá...

Alguma mensagem para os artistas?

Sim. Quero aproveitar primeiro para agradecer ao jornal Hora Certa pela oportunidade de falar pe convocar os artistas da região. Não sei que dia sai o jornal, pode ser que depois de encerradas as inscrições. Se sair antes, convidar o pessoal para se inscrever, pois o clima é muito legal e a cidade sabe receber bem. Se sair depois, convidar a todos para estarem presentes pra prestigiar um dos eventos mais tradicionais da região.