domingo, 13 de novembro de 2011

RESENHA SOBRE O FESTIVAL 2011


Sexta-feira - Noite do Rock

O Festival começou as 10:15 na sexta-feira. O Público foi muito bom, bem acima das expectativas. Se me perguntarem o que foi marcante na noite de sexta eu direi sem pensar: o Rock da galera. Foi uma noite de tirar o fôlego em que as bandas locais deram o tom, tocando com muita propriedade e levando o público ao delírio. As bandas locais fizeram apresentações muito legais mesmo. É obvio que as apresentações dos concorrentes também foram sensacionais. Prova disso é que, o primeiro e segundo lugares saíram entre as que tocaram na sexta. Foi muito interessante o número de bandas femininas de rock no pedaço. Nem por isso os marmanjos deixaram a desejar. Tá dando gosto a qualidade da galera. Ah...e as famílias marcaram presença. 

Sábado - noite da mpb, mágica e um clima pra lá de lúdico.

Mais ou menos por volta das 8 da noite, começou a soprar um vento de chuva. E eis que as aguas rolaram mesmo. O circo já estava armado, telão já passava os filminhos e tal. Parecia que seria um pancadão, mas a chuva perdurou. O telão teve de ser desmontando. Com isso, o interior do Nicks ficou hiperlotado. Fiquei até com medo de congestionar demais. Quando começaram as apresentações das músicas, eu estava espremido no balcão atrás do juri. Mas a chuva parou e tudo voltou |à normalidade. As músicas fluiam bem e o som funcionou bem melhor que na noite anterior. Um detalhe interessante que fez a diferença na noite foi a presença de um moço que vem frequentando o festival faz alguns anos: o mágico LEOPOLDO. O moço levou uma parafernária de objetos malucos, óculos, anteninhas coloridades, bombinhas track e velas especiaomente trabalhadas para ocasião, um mimo só, com poesias e bandeiras de Alvinópolis, Minas Gerais e Brasil. Um sujeito inacreditável que já entrou pra história do nosso festival.

PRÊMIOS SURPRESA

O prêmio oferecido pelo patrocinador misterioso foi outro capítulo à parte. Foram 200,00 oferecidos para sortear entre os presentes. Eu até combinei de revelar o nome desse patrocinador, mas acabou que houve alguns contra-tempos. Mas vou revelar agora: o nome do Patrocinador misterioso é OLÁVIO CICARRINI, que foi gerente do Banco do Brasil em Alvinópolis. O Jovelino, dono da empresa Meioambiência, também patrocinou cr$ 200,00, para serem ofertados  ao artista mais novos e o mais experiente do festival. 

COMENTÁRIO SOBRE OS PREMIADOS

Nico - Foi contemplado com o prêmio de melhor interpretação.  Em minha opinião, Nico compôs dois dos arranjos mais originais do Festival. Gostei muito da poesia de Borbolinda e principalmente do violão sincopado e com harmonia maravilhosa. O danado, com seu chapeu de coco e seu jeito diferente, conquistou a platéia e fez a alegria do público. No outro dia pela manhã segui para Belo Horizonte e quem é a pessoa que entra no ônibus? Ele, o grande Nico. Conversamos bastante e ele me contou que na realidade é Italiano, que morou na Argentina, mas que gosta mesmo é do Brasil.

Thulio Silveira - Alvinopolense que já foi elevado ao rol dos grandes músicos festivaleiros. Onde vai tem sido agraciado com prêmios. Dinâmica vocal perfeita na interpretação competente do grupo e letra muito boa, prova disso que ganhou o prêmio de melhor letra.

Fábio Loyola - Fábio adotou Alvinópolis e tem vindo à nossa cidade há pelo menos 4 festivais. Melodista de mão cheia, cativou o público com a sua "saudades". O terceiro lugar fez justiça a um excelente compositor que tem uma relação muito bacana com a cidade.

Walter Dias - Eu já conhecia a música MANIFESTO H20, campeã em João Monlevade, letra lindíssima com uma mensagem pertinente, moderna, uma das melhores letras que ja vi em festivais. 

Marcos Catarina - Já conhecia o trabalho do Marcos do Festiaço em João Monlevade. Mas naquela ocasião ele não tão feliz em sua apresentação. No caso de Alvinópolis, levou um pianista fenomenal e interpretou muito bem também, utilizando todo um arsenal de gestos e olhares. Aplaudidíssimo e merecido o prêmio. Ele não gosta que falem, mas é irmão do grande Vander Lee e da cantora Ivana Catarina, que também já faturou prêmio em Alvinópolis. Tem pedrigree o garoto.

A GALERA DO ROCK

Há alguns anos atrás, por percebermos o número de bandas de rock da cidade, instituímos dois prêmios especiais para o POP ROCK. Para este ano, não tivemos como, mas no próximo, retornaremos com premiações especiais para a categoria. Povinho rockeiro o nosso, graças a Deus.

DESTAQUES DE VÁRIAS CIDADES

ITABIRA

De Itabira vieram Saulo Campos e Luis Bira. Saulo, com uma letra maravilhosa, a Relíquia Americana,  e Luis com a velha categoria e músicas muito inspiradas, uma delas do grande Nilton Baiandeira, que já venceu festival em Alvinópolis na década de 80. Assim como outras, mereciam até ser premiadas, tamanha a qualidade, mas infelizmente não temos como premiar todo mundo. 

JOÃO MONLEVADE

De João Monlevade, tivemos o prazer de receber Bruno Leal e os Beatos,  banda formada pela baixista Maria Cecília ( de apenas 14 anos), de André Freitas ( Com 16 anos) e de uma cantora ( me desculpem mas não anotei o nome). Se tivesse prêmio de melhor instrumentista, André levaria fácil. Debulhou a bateria. A música da banda também foi muito bem interpretada, ganhando a galera. Foi uma das músicas mais bem votadas. Não ganhou prêmio por muito pouco.

DE PONTE NOVA

Tivemos a honra de receber a turma da terra de João Bosco e Tunai. Ponte Nova andava meio ausente dos festivais alvinopolenses. A turma da Cibelli Ferraz mandou bem e também foi bem pontuada. Uma letra interessante e interpretação segura. 

DE BH

Não vou me repetir falando dos caras que ganharam. Aliás, BH levou todos os prêmios. A capitar ganhou do interior. Mas teve mais gente boa. Que eu me lembre, foi a primeira vez que o festival teve a honra de receber Abner do Nascimento, uma figura presente em muitos festivais. Mas tivemos ainda a Banda Grave Tom, com apresentação muito boa. Tivemos também o grupo AMORA de PÉ. A música azul é muito interessante. Talvez a apresentação é que tenha sido um pouco tímida. Tivemos a interessantíssima Mundo Prozóico Lunar, tivemos a honra de receber também o cantor e compositor Taquinho de Minas, que veio contar a sua História de Negro.

Do Rio de Janeiro 

Tivemos Márcia Terra, com a sua música "Sonhador" e o Italiano, carioca, argentino NICO, com suas letras de palavras inventadas ( Borbolinda) e arranjos de violão primorosos. 

De Alvinópolis

Confirmações da qualidade, da evolução dos trabalhos. Thiago Santos foi de romantismo sertanejo, com Musa dos Meus sonhos. A banda Harefeyto estroou muito bem, mostrando firmeza e qualidade instrumental. A banda Últimas da Hora, também mostrou que o Rock feminino está em alta na cidade. Destaque para os riffs de guitarra. Gordo e os Alones levaram a galera ao Nirvana, com seu rock muito bem executado. Os carinhas tão tocando demais. Amanda, Maycon e Tiago também apresentaram muito bem a música Chuva, uma boa letra, mostrando que o pessoal está compondo bem mesmo. A banda Ponto Morto reapresentou a música classificada no Pré-festival. Apresentação correta. Túlio Silveira e turma confirmaram a qualidade, a dinâmica vocal, a boa mão pras letras. Juninho Alvarenga tocou sua música Mentes que não mentem, também classificada no Pré. Aliás, a apresentação no pré foi melhor. 

FESTIVAL NO NICKS

Vendo pelo lado positivo, tivemos um clima aconchegante, o público prestou atenção, interagiu e isso foi muito bom. Por outro lado, teve horas em que o público estava conversando alto e até gritando durante as apresentações. O som do alarido se sobrepondo ao som dos músicos não é positivo. Porém o saldo é. Então, tudo certo. Para o ano que vem podemos e devemos sim ver a possibilidade de fazer o festival na praça, mas com estratégias para gerar interatividade e um clima aconchegante e de proximidade com os artistas.

ORÇAMENTO BAIXO, CRIATIVIDADE ALTA

Se neste ano faltou dinheiro, sobrou criatividade. Não me lembro de um festival com tanta inventação de moda, como diriam os avós. Teve sorteios de dinheiro para o público, mágica, velas temáticas, fantasias, acessórios coloridos e muita improvisação. Tudo nessa vida tem suas entre-safras e penso que atravessamos a crise com ganhos. Fizemos o que classicamente se chama de transformar limões em limonada.

BIO EXTRATUS

A empresa de cosméticos foi a grande patrocinadora do Festival 2011. Primeiro, bancou sozinha o Pré-Festival e agora, colaborou de forma fundamental para que o 31º pudesse acontecer. Muito obrigado a todo o pessoal da BioExtratus que recebeu o Festival muito bem, em especia a Vera, à Silvana, ao pessoal da portaria, a turma de artistas, Junei, Maycon, Natália e Túlio,  a todos pela cortesia. Sobre o Alessandro, esse merece um capítulo à parte.

PREFEITURA

Embora o prefeito Galo Indio em princípio tenha me informado que estava difícil da prefeitura colaborar este ano, na nora H me ligou disponibilizando um valor que nos permitiria completar o orçamento e realizá-lo. Portanto é importante deixar claro que a prefeitura foi fundamental para que o Festival 2011 acontecesse. Além do Prefeito Galo Indio, quero agradecer a turma da prefeitura, que também nos deu todo o suporte. A Rose, à Tania, à Gorete, ao Ítalo da tesouraria, um cara também super solícito que procura facilitar tudo, ao Bicoquinho, ao Waltinho, enfim, a todos.

De Alvinópolis

De Alvinópolis tivemos a Maestrina Natália, que também é uma excelente música. Tive oportunidade de vê-la ensaiando e a menina realmente tem o dom. Luluth é um grande músico Alvinopolense, também vencedor em outros festivais. De Jovelino eu falo adiante. Lutécia é uma fortaleza cultural de João Monlevade, poetiza, fotógrafa(acaba de tirar o primeiro lugar no concurso fotográfico promovido pela Fundação Casa de Cultura de João Monlevade) e meu companheiro Gladevon, é o atual diretor da Fundação Casa de Cultura. Eu sou presidente lá, mas ele é o diretor executivo. Tenho grande facilidade em trabalhar com Devon, pois trata-se de um excelente executivo, de grande visão e excelente relacionamento no meio musical.  Ele já trabalhou na Rádio Alternativa juntamente com Weber e Joãozinho. Valeu meus amigos.

COMPANHEIROS DE JORNADA

Alessandro é um dinamo para trabalhar, um cara que checa tudo, que discorda sem brigar, que tem sido uma fortaleza para que o festival aconteça. Sem ele, tenho certeza que o Festival deste ano não aconteceria. Em certos momentos, eu começava a desanimar e o Alessandro botava pilha nova. Outro companheiro é o Ronilson Bada. Bada é um ativista cultural dos mais resistentes e tem feito um bom trabalho de memorialismo em vídeo. Parceirão. Se Deus quiser, vamos fazer muitas coisas juntos ainda. Jovelino Carvalho é sem comentários. Um rocha bruta em defesa do festival. As vezes temos uns atritos, mas atrito de amigo sai faisca mas não queima. 

8 comentários:

Junei disse...

Parabéns a todos participantes, envolvidos e a toda organização do 31 FESTIVAL DA CANÇÃO, que passaram por cima de todas as dificuldades e fizeram uma excelente trabalho. O clima estava muito bom.

anamineira disse...

Marcos, Fiquei em falta com o Festival, com voce e principalmente, comigo. Não consegui descer e curtir o festival como planejei. Várias vezes fui até a varanda pra sentir o clima e criar coragem pra entrar no Nick´s mas bateu uma emoção muito forte e saudades também do meu querido mano (azedo-doce). Como ele amava o festival...
É isso aí, a tristeza de não encontra-lo no Nick´s trabalhando feliz como nos velhos tempos me impediu de assistir o festival. me perdoa, abraços

Anônimo disse...

Salve,Salve Alvinópolis!
Depois de me perder pelas estradas de Alvinópolis, auxiliado por um GPS que me fez rodar 50ks a mais.
Fiquei muito feliz em poder chegar a tempo de participar do 31° Festival, que realmente foi uma festa, além poder curtir os documenta´rios exibidos sobre a história do Festival.
Espero voltar nas proximas edições,e, antes que eu me esqueça.Devo dizer que Tenho o maior orgulho em pertencer a uma família de grandes artistas, como Ivania Catarina e Vander lee e meus grandes mestre Zé Delfino Catarina e Efigenia Catarina.

Cibelle Ferraz disse...

Amei ter participado... Estava muito nervosa no início mas na hora de começar a cantar senti uma energia muita boa olhando para as pessoas imaginando que elas esperavam de mim uma perfeita apresentação então fiz uma oração e pensei Eu quero, Eu posso, Eu consigo... Durante a música vi que as pessoas estavam curtindo bastante, inclusive tinha até uma jurada meio que dançando em sua cadeira, pesei acho que posso mais... então me senti mais a vontade e soltei de vez minha voz...Quando terminei de cantar e vi a galera vibrando e gritando meu Nome Cibelle Cibelle Cibelle! Me senti muito bem com uma sensação de missão cumprida... Valeu muita a pena competir e sentir essas emoções tão intensas... Mesmo que não tenha ganhado, Vou levar a experiência para o resto da vida... Obrigada, Abraços Cibelle Ferraz- Ponte nova.

Cibelle Ferraz disse...

Amei ter participado... No começo estava um pouco nervosa... Mas depois que olhei para as pessoas senti uma energia muito boa e imaginei que elas esperavam uma perfeita apresentação, então fiz uma oração e pensei Eu quero, Eu posso, Eu consigo... Então comecei a cantar e vi que a galera estava curtindo bastante, inclusive tinha até uma jurada meio que dançando em sua cadeira... Aí me senti mais a vontade e soltei a voz de vez e quando terminei de cantar e vi que as pessoas estavam vibrando e gritando meu nome Cibelle Cibelle Cibelle! Me senti ótima, com uma sensação de missão cumprida... Mesmo que eu não tenha ganhado foi ótimo ter participado, competido e sentido essas emoções intensas, quero parabenizar a organização do festival e os ganhadores... Muito obrigada, Vou levar essa experiência para o resto da vida... E se Deus quiser ano que vem participarei novamente... Abraços, Cibelle Ferraz

Marcos Martino disse...

Puxa, Cibelle. Também gostamos muito da participação de vocês. Alvinópolis sempre teve uma relação de proximidade com Ponte Nova, que ficou interrompida por alguns anos, mas que vem sendo retomada nos últimos anos. Vocês agradaram muito. O público amou e isso é o que importa. Prova disso foi a própria reação da platéia. No ano que vem, se Deus quiser, estaremos juntos, se Deus quiser.

ana f. disse...

Nós também adoramos participar! Obrigada e parabéns pela organização do festival! Um abraço!
- Amora de Pé -

José Maurício Ferreira disse...

Fico com inveja de vocês! Aqui em Sete Lagoas - MG - fui coordenador de um festival de MPB , chamado de FESTIGUSA, que foi um vexame. Não pela coordenação,´modéstia à parte, mas pelo coordenador geral Denilson, da Vento Produções Artísticas, que não pagou nenhum prêmio, e nem o meu trabalho. O nível das músicas foi o melhor. Façam uma consulta e verão. Abraços - José Maurício - Sete Lagoas - MG