Agora vão me trucidar, mas vou dizer: gosto de Dom Silvério. Não sei se porque fica perto da rua de cima, mas sempre simpatizei muito com a antiga "Saúde". Nunca entendi muito bem porque me diziam quando pequeno, que não gostavam que chamássemos a cidade de Saúde. Já me contaram a razão, mas nem me lembro. À primeira vista, ostentar essa palavra deveria ser motivo de alegria, afinal não há riqueza maior que ter saúde pra viver. Entendo os que acham que a velha rivalidade é um dado cultural interessante, os que se divertem com essa síndrome, da velha necessidade humana de ter um alvo para direcionar o ódio. Essa histórica rixa é que nem a que os brasileiros nutrem com os Argentinos. Se formos pensar bem, temos muito mais razões para mútuas admirações. Vejam o exemplo do jogador Sorín. Que sujeito gente boa, amado pelos cruzeirenses...e desconfio que até pelos atleticanos, que também gostariam de ter um jogador tão raçudo e dedicado em suas fileiras. Mas voltando à Dom Silvério, sempre tive admiração com algumas coisas de lá. Em primeiro lugar, pelas pessoas. Confesso não ter proximidade com as novas gerações, mas lembro-me de Tonys Bill, do Renato Aleixo, do Rogerinho, da Ana esposa do prefeito, da Alessandra esposa do Tião, pessoas que me vieram à cabeça de relance, da melhor qualidade . Do passado, lembro-me muito do Duia, que dava assistência na torre de Televisão de Alvinópolis e que era um dos melhores técnicos em eletrônica da região. A festa de N.S.da Saúde também é marcante. O povo de saúde sabe como fazer uma festa bonita. Já passei muitos quinzes de agosto admirado com os rojões e os fogos de artificio maravilhosos da bela festa. O Clube da cidade também é digno de admiração. Eu não conheço nenhuma cidade de porte pequeno que tenha um clube tão bem cuidado, ponto de encontro e lazer para todas as gerações. Não sei como anda o futebol na cidade. Acho que nesse quesito, o tradicional time do Sport está mais ou menos como Industrial e Alvinopolense em Alvinópolis. Infelizmente, o futebol amador anda meio decadente. Na área das artes plásticas, vejo como muito significativa a presença na cidade das obras do grande artista Amilcar de Castro. Já vi algumas pessoas de Alvinópolis criticando, mas acho que é um pouco de despeito. Amilcar é um artista ímpar, capaz de dobrar os mais duros metais pra transformar em sensíveis obras de arte ( ainda quero visitar o acervo). Nas ultimas vezes que estive na cidade agradou-me o que vi. Limpinha, bem cuidada, as casas bem pintadas, enfim, tudo muito bem arrumado. O único porém que percebi é que a programação cultural da cidade parece muita voltada para o sertanejo. Entendo que a cidade tem predominância agropecuária, mas já pude vivenciar tempos musicais com maior qualidade na época dos festivais e nos tempos do Fred, amigo do Lô Borges, Beto Guedes e de outros. Por outro lado, se for pensar pelo lado político, o povão quer mesmo é shows populares. É a lógica que tem prevalecido pra todo lado. Já me disseram que as razões dessa fase atual, da cidade limpinha e bem organizada, deve-se a uma sequência de bons gestores. Pode ser. Mas tem outros fatores que também facilitam a administração da cidade. As vezes o que parece que vai diminuir, soma. Penso que desmembrar Sem Peixe acabou fazendo com que sobrasse mais dinheiro pra cuidar da sede do município. Acho que os últimos prefeitos também vem fazendo um bom trabalho. Não conheço pessoalmente o atual , mas tive oportunidade de conhecer a primeira dama, com a qual converso com certa regularidade pela internet e que me presenteia com o belo jornal local chamado "O PONTILHÃO", que sempre me envia em PDF pela internet. Como disse no inicio, sei que alguns vão querer me apedrejar, mas gosto muito de Dom Silvério, que fica pertinho da rua de cima.
10 comentários:
Marcos,boa noite,
Também gosto de Dom Silvério,onde tive algumas namoradas, e sempre fui muito bem recebido,pelos Administradores,como a familia Cordeiro,através do sr Amilar,pelo saudoso Renato Teixeira,Quito,vicentão e Joaquinzao,etc.
Mas acho que tanto os admiradores quanto aos Saudenses,deveriam lembrar com honras, o Personagem de Guimarães Rosa,da familia dos Nardy,natural da terra.o boiadeiro Manuelzão.
Pois é Marcos, eu vou mais longe que você, adoro Dom Silvério. O fato de estar perto (rsrs) da rua de Cima, claro que contribuí, mas não é simplesmente só isso. No meu tempo de juventude por aí, era sagrado ir pra Dom Silvério nas noites de sábado e olha que nós pagávamos o táxi só de ida, pois o gostoso era terminar a noite no "Barbante". Minha primeira namorada era de lá e toda semana era aquela novela pra dar o golpe e ela não saber que eu ia lá para a casa da luz vermelha. E era uma farra, no domingo pela manhã, a gente passava no bar do Mário Kalhaus, tomava mais uma e encarava os 14 km até Alvinópolis a pé. Foram as caminhadas mais felizes de minha vida e a tarde ainda ia defender as cores do glorioso Pingarato.
Aí Marcos.Acho que na realidade, todos gostamos de D. Silverio, afinal temos grandes amigos naquela cidade.Já está passando da hora de acabarmos com essa bobagem não é?
Também gosto de DS.
Nos tempos de aborrecente fui chamado várias vezes para jogar pelo SPORT. Convite do Dario, pessoa da melhor qualidade.
Fiz muitos amigos e gosto de ir nas festas.
Ontem, voltando de Alvi, passei por lá e vi as obras do Amilcar de Castro. Estão muito legais.
A diferença pra Alvi é que DS se uniu em torno de um lado, que é o lado da cidade. Por isso evolui a cada mandato.
As cidades da região deveriam se unir e realizar projetos em conjunto, que gerem benefícios a todas. Essa rivalidade cega não leva a nada.
Um abraço a todos.
Caro Marcos,
Sempre acompanho o seu Blog e fiquei agradavelmente surpresa pelo "Gosto muito de Dom Silvério"! Eu adoro minha terra e, consequentemente, gosto muito que gostem dela também. Da mesma forma, posso te dizer que gosto muito de Alvinópolis, cidade onde cursei o antigo "Normal", onde tenho grandes amigos, onde moram minha filha Luciana e minha netinha Ana Luísa. Obrigada por me incluir no seu texto também. Quanto a eventos culturais, temos realizado alguns; esse ano mesmo fizemos o I FESTDOM, uma semana inteira dedicada à música, dança, peças, etc. Aliás, neste 28 de novembro você está convidado para o Festival de Dança que acontecerá no CCS. Um grande abraço!
Nossa Marcos que emoção ver a imagem do santuário.Eu sou saudense,nasci cresci, passei toda minha infancia e juventude,hoje sou alvinopolense de coração.Mas concordo com vc o povo de dom silverio é muito criativo e tem muito bom gosto e uma admiravel fe a Nossa Senhora. Os pais criam seus filhos dentro da Igreja, eles ja crescem valorizando respeitando a religiao que tem.Eu tabem gosto muito de la.
Pois é Marcos, não sei se você conhece mas vou um pouquinho mais longe, chego até Rio Doce, cidade pequenina mas um verdadeiro seleiro de excelentes e qualificados profissionais, povo receptivo e hospitaleiro , cidade que encanta e hoje toca e canta como ninguém. Me refiro à Banda Santo Antônio e ao Grupo de Seresta criado desde 2008.
Se me permite acredito também que essa "richa", se faz presente entre Rio Doce e Dom Silvério e não tem levado ninguém a lugar algúm, apesar de vizinhas são cidades com suas devidas particularidades lutando para proporcionar aos seus filhos uma melhor qualidade de vida e se transformar num atrativo a mais para ajudar no desenvolvimento de nossa região e que Deus nos abençoe e ilumine para podermos proporciuonar aos nossos cidadãos uma maior dignidade. Caso se interesse acesse www.riodocenanet.com , www.bandasantoantônio.com.br e www.serrasdeminas.org.br para conhecer um pouco mais da história de Rio Doce. Grande abraço dosriodocenses.
Também amos as cidades de nossa região, conheço muito bem Ponte Nova, Rio Doce e Dom Silvério. A "richa " quando saudável, só nos tráz bons motivos para melhorarmos ainda mais as nossas pequeninas cidade da região. Ainda há pouco estava observando o Censo 2010 e infelizmente nossas cidades continuam a exportar nossos filhos para os grandes centros pois não apresentam crescimento demográfico significativo, não geramos emprego e renda suficientemente favoráveis para fixação da mão de obra que quando se qualifica nos grandes centros, não consegue retornar pois não há trabalho disponível, quando sobra-nos então com a mão de obra desqualificada, a falta de cultura e por aí vai...étrista mas é a nossa realidade. Qualidade de vida significa escolaridade, educação , emprego , renda e isso continuamos devendo. Lembro-me dos tempos de juventde quando o futebol e o vôlei faziam parte diariamente nas férias para disputarmos entre Rio Doce e Dom Silvério partidas memoráveis, que muitas vezes geravam confusões mas que hoje me lembro com muito saudosismo porque éramos felizes e não sabíamos.
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