Se você perguntar a um morador de Fonseca de onde ele é, ele não dirá que é de Alvinópolis. Ele se dirá Fonsequense. Se perguntar a um morador do Major Ezequiel de onde ele é, a mesma coisa. Não existe sentimento de pertencimento. São povos de culturas diferentes e não tem o mesmo jeito de sentir as coisas como os Alvinopolenses da sede. Ninguém torce pro Industrial em Fonseca e a maioria dos Fonsequenses nunca ouviu falar do Pinta Rato. Eles não cantam Adeus Marinha nem Bambas do Gaspar. Algumas pessoas defendem que não tem disso, que na carteira de identidade consta Alvinópolis. Pode até constar nos documentos, mas não no coração. Os distritos estão presos por laços institucionais e não emocionais. Há quem pense que esse negócio de emancipar distritos é uma bobagem, até que só deveriam existir cidades com mais de 15.000 habitantes( Alvinópolis passaria raspando...). Mas de uma coisa eu tenho certeza: o povo desses lugares não se sentem Alvinopolenses. Conheço pessoas do Major Ezequiel. Vocês não imaginam quantos Majorenses residem em Monlevade. Muitos deles são empresários bem sucedidos. Eles tem uma cultura própria, são excelente comerciantes e tem uma forte veia política. Já o povo de Fonseca, tem mais ligações econômicas com Catas Altas e Santa Bárbara, cidades mais próximas. Até o relevo e o solo são mais parecidos com aquela região das Minas Gerais. Mas por outro lado, Fonseca é um grande curral eleitoral, manancial de votos. Pra que emancipar e perder os preciosos votos daquele povo? Por outro lado, tem as leis vigentes e a impossibilidade da emancipação, pelo menos em curto prazo. Quando houve janela, não foi conveniente politicamente. Quem sabe na próxima? Aliás, tem de saber qual é realmente o sentimento dos fonsequenses, já que a cidade interage pouco com eles. Este talvez seja um ponto a se pensar para os próximos governos: a integração do município como um todo. Quem sabe com o asfaltamento, através do projeto Caminhos de Minas? E a ligação para o Major, que já fica pertinho do asfalto? E intercâmbio também, seja cultural, seja educacional, em todos os sentidos. Tá certo. Talvez nem seja a emancipação o mais indicado, mas então, que haja uma integração real, com projetos de ganhos mútuos, com representações fortes, com o real desejo de levar os distritos para Alvinópolis e Alvinópolis para os distritos. E tem outra: isso tem de envolver não só a administração municipal e seus instrumentos. Tem de envolver também as pessoas. Sem isso,
Um comentário:
Concordo em gênero , nº e grau...dom servero sumiria do mapa de vez e não iríamos permitir que os pé vermeio asquerosos de dom servero sejam considerados alvinopolenses, isso seria demais pra mim. Ô lugarzim disgramado sÔ
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