quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FESTIVAL - NÃO PODE É FICAR SEM FAZER

Não é teoria da conspiração, mas sim o pensamento de alguém que sempre esteve envolvido com o festival, de uma forma ou de outra. Desde muitos anos, existem várias pessoas doidas pra acabar com o festival, cada um com seus motivos. Há alguns anos, o argumento era de que só atraia malandros e drogados para a cidade. Depois, passaram a dizer que festa mesmo era cavalgada e exposição agropecuária. E da-lhe argumento de que a festa já havia caído do galho em várias cidades, que ninguém mais fazia festival e por aí vai. Hoje, ainda tem uma série de inimigos. Recentemente tive de ouvir que com a criação da festa da chita, não havia mais sentido fazer o festival, pois era uma festa cultural muito mais interessante. Ora, reconheço a importância da festa da chita, mas são eventos de naturezas completamente diferentes. Um não anula o outro. Se podem ser feitos juntos? Ora, podem sim. Desde que seja pensada uma forma criativa de preservar o que cada evento tem de melhor. A Festa da Chita tem um clima junino, com o colorido das peças, com todo um clima que remete ao forró e as quadrilhas.Mas com planejamento, dá pra fazer sim. Quem sabe com o festival acontecendo de dia e um forrozão na praça à noite. Seria interessante. Mas voltando ao Festival 2012, este ano foi realmente mais difícil de realizar. Esperou-se até a ultima hora a confirmação de alguns patrocinadores habituais, que desta vez resolveram ficar de fora. Tivemos de ser criativos, reduzir gastos, mas não deixamos a peteca cair. Os críticos, como não poderia deixar de ser, dizem que estamos diminuindo a importância do evento e outras besteiras. Muito pelo contrário. Estamos realizando com todas as dificuldades. O Nicks é um templo sagrado da música Alvinopolense. O espírito do grande Nô de sô Nico estará conosco, ele que foi um grande incentivador e que trazia as novidades do mundo para os jovens da época. Fazer o festival no Nicks não é diminui-lo de maneira alguma. Aliás, realizá-lo no Nicks nos ensinou que vale à pena sempre definir um local onde as pessoas possam ficar sentadas para ouvir os artistas e interagir com eles. Nos espaços grandes, a dispersão faz com que os artistas muitas vezes fiquem sozinhos, sem atenção de ninguém, só do corpo de jurados. No Nicks, a proximidade e o calor humano são muito interessantes. Embora que este ano tá um calor infernal(rs). Só pra finalizar essa postagem, quero relembrar um fato. Teve um ano, que o amigo Ronilson Bada fez um festival praticamente sozinho, realizado no Nicks Bar. Muita gente criticou, mas eu elogiei. Neste festival, se não me engano, Ronilson contou com apoio apenas da Esther Sanches. Quando acabou o Festival, fui até o Ronilson e agradeci. Ele salvou o Festival. Ronilson é um dos heróis, um desses Alvinopolenses que ama a cidade e a cultura. Este ano, o herói é o Alessandro. Ainda bem que temos pessoas como eles. Em próximo post, vou falar sobre um Festival muito bacana mesmo, que durou 10 dias, feito em parceria com o Angelo da Krawy...e foi num governo do Milton. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CAUSOS PITORESTOS DOS FESTIVAIS E ALGO MAIS...



CANTORES DISFARÇADOS

Dois cantores de Alvinópolis, em um certo ano, inscreveram-se com pseudônimos e chegaram para se apresentar disfarçados. Eles achavam que ser de fora dava ibope.

O NOME MAIS ENGRAÇADO

Uma vez teve um cara que se inscreveu com o nome artístico “Tchau com as duas mãos”

CIGARRINHOS PROIBÍDOS.

Teve um festival que um grupo de BH chegou e tinha chances até de ganhar o festival. Só que deram uma azar incrível. Estavam procurando um lugar sossegado para acender seus cigarros especiais. De repente viram um lugar maneiro: o adro da matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Eles não imaginavam que estavam fumando seus cigarros proibidos na porta da delegacia. Ali mesmo foram autuados e tiveram algumas dores de cabeça com aquele delito  muitos anos.

MISTURA EXPLOSIVA

Teve uma vez em que o Verde Terra foi apresentar-se em Caratinga. Lá chegando, fomos até uma rádio local para conhecer e falar sobre o festival.O Ricardão levava consigo um cantil. Aquele cantil era um verdadeiro misturador de venenos. Qualquer bebida alcoolica cabia ali dentro. Devia ter uma mistura de conhaque, com vodka, com wisck, com gim, um coquetel pra bebum nenhum botar defeito. Naquele dia, fazia um sol de uns 39 graus e estávamos lá, na porta da rádio aguardando o cara que iria nos entrevistar. Ricardão colocou seu cantil em cima do murinho da rádio. O cantil ficou no sol. De repente, o cantil explodiu, a tampa foi parar longe. A reação em cadeia foi sinistra..

O INCRÍVEL ACONTECEU

Uma cena insólita aconteceu, não me lembro exatamente onde. Estávamos num hotel, não me lembro de qual cidade. Aguardávamos a hora de irmos nos apresentar. Havia no quarto um guarda roupas e uma televisão por cima, que assistíamos. De repente, o jovelino, que estava deitado num colchão no chão começou a falar: ó, ó, ó...óhhhh. O guarda-roupa caiu com televisão e tudo. O Guarda roupas espatifou-se no chão e a televisão caiu no colo do Jovelino, que a segurou com uma habilidade incrível.

BANQUETE VERDE

Num hotel em Itabira, chegamos em casa as 4 da manhã e estávamos com uma fome danada e não havia nada aberto, nem um biscoito pra comer. De repente Jésus Bereco entra no quarto com vários pés de alface nas mãos. Foi o jeito. No quintal do hotel tinha uma biquinha, pegamos agua e foi o banquete daquela noite.

O DIA DA HERÓINA

Teve um festival num festival que estávamos num bar, próximo ao ginásio. Uma garota local chegou e ficou puxando papo com a gente. Um amigo nosso andava mascando umas sementes de guaraná, que havia comprado no mercado central em Belo Horizonte. Ia mascando aquilo e olhando pra menina. De repente ela se aproximou e perguntou:  - Escuta aqui: que negócio é esse que você está mascando aí? Isso dá barato? – Se dá barato? Isso é heroína, minha filha. Quem masca fica doidão por 7 dias. – Uai, então me dâ um negócio desses aí. – Tá na mão. Só ir roendo...- Valeu. E ela saiu com ele pra dar um rolé e depois que retornaram, sei que essa menina ficou com quase todos os caras que viu pela frente, até alguns do Verde Terra. Heroína mesmo, viu!

O DORMINHOCO

Tinha um componente do Verde Terra que era muito dorminhoco.  O cúmulo foi quando ele dormiu no palco, antes de uma apresentação. É que chegamos ao palco, mas deu um problema no som e os técnicos tiveram alguns problemas pra repará-lo. Enquanto isso, ficamos aguardando. Quando chegou a hora e o apresentador anunciou, era esse dorminhoco que teria de iniciar a música. Mas ele não começava de jeito nenhum. O palco tava meio esfumaçado e só depois de algum tempo vi que ele estava dormindo em cima do violão. Tive de dar um pequeno solavando nele, que começou a música até mais acelerada.

HOMEM CEMIG

No primeiro festival de que participei, o colega Carlinho Gipão fez um comentário interessante. Eu participava com um samba chamado ‘Venha’, tocada pelos Heltons e cantada pelo Jorge de Nego. Só que o Carlinhos começou a me chamar de Homem Cemig,  pois no final da música havia a repetição da frase: você é a energia necessária pra viver.  Não é que dá um belo slogan mesmo?

AMOR PELAS LATINHAS

Teve ano que teve prêmio de caixas de cerveja, que concorrente dormiu abraçado com suas latinhas.

MÚSICAS CENSURADAS

Nos primeiros festivais, algumas letras foram censuradas, por ter conteúdos contra o regime militar.

FESTIVAIS NA PISCINA ( HOJE APAE)

Os festivais, quando realizados onde é hoje a APAE, tiveram como fatos marcantes o frio imenso e a neblina . O palco era alto, construído pela própria prefeitura, feito de madeira. Algumas pessoas recorriam as fogueiras, mas a moda naquele ano foram blusas de cobertor são Vicente, quando não os próprios sobre os ombros. Num desses festivais, em meio à fumaça, apresentou-se um dos vencedores com imagem mais forte: MARCO HOLANDA com seu CAMINHEIRO SOLITÁRIO. 

OS FESTIVAIS NO COLÉGIO

Os festivais no colégio foram excelentes. O público fica aglutinado, fica junto, sentado nas cadeiras disponíveis. As pessoas são direcionadas a assistir as apresentações.  

FESTIVAIS NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES

Os Festivais no Parque de Exposições acabam tendo um público muito disperso. O povo fica bebendo nos bares, muito espalhado e a atenção fica dispersa. Poucos levam o festival na memória.

FESTIVAIS NA PRAÇA

Os Festivais na praça, também tem essa característica. A praça é muito grande e oferece outras opções de diversão, principalmente a cerveja gelada com tira-gosto, muita gente bonita circulando, boa conversa, ótimo astral.

FESTIVAIS NO NICKS

No Nicks rola muito calor humano, muita interação, contato muito próximo dos artistas com o público, O problema é que se for um pouquinho a mais de gente, fica desconfortável.

FESTIVAIS NO ALVINOPOLENSE

Já até foram feitos no Alvinopolense,  mas não tiveram boa aceitação. No Alvinopolense pesa a acústica muito ruim, prejudicando as apresentações. A não ser que haja muito som e o conhecimento do técnico antes sobre o ambiente. 

OUTROS ESPAÇOS

O Industrial é um clube do tamanho adequado, tem acústica melhor. Só não conseguimos fazer por falta de laudo do corpo de bombeiros e também pela opção da diretoria por projetos mais populares, com o forró que já é feito com sucesso. O Bar do Edmar na Rua de Cima também é outro espaço interessante, embora muitos da cidade considerem longe. 

O FUTURO

Para este ano, o festival está saindo no peito e na raça. O poder público parece que resolveu ficar fora, mas o festival vai acontecer assim mesmo. No novo grupo político que vai assumir tem ótimas pessoas acostumadas a lidar com cultura, que tem excelentes ideias e muita disposição para trabalhar. Nos últimos anos do Governo Milton, a Mariângela já cuidava da área com muito sucesso. Cada um, em épocas distintas, teve seu papel para que o festival avançasse até chegar a 2012. Eu já disse antes, mas repito: o festival cresce, diminui, estica de novo e novamente aumenta de tamanho. Pra mim, nenhum  foi maior ou menor. Todos tem sua importância. Tomara que a próxima administração invista no festival e retorne a sua organização para julho.  

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

RESPONDENDO AO GUILHERME ALVES


Marcos Martino, vc disse que o Alessandro estava conduzindo bem o festival, em qual lugar que ele fez propaganda sobre essa festa ?

Guilherme, conduzindo bem no sentido de estar conectado com os artistas locais, motivando-os, de estar nos bastidores, correndo feito louco atrás de patrocínios para custear o evento.

Vc tb estava participando desse pequeno movimento ? Não me lembro qual foi o ultimo ano que vi vc aqui na cidade. Vc trabalha no mandato de Gustavo Prandini, sabe a carencia de verbas que o municipio.

Sei sim sobre a carência de verbas, mas o que se pede para o festival não é muito. E não é pequeno movimento. São 33 anos de festival. Ele cresce, se apequena, estica, mas vai em frente. Mesmo tendo participado do governo Prandini, estive presente nos últimos festivais sim. Não tenha dúvidas de que gosto muito de Alvinópolis e do Festival, que foi e é uma das minhas maiores escolas.

Sei que o João fez propostas pros organizadores do festival, pra fazer o festa junto com a Festchita, pq vcs não aceitaram ?

São duas festas de naturezas diferentes. A Festa da Chita tem um clima mais junino, mais adequado para o clima junino, para o forró, para a cultura da Chita, um conteúdo já vasto a se trabalhar.
O festival tem mais de 30 anos de realização. É algo que deveria nos orgulhar. João investiu mais no Festival nos dois primeiros anos de seu mandato. No ano passado ajudou com menos, mas ajudou. Este ano é que não conseguiu provisionar dinheiro. Mas ainda tenho esperanças de que venha somar conosco, seja com a prefeitura, seja como cidadão.

Se o Alessandro estava organizando, ele poderia até mesmo colocar nesse site, avisando sobre o festival, vejo ele direto no ninho da águia, ele não comentou nada comigo e muito menos com a turma de lá.

O Alessandro precisa ter o dinheiro primeiro, pra depois anunciar com segurança. E vem sendo divulgado nesse site sim, ao lado do mural. E nos próximos dias, você perceberá que a propaganda vai se ampliar. Mas não vai ter cartazes. Só internet, jornais e rádios. O Festival tem de se adequar ao orçamento.

Esses organizadores, infelizmente, não sabe fazer nada não, festa tem que ter divulgação, festa tem que ter propaganda, eu mesmo estava no Dolfo sentado tomando uma gelada e achei que estava tendo era musica ao vivo de ultima hora no nicks, pq quando tem musica lá, pelo menos eles divulgam, vcs não, vcs fazem festa só pra vcs mesmo.

Não sei por que toda essa agressividade. Não fazemos festa só pra nós não. Nem sei se Festival pode ser chamado de festa. Nenhum evento em Alvinópolis congrega tantos músicos. O Festival bota a galerinha inteira pra tocar e todos se esforçando para criar suas próprias músicas. Quanto ao evento que você falou, foi o Pré-Festival, só com a turma local.  Cinco músicas já estão classificadas para o Festival que acontecerá em Novembro. Sabemos não ser o ideal fazermos em dezembro. Quem sabe no ano que vem o festival não volte a ser feito em julho? Torço pra isso. Mas para tanto, tem de ter o dinheiro provisionado antes.