O FEITO EM CASA foi revigorante para todos nós. Confesso que estava preocupado em tocar depois dos Morcegos. Sabia que os caras iriam maravilhar todo mundo e temi por um esvaziamento. É claro que houve uma troca de público ali na frente, que o povo interagiu de outra forma, mas puxa vida! Foi emocionante para caramba. Tive o cuidado de observar rosto por rosto. Me surpreendi como tantas pessoas sabiam as letras das músicas. Pessoas que eu jamais poderia imaginar. Na passagem de som já percebi que não teríamos um retorno perfeito, mas que o som na frente estava bacana. Resolvi que iria ignorar o retorno e tocar como se estivesse tudo perfeito. Em situações assim, tem de ser na raça. E foi na raça. Era muito tempo sem tocar e poucos ensaios. Estávamos desfalcados de integrantes muito importantes. Jovelino e Joãozinho fazem muita falta no vocal da banda. Eu, Ronaldo e Cozzó tivemos de optar pelo simples, sem os arranjos vocais que nos caracterizava. Deu pro gasto.Outro integrante ausente foi meu amigo baterista Ricardo Simões. Tivemos de improvisar. Tocar sem bateria é complicado. Parece que fica faltando alguma coisa. Mas Carlinhos, Ronaldo e Dico deram conta. Apenas uma música ou outra como Amanheceu na cidade, pede bateria. Mas nessa música tínhamos o trompete de Júlio Papa. E que coisa sensacional, mágica foi termos o sopro maravilhoso do Julio conosco. Bereco e Arthur, com certeza estavam conosco. Agora posso contar. Cometi um erro terrível. Tirei "Do outro lado do Espelho" num tom errado, mais alto. Quase matei Ronaldinho pra tirar as notas mais agudas. Eu também tive dificuldades. Foi bom pras mulheres, pois tava num tom mais confortável pra cantar. E nessa música, tivemos o auxilio da platéia, que cantou conosco num belo coral. Agora vamos tratar do CD e preparar novidades para o próximo show em Alvipa, que deve acontecer em julho, na Semana Cultural que será promovida pela prefeitura.
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