terça-feira, 28 de julho de 2009
SE CONSELHO FOSSE BOM, NINGUÉM DAVA...MAS
terça-feira, 14 de julho de 2009
INDUSTRIAL, O MELHOR TIME QUE VI JOGANDO
sexta-feira, 10 de julho de 2009
PAULO MOREIRA NOS INVENTOU
quinta-feira, 9 de julho de 2009
UM PADRE PRA LÁ DE BENTO.
Teve o Padre José Marciano, que tem até nome de rua.
Teve o Padre Jairo, de grande cultura, afeito ao teatro e a música.
Teve o Padre João Bosco, que dá nome a charmosa pracinha da matriz e que nos deixou em desastre fatal.
Teve o Padre Olavo, popularmente conhecido como Padre Olau, que gerou muita polêmica em sua época.
Mas para mim, o mais marcante de todos foi o Padre Bento.
Mais marcante não só por ter sido o pároco de minha juventude, mas por algumas características especiais.
Primeiro por sua história de vida.
Antes de se ordenar Padre, envolveu-se com todos os tipos de pecados, com bebida, com mulheres, até tornar-se mendigo, andarilho sem destino.
Mas depois de conhecer o inferno da miséria humana, Joaquim reergueu-se e formou-se Padre, dando um exemplo muito importante para uma geração inteira, de que sempre existe esperança, mesmo nas situações mais difíceis.
Mas Padre Bento ou Padre Joaquim tornou-se um Padre diferente.
Tinha atitudes que fugiam do comportamento austero da maioria dos padres.
Lembro-me de suas missas musicadas, de sua alegria contagiante.
Gostava de usar a linguagem de juventude em seus sermões e sempre convidava o “Verde Terra” para tocar nos eventos da igreja, o que muito nos alegrava também.
As procissões na sua época também eram maravilhosas, bem como as festas do Rosário.
Outra característica interessante é que gostava de freqüentar a vida social da cidade, ia a bailes, dançava com as moças, o que por um lado escandalizava um pouco os mais tradicionais, mas por outro lado, humanizava, aproximava Joaquim dos irmãos.
Jamais me esquecerei da primeira vez em que o Verde Terra se apresentou fora de Alvinópolis e o Padre praticamente patrocinou nossa viagem do próprio bolso, nos dando grande incentivo e um crédito de confiança do qual jamais nos esquecemos.
Depois, em trabalhos escolares, ainda tive o prazer de entrevistá-lo algumas vezes, pois sempre inventava um jeito de ouvir suas opiniões que misturavam religiosidade com filosofia, tudo de um jeito próprio, com a visão de quem conhece as coisas da vida e os mistérios da fé.
Padre Bento terminou os seus dias terrenos em pleno exercício de profissão.
Lembro-me de suas últimas missas, quando já debilitado pela doença, tinha apenas um fio de voz, mas buscava forças no fundo da alma para cumprir sua missão na terra, de espalhar o bem, de quebrar determinados moldes que nos engessavam num tempo passado, levantando a sociedade alvinopolense um passo adiante.
(Obs: Escrevi este texto à partir do meu particular ponto de vista, mas será interessante que alguém que conhece mais profundamente a história desses padres, escreva para nos elucidar mais à respeito).
terça-feira, 7 de julho de 2009
OS ANJOS SÃO IMORTAIS
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Somos todos presidiários
Nada mais utópico!
Pouquíssimas, raríssimas vezes na vida temos essa sensação de despreendimento.
Mal nascemos e já somos engaiolados.
Primeiro, por que os pais se apressam em nos ensinar as regras para a convivência no mundo civilizado.
Assim, vamos aprendendo principalmente o que não pode.
Depois, vamos para a escola, para de novo aprendermos o que não pode.
A igreja então nem se fala. Mais uma grande coleção de não podes.
Depois, além de todos dessas interdições institucionais, aprendemos os não podes dos embates humanos, as malandragens para não nos darmos mal na política do dia-a-dia.
Quando tentamos caminhar, vemos que é impossível, pois temos várias bolas de ferro atadas aos calcanhares.
Pra completar, vem o casamento, os filhos, o trabalho.
Uma nova coleção de bolas de ferro.
Mas tem mais. O mundo capitalista também nos pega pelo pé, com suas mensagens que nos deixam mal se não acompanhamos as atualizações tecnológicas, se não nos endividamos para fazer girar a roda do consumo.
Portanto, meus amigos, a escravidão não acabou. Apenas mudou de nome.
Os ferrolhos high tech de hoje em dia são mais sutis, porém mais eficientes.
E olha que nem falei das grades, alarmes e tetrachaves em nossas casas.
E olha que nem falei que todos os telefones do planeta estão grampeados.
Talvez seja esse o sentido da palavra purgatório, que tem tudo a ver com penitência, que por sua vez remete à penitenciária.
Somos todos presidiários.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
PATOS NO PARQUE DE DIVERSÃO
Marcos, não escreva textos nos murais dos sites de Alvinópolis assinando seu nome!
Não se exponha!
Mas eu, pisciano teimoso que sou, muitas vezes escrevi assinando, polemizando, abrindo o coração e explicitando opiniões.
O resultado é que levei vários tiros de alguns pseudos, que por razões que desconheço, não gostam de mim e fizeram questão de pisotear na minha reputação, desimportante na verdade, mas construída com alguma arte. Imagino que a motivação possa ser política, mas pode ser simplesmente antipatia gratuita.
Um sábio conselheiro de muitos anos uma vez me disse: não se constrói nada nessa vida sem arranjar um inimigo.
No momento em que ele me falou isso, considerei um baita exagero, mas a vida me ensinou que ele tinha razão.
Eu devia ter até aprendido comigo mesmo, afinal, escrevi na letra da música “ Do outro lado do espelho: “Um prazer que vem é uma dor que vai”...quer dizer, vitória minha será tristeza pra quem me odeia...e vice e versa...minhas quedas também serão comemoradas pelos detratores.
No calor...ou na frieza daqueles dias, me senti fragilizado e agi de forma intempestiva.
Escrevi certos textos um tanto amargos e fui até recriminado por alguns amigos fieis, que me acusaram de ter exagerado nas tintas.
Concordo que nunca devemos nos expressar quando em situação de desequilíbrio psicológico. Relendo os textos daquela época, vejo que o pessoal tem razão, que eu não podia julgar os justos pelos atos dos insensatos. Fui passional e negativo ao extremo.
Espero sinceramente que me desculpem os que se sentiram atingidos de alguma forma.
É que eu estava me sentindo naquela hora que nem esses patos de parque de diversão, alvejados e atingidos e ainda tinha o agravante de não saber quem estava atirando.
O que nos assombra...
Podemos ter tudo o que precisamos, estudar em boas escolas, ter a geladeira cheia, uma boa casa, uma família amorosa, mas...mesmo assim, vivemos assombrados pelo medo do futuro.
Como é difícil vivermos o hoje, sem sermos assombrados pelo amanhã.
Amanhecemos com a angústia do porvir.
Com medo de que o amanhã possa nos levar o que temos, mesmo sabendo que isso é certo, afinal, amanhã será a morte.
Mas também podemos ser como árvores e espalharmos nossas sementes.
Nossos pensamentos também são sementes.
Se pensarmos o amanhã como uma floresta, como um pomar que dará frutos e alimentos , podemos até nos confortar.
Mas não tem jeito!
Vivemos imersos no pragmatismo consumista.
Dentro dessa ótica, de nada valem palavras altruístas, edificantes.
Meu Deus, me ensine a viver o hoje com todo o sabor, sem o gosto amargo do medo do amanhã.