quarta-feira, 30 de setembro de 2009
BLOGAI-VOS UNS AOS OUTROS
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
A DISCOTEKA DO INDUSTRIAL
terça-feira, 22 de setembro de 2009
HÁ DEUS
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
VÁRIOS NORTES
Não vivo num mundo à parte.
Transito por universos paralelos.
Sento-me com barões e com compadres
Tomo champagne e cachaça.
Converso sobre literatura e sobre futebol.
Tenho a mente faminta.
Cada universo tem suas leis
A legião que sou entra em curto
O poeta desaprova o publicitário
O matuto censura o nerd
O erudito odeia o popular
O pragmático ignora o romântico.
Os conflitos da humanidade
brigam em mim.
Minha bússola tem vários nortes
A ética é um caleidoscópio
Quem dera girá-lo e alcançar o branco
Da folha no cio, esperando o poema
Escrito com sangue azul da caneta
E sabe-se lá como classificá-los
Num confessionário, sem padre visível
Talvez pra São Freud, São Jung, São Cristo
No poço infinito do inconsciente
No poço infinito da mente de Deus.
domingo, 13 de setembro de 2009
A SINA DOS VICES
Coisa complicada é ser vice. Veja por exemplo o time que é vice campeão, que tristeza. Se o time é vice campeão mineiro, por exemplo, é o segundo melhor time do estado. O segundo melhor entre centenas de times. Deveria ser honroso, mas é vergonhoso. Se Cruzeiro ou atlético são vices, significa que foram derrotados pelo maior rival, portanto rebaixados à condição de perdedores. Se o sujeito é vice-campeão do mundo de fórmula 1, não significa nada. Vejam o exemplo do Felipe Massa, que perdeu por um ponto para o Hamilton. Quem passa pra historia é o piloto Inglês. Vice não entra pra história. Engraçado que tem uma música da banda Ultraje a Rigor chamada “terceiro”. Essa música é interessante, pois fala que confortável mesmo é ser terceiro, pois ninguém lembra que o terceiro perdeu, só o vice é lembrado como perdedor. Terceiro é posição honrosa, enquanto vice é o perdedor oficial. Ser vice na política também não é fácil. Os vices geralmente entram como puxadores de votos em fatias da população, por ter credibilidade junto a segmentos específicos ou mesmo por agregar votos, informação obtida através de pesquisas. Durante a campanha, o sujeito é tão paparicado quanto o candidato, tem a oportunidade de fazer discursos, de expor suas idéias, levar para a frente partidária um pouco da ideologia do seu partido, inclusive opinando no plano de governo. Só que a realidade depois da eleição é outra. O vice é figura decorativa e se não tiver uma grande capacidade de articulação, acaba se transformando num inimigo do prefeito, por mais bem intencionado que seja. Em primeiro lugar, por tomar atitudes executivas, quando as decisões e as deliberações cabem ao titular da caneta. Em segundo lugar, por não ser atendido em suas reivindicações e idéias, ao ter rejeitadas as proposições de campanha, ao bater de frente contra os projetos do prefeito e seu secretariado. Vice que não tem jogo de cintura, tá morto. Essa é a realidade. Em primeiro lugar, tem de saber respeitar os limites do ego do prefeito. Não tem um que não seja vaidoso e todos querem deixar claro que quem manda são eles. E eles tem razão, pois todas as responsabilidades recaem sobre o chefe do executivo. Em segundo lugar, tem de deixar claro pro prefeito que terá lealdade total, que vai jogar no seu time, pensando num projeto à longo prazo. Em terceiro lugar, tem de dar suporte aos projetos do prefeito e seu secretariado, atuar conjuntamente, de forma harmoniosa. Em quarto lugar, qualquer projeto deve ser apresentado de forma didática, demonstrando as vantagens para o município, os benefícios para as pessoas, os retornos políticos.Em quinto lugar, todas as ações devem ser divulgadas como ações da prefeitura e não como ações individuais, independentes. Difícil mesmo é o vice saber domar o ego, dominar o ímpeto e os conselhos de um grupo de pessoas, que imaginam ajudar, mas acabam atrapalhando com conselhos errados e venenos injetados nos momentos de desavenças. Já vi alguns vices extremamente bem articulados, como o atual prefeito Toninho Timbira de Santa Bárbara, que quando vice soube o seu lugar, conquistou a confiança do prefeito e fizeram juntos uma das melhores administrações de Santa Bárbara em todos os tempos. Outro exemplo maravilhoso é do vice do presidente Lula, José de Alencar. Com todas as diferenças que os dois possam ter, existe uma relação de lealdade e confiança. Alencar é um industrial, um liberal, enquanto Lula é um ex-torneiro mecânico, de visão socialista. Essa união teria tudo pra dar errado, no entanto os dois configuram uma das mais belas amizades da história da república. Como bem diz o poeta, “tudo vale à pena quando a alma não é pequena”.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
GALO INDIO E SUA MISSÃO
CHATOS ASSUMIDOS
terça-feira, 8 de setembro de 2009
POESÓDIAS
terça-feira, 1 de setembro de 2009
AS MONTANHAS
Um dia, do alto de sua sabedoria de patriarca, o Sr.Quinzim me contou uma história que nunca mais me saiu da cabeça e que em meus poucos anos de vida já pude vivenciar algumas vezes e que não tenho dúvidas, ainda vivenciarei muitas outras.
Ele me falou que a vida dele era subir e descer montanhas para depois subir de novo.
Contou-me que várias vezes na vida havia empreendido um esforço medonho para subir até determinado cume.
Alcançar o topo era coroar de êxito uma trajetória.
De cima da montanha escalada, por um tempo tinha-se a sensação de ver a vida de cima, de olhar o mundo com os olhos de Deus. Mas ao ajustar o foco, ao olhar com a alma, percebia que ali não era o topo. Existiam montanhas muito maiores por superar, muitas delas encobertas por brumas, cúmulos insondáveis. Mas daí não sobrevinha um sentimento de decepção, nem de cansaço, nem de rebeldia. Apenas o impulso de descer de novo a montanha e começar a subir a outra...e a outra...e a outra.
Percebermos o quanto nos apequena a nova montanha. Sentimo-nos como formiguinhas no inicio da caminhada, para chegarmos lá em cima gigantes, tão gigantes que não podemos ser vistos nem entendidos com os olhos da matéria, pois já pertencemos a outro plano.
Mas novamente ao chegar ao topo, novas montanhas se revelam.
E seguimos assim escalando montanhas metafóricas, vislumbrando horizontes metafísicos e sonhando com o mar, que abarca todas as águas...
Imagino o Sr Quinzinho sentado em cima da mais alta montanha , junto com meu avô Dominguinhos, minha mãe D.Neusa, meus avós D.Maria e Seu Zeca e vários outros que ascenderam. Continuemos escalando...