quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

OS NATAIS E OS PAPÉIS AZUIS DAS MAÇÃS


Comove-me ver a minha filha toda emocionada por causa do natal. Passa o dia vigiando qualquer ruído pela casa, imaginando que o bom velhinho vai entrar por alguma fresta e deixar o presente que ela tanto almeja. Ela tem um cuidado todo especial com a árvore, com os enfeites e como todas as mulheres, que são muito mais estetas que nós, vive intensamente a beleza natalina. A tecnologia trouxe adereços jamais sonhados por nós que temos entre 40 e 45 anos. Hoje o pessoal faz arranjos de altíssima tecnologia, usando vários computadores para construir árvores mutantes, árvores publicitárias, marketeiras e dá-lhe merchandising de todo jeito. Nessa massaroca, pelos menos salva-se o Natal promovido em Monlevade, maravilhoso em termos estéticos e politicamente correto, todo feito em material reciclável (55.000 garrafas pet que iriam para o lixo). Nós coroas ( reis e príncipes) também vivenciamos nossas emoções natalinas , mas de forma mais humilde. Lembro-me dos natais de minha infância em Alvinópolis, nos final dos anos 60, inicio dos anos 70. Daquele tempo, tenho uma lembrança marcante e muitos dessa época vão se lembrar: dos papéis azuis que vinham embalando as maçãs. Nesse tempo, quando a globalização ainda não se fazia presente, maçã era uma fruta rara, quase só aparecia na época do natal, assim como o figo. A primeira vez que peguei uma maçã, embalada naquele papel que parecia feltro, fiquei inebriado pelo aroma da fruta, que só conhecia dos desenhos animados e revistas da branca de neve. Dos natais daquele tempo, lembro-me também que ficava em casa, tentando ficar acordado para ver a hora que o Papai Noel entrava. Quase sempre adormecia e quando acordava de manhã, lá estava o presente aos pés da árvore. Naquele tempo não tinha esse negócio da gente escolher o presente. Os pais saiam na madrugada do dia 24 pro dia 25, quando todo o comércio ficava aberto e traziam os presentes, muitas vezes aproveitando para passar num boteco e tomar uma. Certa vez, tive a certeza de enxergar um velhinho atrás do meu guarda-roupa. Eu não sabia se ficava com medo ou se acenava pro velinho. Timidamente, me escondia debaixo dos cobertores, mas lá estava o velhinho barbudo me olhando e rindo. Fiquei na dúvida se sonhei ou se foi real. Imaginei que fosse o Papai Noel se escondendo de mim, mas também pode ter sido o espírito de Orlando Lima ( quem sabe os espíritas expliquem?).

sábado, 5 de dezembro de 2009

ADEUS, MARINHA!

Uma coisa que nos choca profundamente é a morte. Seja a morte de um cão, de um cavalo, de um passarinho. Se for de um ser humano então, nem se fala. Mas também dói quando algumas memórias perdem substancia material e sobrevivem apenas em fotografias. Ficam que nem espíritos vagando sem corpos. Digo isso para falar da sede do industrial. Estive em Alvinópolis para prestigiar a inauguração das luzes de natal, mas o que me chocou mesmo foi ver que o Industrial transformou-se em igreja evangélica. O nome parece ser Igreja Mundial do Reino de Deus. É curioso como surgem a cada dia novas igrejas com denominações diferentes. Igreja quadrangular, retangular, pentecostal, batista, anglicana, presbiteriana, maranata, regional, estadual, nacional, mundial, igreja pra todo gosto e bolso. Aqui em Belo Horizonte, o fenômeno também é visível. Vários cinemas tradicionais foram adquiridos pelos evangélicos, que garantem freqüência e renda, possibilitando a manutenção dos espaços e sua sobrevivência material. Mas quando a gente aperta o retrocesso da memória, dói pra caramba. Quantos espetáculos gloriosos aconteceram naquele clube. Lembro-me de maravilhosos bailes das misses, de aniversário, shows com Marco Antonio Araújo, com Cassinos de Sevilha, além da sensacional discoteca, com uma estrutura marcante em nível regional. Lembro-me também dos carnavais, de figuras como Adairim, Bia, Zé Nosso, Lalau, Paulo Andrade, entre tantos outros. Além do clube, havia o futebol, que montou alguns dos melhores times na região, verdadeiro celeiro de craques. Mas o clube está morrendo. Parece que a Cia Fabril Mascarenhas parou de apoiar e sem sustentação financeira, o azulão da baixada não consegue se manter de pé. Além do mais, as gerações antigas mantinham aquilo com amor e a nova geração não tem essa cultura de paixão pelo clube. É lamentável, mas parece que o Industrial está morrendo. Quem dera se Lindouro, Vera e a sua BioExtratus resolvessem apoiar o clube azul, já que a tradicional fábrica de panos não se interessa mais. Mas isso até agora, fica só no quem dera...Não adianta nem pedir pra Deus, pois lá virou exatamente uma casa Dele. De certa forma, todos somos culpados, por não prestigiarmos nem pensarmos em preservar nossas tradições. Resta-nos cantar tristemente o hino pela última vez: ADEUS, MARINHA, pois seu marinheiro não vai mais voltar....

sábado, 28 de novembro de 2009

A INTERNET ME TROUXE A MONLEVADE

Prandini, um prefeito on-line

Quem diria, viu! Estou trabalhando em Monlevade, terra das oportunidades e tão pertinho da "matriz". Pois é! Agora vai ficar até mais fácil dar uma chegadinha aí de vez enquando.Mas pra lhes dizer a verdade, tô querendo mesmo é lhes contar uma historinha, para que tenham uma idéia da importancia da internet na vida das pessoas. Aliás, tenho muito de agradecer à alguns amigos por causa disso. Um deles é o Vanderlei Lourenço. Há alguns meses, quando comecei a escrever em meu blog, ficava meio frustrado com o reduzidíssimo número de leitores e pela falta de retornos, de comentários. Vanderlei já blogava nessa época e me aconselhou com sua calma habitual, que eu não deveria me preocupar com isso. Que deveria escrever de forma solta, desapegada, sem esperar nada em troca, que o exercício só faz bem em todos os sentidos, que nos permite criar laços inimagináveis, prospectar grupos de afinidade e topei o desafio. Pois é, Vanderlei. Veja a ironia da situação. Por causa do meu blog, por causa do "Alvinopolis que pensa" é que estou em Monlevade hoje. Veja os fractais, veja o dedo de Deus agindo na virtualidade. Por causa do blog, fiz amizade com um intelectual monlevadense chamado Célio Lúcio, que tem um blog de alto nível por aqui. Célio também gostou do meu blog e colocou nos seus favoritos. Vai que o prefeito de Monlevade Gustavo Prandini, que é novo pra caramba (32 anos) é um internauta de primeira e vive quase 24 horas on line ( Um luxo para a cidade. A maioria dos prefeitos não sabe nem abrir um computador). Prandini, através do blog do Célio, viu o título de uma das minhas postagens e foi dar uma olhada para se aprofundar no assunto. Eu falava sobre um projeto dos prefeitos produzirem CDS com os principais artistas de suas cidades, como forma de estimular a criação musical e gerar produtos para que os artistas pudessem se vender, além de se constituir num excelente souvenir de marketing para os próprios prefeitos. Prandini gostou do projeto e me chamou pra conversar. A partir daí, nos tornamos bons amigos virtuais e começamos a conversar sobre vários projetos e sonhos. A afinidade foi grande e ele me convidou para uma visita em seu gabinete para detalharmos o projeto. No meio dessa conversa, ele me perguntou se eu não pensava em morar em Monlevade, mais perto de Alvinópolis e tal. Falei pra ele que tinha meus negocios em Belo Horizonte e que pelo menos por enquanto não passava pela minha cabeça voltar. Só quando cheguei a Belo Horizonte é que a minha ficha caiu. Enviei um email pra ele, questionando se havia alguma coisa por trás daquela proposta. Foi ai que ele me disse que tava pensando em fazer algumas readequações em sua equipe de governo e perguntou se eu toparia trabalhar com ele. Na hora me prontifique a ir a Monlevade para uma conversa presencial, mais adequada para esse tipo de negociação. Assim, estou aqui. A história é inusitada, mas acho interessante para ilustrar a crescente importancia da internet na vida da gente. Por isso, pessoal,vamos interagir, vamos blogar, vamos twittar, vamos orkutar, antes que a net nos atropele.

domingo, 22 de novembro de 2009

OLHA LÁ O RAPAZIM DE MONLEVADE...

Quando eu morava em Alvinópolis, sempre que aparecia alguém andando com radio na rua colado ao ouvido, com uma roupa colorida ou ouvindo som alto no carro as pessoas comentavam: - Ih...olha lá o rapazim de Monlevade...O preconceito tinha suas razões sociológicas. Com o crescimento da então Belgo Mineira, os jovens da região estavam em polvorosa querendo emprego na famosa multinacional . Foi uma verdadeira corrida do ouro ( ou do aço). Só que o fenômeno gerou uma rápida ascensão, se não intelectual, pelo menos social e financeira, melhorando o poder aquisitivo de muitos jovens e de suas familias. Com isso, a rapaziada começou a comprar os produtos de consumo que estavam à disposição e principalmente os aparelhos de som portáteis que estavam cada vez mais na moda, gerando os comentários depreciativos. Dizia-se que os "rapazinhos de monlevade" eram a peãozada , que tinham péssimo gosto musical, que se vestiam muito mal, com roupas coloridas e perfumes baratos, que vinham para Alvinópolis apenas pra buscar meninas pra namorar e casar ou pra arrumar briga e confusão na porta dos clubes. Hoje lembro dessa época achando graça. Estou morando lá e vejo como é vibrante a cidade dos rapazinhos de outrora. Aliás, os rapazinhos se tornaram homens, constituíram familias, muitas vezes com mulheres Alvinopolenses, Saudenses, Prateanas, Riopiracicabenses, Itabiranas, Gonçalenses. Monlevade continua uma cidade onde o sentimento de pertencimento ainda não se cristalizou. O amor pela cidade ainda está por ser inventado. Porém, aquele "Rapazim" do passado amarelou nos retratos. Hoje a população é cosmopolita, o comércio e o setor de serviços cresceram sensivelmente e o futuro é uma larga avenida...ou várias avenidas. É sempre bom revermos nossos conceitos, afinal de contas, no posto mais alto da nação, temos um sujeito que um dia foi peão. E pra finalizar, deixa eu contar o avesso dessa historia. Certa vez o Verde Terra foi se apresentar num evento promovido pelo saudoso João Bosco em Monlevade. Quando o VT começou a tocar, uma pessoa no meio da multidão gritou: - Úhh da roça. É a vida. Preconceito trocado não doi.

domingo, 15 de novembro de 2009

CIDADE DE CIDADES REUNIDAS


Pessoal, este texto foi postado no blog CENÁRIOSBOMDIA, coluna que escrevo no jornal BOM DIA, de João Monlevade. Mas achei importante postar aqui também, pois também diz respeito à Alvinópolis.
Havia uma música do compositor Fausto Fawcett, um dos melhores letristas que conheço, que dizia que o Rio de Janeiro é uma cidade de cidades reunidas. Incrivel como Monlevade também é assim. Andar pelas ruas de Monlevade é um exercício curioso. Tem horas que chego a pensar que tem mais pessoas de Alvinópolis por aqui que lá na minha terra natal. Encontrei com pelo menos uns 30 alvinopolenses em locais diferentes. Estive também com pessoas de Major Ezequiel(da grande Alvinópolis -rs ), de São Domingos do Prata, de Dionísio, de Nova Era, Itabira, Dom Silvério, Ipatinga, de Rio Piracicaba...fora aquelas em que "trombei" e que também vieram de outras regiões. Fiquei pensando comigo: puxa vida! Que caldo cultural essa cidade tem. Quanto diversidade. Ao mesmo tempo, fiquei pensando na cultura e no que ela tem de educativa em seu bojo. Existe uma definição de cultura que acho ótima. Definitiva eu não digo, pois não existe perenidade nas palavras. A definição é a seguinte: " Cultura é o conjunto de conhecimentos adquiridos por um povo para se adaptar a determinado ambiente". Pois é! Acho que procede! Agora, imagine Monlevade e esse tanto de gente que vem de tantos lugares se adaptando, trazendo suas saudades, trazendo as culturas dos lugares de onde vieram, trazendo as receitas de tarecos, de doces, seus dialetos, suas tradições. Pois é. Monlevade abraça a todos. Recebe todo mundo com emprego e perspectivas de prosperidade. Quando caminho por essas ruas e vejo essa gente toda trabalhando, consumindo e movendo a roda da fortuna, fico imaginando porque essa cidade ainda não explodiu culturalmente. Porque ainda não achou o caminho para fruir com força a sua produção artístico cultural? Porque não se impõe como polo cultural reconhecido, se congrega o melhores profissionais da região? Há quem diga que o problema está no povão, que não quer saber de cultura, mas só de entretenimento. A equação se completa na priorização política, quer dizer...na hora de investir na cultura, a maioria das prefeituras investe nos shows popularescos, em detrimento do que tem realmente valor artístico cultural, pois o povo não tem paciência com conteúdos elaborados. Porém, há de se considerar que a cultura tem também algo de educativo, ou seja, o poder público deveria direcionar o que fosse da cultura para o que tem qualidade e valor artístico, até para melhorar o senso crítico de nossas comunidades, ajudando a subir o nível geral. É muito triste o político refém do populismo. Digo tudo isso até para que possamos refletir e pensarmos juntos. Hoje tive o prazer de conversar com o Luciano, da Casa de Cultura e fiquei feliz ao perceber que afinamos muito em alguns pensamentos. Deus queira que possamos trabalhar bem sintonizados. Penso Monlevade como um polo irradiador de cultura, de conteúdos, de idéias criativas. Vamos pensar a cidade juntos?

sábado, 7 de novembro de 2009

GOSTO MUITO DE DOM SILVÉRIO!

Agora vão me trucidar, mas vou dizer: gosto de Dom Silvério. Não sei se porque fica perto da rua de cima, mas sempre simpatizei muito com a antiga "Saúde". Nunca entendi muito bem porque me diziam quando pequeno, que não gostavam que chamássemos a cidade de Saúde. Já me contaram a razão, mas nem me lembro. À primeira vista, ostentar essa palavra deveria ser motivo de alegria, afinal não há riqueza maior que ter saúde pra viver. Entendo os que acham que a velha rivalidade é um dado cultural interessante, os que se divertem com essa síndrome, da velha necessidade humana de ter um alvo para direcionar o ódio. Essa histórica rixa é que nem a que os brasileiros nutrem com os Argentinos. Se formos pensar bem, temos muito mais razões para mútuas admirações. Vejam o exemplo do jogador Sorín. Que sujeito gente boa, amado pelos cruzeirenses...e desconfio que até pelos atleticanos, que também gostariam de ter um jogador tão raçudo e dedicado em suas fileiras. Mas voltando à Dom Silvério, sempre tive admiração com algumas coisas de lá. Em primeiro lugar, pelas pessoas. Confesso não ter proximidade com as novas gerações, mas lembro-me de Tonys Bill, do Renato Aleixo, do Rogerinho, da Ana esposa do prefeito, da Alessandra esposa do Tião, pessoas que me vieram à cabeça de relance, da melhor qualidade . Do passado, lembro-me muito do Duia, que dava assistência na torre de Televisão de Alvinópolis e que era um dos melhores técnicos em eletrônica da região. A festa de N.S.da Saúde também é marcante. O povo de saúde sabe como fazer uma festa bonita. Já passei muitos quinzes de agosto admirado com os rojões e os fogos de artificio maravilhosos da bela festa. O Clube da cidade também é digno de admiração. Eu não conheço nenhuma cidade de porte pequeno que tenha um clube tão bem cuidado, ponto de encontro e lazer para todas as gerações. Não sei como anda o futebol na cidade. Acho que nesse quesito, o tradicional time do Sport está mais ou menos como Industrial e Alvinopolense em Alvinópolis. Infelizmente, o futebol amador anda meio decadente. Na área das artes plásticas, vejo como muito significativa a presença na cidade das obras do grande artista Amilcar de Castro. Já vi algumas pessoas de Alvinópolis criticando, mas acho que é um pouco de despeito. Amilcar é um artista ímpar, capaz de dobrar os mais duros metais pra transformar em sensíveis obras de arte ( ainda quero visitar o acervo). Nas ultimas vezes que estive na cidade agradou-me o que vi. Limpinha, bem cuidada, as casas bem pintadas, enfim, tudo muito bem arrumado. O único porém que percebi é que a programação cultural da cidade parece muita voltada para o sertanejo. Entendo que a cidade tem predominância agropecuária, mas já pude vivenciar tempos musicais com maior qualidade na época dos festivais e nos tempos do Fred, amigo do Lô Borges, Beto Guedes e de outros. Por outro lado, se for pensar pelo lado político, o povão quer mesmo é shows populares. É a lógica que tem prevalecido pra todo lado. Já me disseram que as razões dessa fase atual, da cidade limpinha e bem organizada, deve-se a uma sequência de bons gestores. Pode ser. Mas tem outros fatores que também facilitam a administração da cidade. As vezes o que parece que vai diminuir, soma. Penso que desmembrar Sem Peixe acabou fazendo com que sobrasse mais dinheiro pra cuidar da sede do município. Acho que os últimos prefeitos também vem fazendo um bom trabalho. Não conheço pessoalmente o atual , mas tive oportunidade de conhecer a primeira dama, com a qual converso com certa regularidade pela internet e que me presenteia com o belo jornal local chamado "O PONTILHÃO", que sempre me envia em PDF pela internet. Como disse no inicio, sei que alguns vão querer me apedrejar, mas gosto muito de Dom Silvério, que fica pertinho da rua de cima.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

POLÍTICA X CORAÇÃO : UM PERIGO

Trem danado a política e o coração aberto. Tenho muitos amigos tanto do lado do PMDB como do antigo PFL, DEM, PTB ou sei lá o que. Gosto muito do Marcelo Xuxa, amigo d e muitas jornadas, companheiro do maior campeonato de futebol de Botão de Alvinópolis, o Grande The Big, também companheiro de República por anos à fio. Gosto muito também da Ana Therezinha e Edmundo, de grandes afinidades e muita história. A Mariângela, foi e é minha mestra, com quem aprendi muito do que sou e por quem tenho uma gratidão eterna. Por outro lado, admiro muito a Marina de Darcy, com quem tive oportunidade de trabalhar no festival. Pessoa de alto nível de organização e moralidade, juntamente com a Clara e Nita, essa também uma professora com quem aprendi um bocado ( embora meu português ainda mereça reparos... sempre). Bom, achei pertinente falar da turma da cultura, pois é a área em que sempre militei. Mas poderia citar também a minha cunhada Crys, meu grande amigo e parente Jovelino, Paulinho de Nilo, Vovolito, Ronilson Bada, pessoas que tem uma postura crítica, mas que não torcem contra. Muito pelo contrário. Torcem para que a cidade tenha um rumo visto e reconhecido por todos. A questão é que o prefeito, por razões que não me cabem ficar comentando aqui, logo que eleito, rompeu com vários apoiadores e isso gerou logicamente muita inamistosidade. Sua idéia é criar um caminho do meio, romper com a velha dualidade. Eu acho que talvez essa seja a sua principal missão. Não creio na construção de consenso, mas na pluralidade. A unanimidade é burra e a dualidade gera inércia. Tomara mesmo que tenhamos uns 10 candidatos na próxima eleição. A questão é que essa postura também tem consequências que não são fáceis de encarar. O prefeito vive num corredor Polonês, levando pedrada dos dois lados. Mais até da turma do fogo amigo. Eu como Alvinopolense que torço pra dar certo , fico tentando positivar e sobra até umas pedradas pra mim . As vezes coloco no meu perfil que tenho telhado de borracha, pra devolver as pedras aos apedrejadores. Só que alguns jogam dardos, estrepes, fincam e torcem a faca. Outro dia, alguém denunciou no mural do Alvinews que o prefeito havia confidenciado várias coisas a mim, quando devia satisfações a toda a sociedade. Que coisa. Um prefeito não pode ter amigos. E eu, ingenuamente coloquei aquilo na roda, com a inocência de quem repassa noticias boas. A questão é que noticia de político sempre soa como promessa e de promessas o povo tá cheio. Então, o que se espera é que os bons presságios, as boas novas virem realmente substancia. As ultimas noticias excelentes na área da saúde já são um alento. Como essa é a principal bandeira do novo governo, pelo menos nesse quesito tá fazendo a lição de casa. Já a questão da cultura tá demorando muito a se resolver. Confesso que estou doido pra arregaçar as mangas e chamar o pessoal pra começarmos a organização do Festival 30 anos. Mas isso só será possível quando for anunciado oficialmente o destino da Fundação Casa de Cultura. Vamos acelerar, prefeito! Mas como diz o poeta "Meu coração não se cansa de ter esperança...".

sábado, 31 de outubro de 2009

JUVENTUDE ACOMODADA

Vez por outra leio algum artigo ou ouço comentários de que a juventude perdeu a capacidade de se indignar com as injustiças do mundo, com a corrupção, com os desmandos do poder. Realmente, na época da ditadura por exemplo, os movimentos jovens, principalmente que vinham das universidades, foram combativos e havia mais disposição para a luta e para a consciência política. Depois, na época das DIRETAS JÁ, a mobilização dos caras pintadas também foi marcante. Nas décadas de 80/90 parece que acabaram os motivos para indignações e mobilizações. Engraçado que uma música do ULTRAJE A RIGOR foi emblemática nesse sentido, a famosa "REBELDE SEM CAUSA". Será que juventude de hoje não tem mais motivos para se rebelar ou se encontra anestesiada, hipnotizada pela comunicação de massa, pela tv, pela Internet? Quando a gente observa por exemplo as letras das bandas de rock, não se vê mais nenhuma perspectiva de revoluções, de tentativas de se fazer algo novo. Só vemos letras falando de amores adolestentes (EMO). Nada dos "Bichos Escrotos" dos Titás, ou do "Que país é esse" do Legião.

domingo, 25 de outubro de 2009

GALO INDIO ME TELEFONOU


O prefeito Galo Indio, vez por outra me telefona. Desta vez me ligou para conversar sobre várias coisas boas que estão por vir. Voltou a me falar que neste ano, realmente está tendo muita dificuldade para ajustar o orçamento. Primeiro, por causa das perdas do inicio do ano, em decorrência da crise financeira internacional e em segundo, pelo fato do orçamento ser do antecessor. Galo Indio aproveitou para pontuar a minha postagem anterior sobre o efeito tartaruga. Me disse que a tendência agora é acelerar. Me falou que está trabalhando para desembolar a questão do ginásio inconcluso. Se for retomar, já lhe aconselho a repensar o projeto. O ideal é que seja um espaço multiuso, onde possa haver espetáculos de música, teatro e video. É vital que seja feito um projeto acústico, senão o som fica péssimo. Vejam o exemplo do salão paroquial. Belíssimo espaço. Porém a acústica deixa muito a desejar. Não sei se estou falando bobagem, mas telhado de zinco ou de metal é incompatível com som. O metal vibra e provoca uma reverberação que embola todo o som ambiente. Mas temos de considerar também que tratamento acústico não é barato. Então, imagino que na hora de construir o salão paroquial, deve ter sido considerado em primeiro lugar o custo, ficando a acústica para um segundo momento. Mas voltando ao telefonema do Galo Indio, ele ainda me falou sobre a questão da cultura, sobre os conflitos existentes entre os grupos que movimentam a cultura local e sobre a delicadeza de se conduzir a questão sem desagradar ninguém, já que tem pessoas de alto nível dos dois lados. Mas me prometeu que vai resolver a questão nos próximos dias. Ainda me deu uma excelente noticia, que não posso revelar por enquanto pra não atrapalhar uma negociação que está em andamento, mas que será excelente para a cultura local. Galo Indio me falou ainda sobre verbas que vem pleiteando desde o inicio do ano e que só deverão sair à partir do ano que vem, para tratamento de esgotos em importantes vias públicas da cidade de Alvinópolis e dos distritos. Me falou ainda de outro projeto que será da mudança da iluminação pública, que acontecerá em breve, com uma iluminação de primeiro mundo. Conversamos ainda sobre política, sobre os jornalistas que vem movendo sistemáticas campanhas contra ele na midia regional, cujas fontes já são conhecidas, enfim. Eu falei pra ele que precisam acelerar a questão da comunicação da cidade. Falei pra ele sobre o jornal que falaram que iria ser lançado, mas estava demorando demais. Sobre a cultura, que precisava mesmo ser definida pra ontem. No ano que vem, por exemplo, teremos o Festival 30 anos, que merecerá uma atenção especial. Precisamos formar uma comissão de alto nível pra já. Sobre a expectativa criada sobre a administração dele, por ser jovem, pressupõe agilidade, rapidez, modernidade, arrojo. Pois é, Galo Indio. A cor verde inspira "esperança". Se todas essas coisas se realizarem, será muito bom pra cidade. Porém, deve saber que uma vez realizadas, novas metas já deverão figurar no horizonte. É como ele me falou. Apareceu uma pessoa dizendo que ele não fez nenhuma festa na administração dele. Ele num segundo lembrou a pessoa ter feito o melhor carnaval dos últimos anos, a festa de aniversário da cidade, a festa da chita e um excelente festival de música. Mas é que a memória do povo é curta. No fundo, as pessoas durante a gestão, não querem saber do que foi feito, mas do que está sendo e do que será feito. Na hora da eleição mesmo é que será feita a famosa prestação de contas do mandato. Aí, será o momento de chamar pela memória, de reviver junto com o povo tudo que foi feito de bom ou de ruim. Ai, meus amigos, se a balança pender para o segundo lado, não há marketing político que resolva.

domingo, 18 de outubro de 2009

O EFEITO TARTARUGA

Não sei qual a razão, mas parece que o relógio de Alvinópolis anda muito mais devagar que nos outros lugares. Muitos podem até considerar essa característica como uma virtude que só tem as cidades do interior, onde as pessoas fazem tudo com calma, sem stress, sem correria. Não sei, mas acho que esse argumento acaba sendo uma desculpa para uma tendência à acomodação, à inércia, a dizermos que “ aqui é assim mesmo”, que não vale à pena esquentar a cabeça. Pode até ser. Nós que saímos de Alvinópolis, adentramos mesmo em comunidades onde a agilidade, onde o trabalho contínuo e eficiente é imperativo e causa do progresso dessas cidades. Por isso, temos dificuldades em entender a falta de pressa, a lentidão do nosso município. Conheço Alvinopolenses que moram fora, que acham que tem de ser assim mesmo, que Alvinópolis tem de ser uma espécie de cidade presépio ( quando ouço esse termo só me lembro de Rio Doce), uma cidade museu, escondida no meio da cadeia de montanhas, onde o progresso não chega, onde o povo é religioso, pacato e feliz. Aliás, algumas pessoas chegam a incomodar-se com o progresso, com pequenos sinais de crescimento, como as ruas que avançam pelas colinas, como as indústrias e empresas que se instalam, como tudo que agrida sua Alvinópolis idealizada da infância. Nós Alvinopolenses que estamos fora, muitas vezes somos mal interpretados em nossas visões. Muitos dizem que é muito fácil falarmos as coisas, já que não estamos em loco, vivenciando os problemas. Digo que é o contrário. Exatamente por estarmos fora é que temos condições de enxergar melhor. Também gostamos da tranqüilidade, do relevo, da cultura, de tudo que diz respeito à nossa cidade, mas um pouco de dinamismo não faz mal nenhum, muito pelo contrário. Por exemplo, nossa cidade vem sendo bombardeada na mídia regional por noticias sempre denegrindo a imagem do município. Por razões políticas que desconhecemos, um colunista que escreve para vários jornais vem movendo sistemática campanha contra a cidade. Nós não temos nenhuma mídia de combate capaz de difundir nossas noticias e de trabalhar a imagem da cidade de forma digna, de forma a valorizar as nossas coisas. Há alguns meses me foi dito que seria lançado um jornal na cidade e fiquei muito feliz com a notícia. Há alguns dias estive em Alvinópolis com o pessoal que estava fazendo o jornal e fiquei mais feliz ainda. Mas o danado do jornal não sai. O efeito tartaruga parece acometer a tudo que se faz em nossa terra. Outra coisa que não anda é o entendimento sobre a cultura em nosso município. Desde a época do festival, existe um impasse com relação à Fundação Casa de Cultura, com relação a quem será o novo presidente, já que a Mariângela era a presidente na gestão passada. Só que com a nova coalisão política, fazia-se mister eleger novo presidente. Inicialmente houve uma reunião, onde informalmente foi indicado o Ronilson Bada. Só que tudo que é feito de forma informal, sem quorum suficiente, acaba não tendo valor legal. Algumas iniciativas isoladas começaram a ser tomadas sem a anuência do presidente e não havia consenso sobre comando. Ronilson não se sentiu confortável com a situação e não poderia ser diferente. Concluiu-se então que por existirem claras divisões políticas entre os grupos que apóiam o prefeito, deveria ser encontrado um nome neutro, capaz de unir ou de pelo menos não causar essa cisão. O prefeito concordou e prometeu tomar uma atitude à respeito, mas o efeito tartaruga tratou de agir de novo e as coisas vão se arrastando, não se resolvem e a cultura acaba paralisada, na inércia. Esses foram exemplos práticos, mas o efeito tartaruga se faz presente em vários outros setores da cidade. Por exemplo, dizem que aquela obra do ginásio não concluído não pode prosseguir por causa de um processo na justiça. É o efeito tartaruga na justiça. Aliás, dizem que o nosso parque de exposições, antes considerado um dos melhores da região, está fechado porque precisa de reformas para oferecer mais conforto para as pessoas. Não dá pra acreditar que um espaço tão grandioso possa ficar subutilizado assim. Melhor então transformarem num novo cemitério, já que os vivos não se interessam, quem sabe os mortos, né? Enquanto isso, o efeito tartaruga está agindo, enferrujando os metais, carcomendo toda a estrutura, fora o que é roubado ou depredado pelos vândalos. Acho até que o efeito tartaruga atinge outras áreas da cidade, mas vou deixar para a imaginação de vocês. Pensem onde é que o efeito tartaruga anda agindo no município e enviem seus comentários para o blog.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

UMA VIAGEM NO TEMPO – ALVINÓPOLIS – ANO 2035

Estamos no ano de 2035 e as coisas estão bastante mudadas por aqui. Alvinópolis tem hoje 70.000 habitantes e o nível de vida é excelente. A cidade experimentou grande progresso por causa da ação de uma leva de prefeitos que arregaçaram as mangas e buscaram novas perspectivas de desenvolvimento. Em primeiro lugar, esses prefeitos trataram de demolir as velhas práticas políticas, que atrasaram a cidade por várias décadas. Em segundo lugar, dinamizaram a área do desenvolvimento econômico, investindo nos distritos industriais, priorizando empresas limpas, que não trouxessem desequilíbrios ambientais, em terceiro lugar, fizeram grande divulgação na tentativa de atrair empresas voltadas para a tecnologia. A iniciativa surtiu efeito e aos poucos o distrito começou a receber pequenas empresas, que foram se desenvolvendo e se tornando competitivas, gerando outras coisas positivas, como uma faculdade também voltada para a tecnologia e a conseqüente melhoria do nível geral.

Também investiram na agropecuária, dando condições para que nossos homens do campo pudessem fazer de nosso município um dos maiores fornecedores de produtos alimentícios para o estado de Minas Gerais. A iniciativa, gerou mais recursos para que a prefeitura pudesse se modernizar e investir em várias áreas. Outra coisa positiva foi a descentralização administrativa, com subprefeituras instaladas em todos os cantos do município, que por sinal tem um enorme território. Com isso, todos os distritos se desenvolveram significativamente.

Mas não foi só isso. Também houve investimento em lazer, paisagismo e meio ambiente. A cidade conta com 4 parques naturais, sendo um maravilhoso aproveitando a área em torno do cemitério histórico, que também abrigou o teatro municipal, que passou a levar grandes espetáculos de teatro, orquestras, shows de música clássica. Outro onde antigamente havia uma pedreira, com cascata e várias piscinas, outro na área do mirante do campo de aviação e o terceiro na região de Fonseca, um dos mais importantes parques paleontológicos da América do Sul.

A área do parque de exposições foi totalmente remodelada, abrigando um ginásio multiuso, onde muitos anos antes havia um ginásio fantasma. Foram construídas também uma arquibancada e uma infra-estrutura de primeiro mundo. Porém, as exposições que aconteciam ali não eram mais apenas agropecuárias. Aconteciam feiras de tecnologia, eventos estudantis, seminários, tudo muito organizado, Os eventos agropecuários também passaram a ter um lado cultural.

Aliás, nossa arte e cultura também estão muito estruturados, com escolas de arte, oficinas, festivais de música, literatura, teatro, cinema, exposições, enfim. No setor turístico, a prefeitura trabalhou para a manutenção do nosso conjunto arquitetônico da rua de cima, hoje bem preservado e sinalizado. Também ofereceu isenção para os empresários que quisessem investir na cidade. O Resultado foi uma sensível melhoria dos hotéis existentes, além da construção de novos hotéis e pousadas, que incrementaram e muito o turismo no município. O desenvolvimento econômico também nos trouxe a oportunidade de entendermos nossas origens, de conhecermos a história de Paulo Moreira, dos movimentos migratórios de escravos e índios em nossa história mais antiga, da formação dos distritos e povoados.

A cidade tornou-se também conhecida pela liberdade religiosa, ecumênica, onde as pessoas podiam orar segundo suas crenças, onde padres e pastores celebravam cultos em conjunto, afinal, Deus é o mesmo para todos. Cada distrito ganhou um ginásio multiuso pensado para esportes e com tratamento acústico para shows, palestras, seminários e solenidades. Na área da saúde, a cidade também tornou-se modelo, investindo em sua estrutura local e liderando um conceito de rede de especialidades, juntamente com a cidade irmã Dom Silvério e também com João Monlevade e Ponte Nova.

Se eu fosse descrever todas as maravilhas, teria de escrever alguns livros. Essa é a cidade que você, eu, que nós construímos com nosso amor por essa terra bendita. Pois é, minha gente. Mas agora eu vou ter de pedir a licença de vocês, pois vou dar uma ida ao Estádio Municipal pra ver a partida que comemora a subida do Alvinopolense à primeira divisão do futebol mineiro.

Prú Tchááá!!!

NUVENS MOVEDIÇAS


POLÍTICA
CHÃO DE NUVENS
PONTA CABEÇA
ORA, TARTARUGA
ORA, COELHO
VENTO CONTRA
MORMAÇO
LIMPA O TEMPO
FOGE O CHÃO
QUEDA LIVRE
METEORO
CADENTE
BLACKOUT
IMPACTO
CONTIDO
SURREAL
MUNDO À PARTE
COM SEU NEXO
MOVEDIÇO

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

VIVA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


Muita felicidade e honra ter participado da Festa de Nossa Senhora do Rosário deste ano em Alvinópolis, por vários motivos.

Tudo estava lindo como sempre, mas este ano algumas novidades deram ainda mais brilho à nossa festa da padroeira.

A decoração do adro da igreja foi algo de encher os olhos e os espíritos. Primeiro porque o efeito foi lindíssimo, depois pelo simbolismo, pela atitude ecologicamente correta, em minha opinião em consonância com o pensamento cristão. A palavra de Cristo do "amái-vos uns aos outros" implica em pensarmos o mundo que deixaremos para as futuras gerações e porque não, para as outras espécies.

Tomara que a atitude permeie todas as ações da cidade daqui pra frente.

Não sei quantas pessoas estiveram envolvidas, mas estão de parabéns todos que participaram, pelo bom gosto e dedicação.

O pessoal da Fundação Casa de Cultura também estava por lá, Marina, Nita e Clara, com uma bela exposição fotográfica e de artes da nossa terra.

Outra coisa que me deixou feliz foi conhecer o novo salão paroquial. Sem sombras de dúvidas é hoje um dos melhores espaços da cidade. Merece elogio também a atitude da igreja de abrir espaço para que os artistas locais possam se apresentar após as missas. Penso que o grande mérito dessa iniciativa deve ser reputada ao Sidney, locutor da Alvimonte FM, que assessorou o Padre na questão dos shows.

No entanto, me permito fazer algumas críticas construtivas. De antemão, há de se compreender as dificuldades de se fazer qualquer investimento financeiro de construção, que sabemos ser muito caro. Já foi um avanço muito grande construir o Salão. Porém, a acústica precisa ser tratada para que tenha condições de receber shows. Faz-se necessário também que o som seja melhorado, com a existencia de melhor retorno e um técnico de som para monitorar o som enquanto a banda vai se apresentando. Em minha opinião, deveria haver algum tipo de decoração no salão, logicamente respeitando os limites de ser um salão de instituição religiosa. Não cabe mesmo iluminação de boate, com luzes difusas. Mas pelo menos um banner de fundo de palco e alguns detalhes que enfeitem, que proporcionem um pouco mais de alegria, de glamour.

Não tive oportunidade de assistir a todos os shows.

Vi apenas parte do show de Thiago e Admilson e percebi o quando o som era prejudicado pela acústica. Com toda qualidade que a dupla tem, não conseguia entender o que cantavam.

No show do VERDE TERRA, que voltou a se apresentar após 22 anos não foi diferente. No palco, não conseguíamos ouvir o que o colega que estava a poucos metros cantava. Tenho certeza que o público também tinha um som muito ruim lá na frente. Porém, a platéia foi altamente respeitosa e tem toda a questão simbólica da banda tocando após tanto tempo. Aproveito para pedir desculpas se não pudemos nos apresentar melhor. Tomara que a vida nos dê a oportunidade de em outro momento, tocarmos com mais qualidade para o público da cidade. Depois do show fomos para o Nicks e ficamos até mais tarde por lá, recordando as músicas que tocávamos há 2o anos atrás, tão atuais nos conteúdos. Lá aconteceu o Verde Terra de verdade, com os vocais afinados, numa só voz, com muita alegria do reencontro. Foi mágico.

Mas voltando a Festa de Nossa Senhora do Rosário, foi muito bonito também ver a Neném de Marina com sua alegria, parecendo uma menina rainha, mal se contendo em si de tanta felicidade. Não me lembro de ter visto uma rainha mais feliz.

A festa desse ano foi linda,minha gente. Deus queira que nos próximos anos haja o mesmo entusiasmo, de repente até um pouco mais de divulgação, convidando os Alvinopolenses de todos os cantos, das cidades vizinhas, para que nosso 7 de outubro seja marcante , aguardado e glorificado.

domingo, 4 de outubro de 2009

TUÔLA, O MELHOR PRESIDENTE DE CLUBE QUE ALVINÓPOLIS JÁ TEVE

Este encostado no prédio é o Tuôla

... A Discoteka do Industrial ia muito bem. Naquele tempo, a Cia havia decidido investir forte e o clube ia de vento em popa. Mas do outro lado da cidade, o pessoal do Alvinopolense suportava calado a supremacia financeira do oponente tradicional. Nunca o "pôka rôpa" havia sido tão humilhado. Foi desse cenário que surgiu o maior presidente de clube que Alvinópolis já teve: o grande Tuôla. Impressionante como ele lotava os bailes no Alvinopolense apenas no boca-a-boca. Naquela época não havia rádio, nem internet, nem nada. A parada era resolvida era no gogó mesmo, no gogó incansável do nosso kojac, aquela figura fantástica, doce com quem gostava, duro com quem o atacava. Ele era folclórico também. Nessa época da Discoteka do industrial, ele resolveu que tambéi iria montar uma discoteca no Alvinopolense, pois o AFC era um clube bem melhor e mais estrurado. Me perguntou o que precisava comprar em termos de equipamento e fui listando pra ele: Olha Tuôla, você vai ter de comprar um PA completo, com caixas, microfones, twitter, etc. Daí a dois dias ele me encontrou na rua e quase me forçou a entrar no clube falando;- Olha alí. Já montamos a discoteca, comprei tudo que você falou, inclusive as tais de cuicas. Expliquei pra ele que eram twitters e não cuicas, mas ele fez que não ouviu e continuou falando cuica. No fundo, acho que se divertia com a situação. Interessante também era observá-lo na entrada do clube. Ele ficava recebendo ingressos, mas muitas vezes botava a gente pra dentro, ao perceber que não tínhamos mesmo dinheiro pra pagar. No final, a gente animava os bailes e percebi que a juventude que ele deixava entrar de graça, principalmente as meninas, atraiam grande parcela do público que frequentava o clube. Uma sabedoria que lhe valeu um clube cheio na maioria dos eventos que fazia. Tuôla ainda tinha o lado da paixão com o futebol, aliás, com tudo que envolvesse o bom e velho AFC. Aquela derrota de 4x0 para o industrial ficou entalada muito tempo na garganta dos torcedores alvinegros. Até que brilhou a estrêla e a careca do Tuôla. Naquele fatídico clássico, tudo pesava a favor do AFC. Ah...tenho de observar que as vezes usava de métodos radicais. Certa vez, dizem que mandou colocar formiga saúva no lugar em que a torcida adversária iria ficar. Mas voltando ao clássico, Tuôla havia montado uma seleção regional com jogadores de ponta que já haviam jogado até muito bem contra Atlético e Cruzeiro. Antes do jogo, muita catimba. Houve até ameaça de morte contra um dos jogadores, conhecido como Linguêta. Tuôla arrumou um bode e pintou AFC nas suas costas. Não sei se fazia parte de algum ritual, só sei que deu Certo. O Alvinopense ganhou de 3x1 com direito a show de bola. O pouca roupa estava vingado. Ainda prossegui na amizade com Tuôla. Participei de alguns carnavais com ele. Num ano, ele criou uma escola de samba e fiz o samba enredo, com muito orgulho. Depois o clube começou sua decadência, Tuôla também começou a se desencantar com a falta de apoio e insinuações de que estaria se apropriando do patrimônio do clube. Isso o deixava muito chateado, afinal, estava sendo questionado o amor incondicional que ele tinha pelo clube. Meu ultimo case com Tuôla, também aconteceu de maneira curiosa. Ele me ligou, pedindo para olhar preço , pois desejava fazer um video contando sua trajetória no Alvinopolense. Prometi que olharia e retornaria. Depois de algum tempo liguei de volta e ele não atendeu. Dei um tempo e liguei de novo, mas também não atendeu. Resolvi dar um tempo. Quando foi à noite liguei de novo e nada...Foi então que resolvi deixar um recado na secretária eletrônica e assim o fiz. Deixei recado dizendo que estaria à disposição para produzirmos o tal vídeo e passando idéias de valores também. No outro dia, pela manhã, uma ligação comunicando: Tuôla faleceu! Na hora não acreditei. Perguntei de novo: Quem faleceu? Uai, foi Tuôla. Faleceu ontem. Fiquei muito triste naquela hora. Ao mesmo tempo fiquei pensando: meu Deus, então eu deixei recado na secretária para um morto? Não tem problema. Que ele receba nossas homenagens onde ele estiver. Após sua ida, o Alvinopolense teve alguns dirigentes também apaixonados e dedicados, mas nenhum com a sua carga de amor. Pedimos a Deus que nos mande novos dirigentes de clube, pelo menos com um terço da ousadia e da disposição do Tuôla.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

BLOGAI-VOS UNS AOS OUTROS


Os políticos principalmente, deveriam descobrir o valor dos blogs para expor seus pensamentos, seus sonhos e trabalhos pela cidade. Entendo que a maioria não fez a transição digital, tem pouca familiaridade com a internet, mas tem sempre alguém por perto, um filho, um sobrinho, um correligionário jovem que poderia se incumbir de colocar as idéias na net. Todas as vozes politicas, de situação e de oposição deveriam ter seus blogs. Seria muito interessante se pudéssemos ler o Blog do Ledes, do Dico Lavanca, do Bidão, do Ronaldo Torres, dentre outros. Seria interessante até que tivéssemos blogs dos que não estão hoje na política, mas que tem seus pontos de vista como Marcinho, Zé Neném, Neim de Carlito, Sidney da Rádio, até para que exponham suas idéias com vistas a futuros pleitos. Aliás, não sei porque o vice Sérgio Augusto, tão desenvolto no mundo virtual ainda não criou seu blog. Seria um canal direto de comunicação com a comunidade. Pensem nisso, amigos. A palavra de ordem do mundo é interação...e como disse o filósofo Chacrinha " quem não se comunica..." bem...vocês já sabem né?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A DISCOTEKA DO INDUSTRIAL

Os embalos de sábado à noite - esse filme fez o planeta dançar

Vivíamos a época da novela Dancing days, quando a disco music tomava conta do planeta. A trilha sonora daqueles tempos era ditada pelo filme "Os embalos de sábado à noite", com clássicos do Bee gees, com as danças de John travolta. Alvinópolis não podia ficar pra trás. Na época, Industrial e Alvinopolense ainda disputavam quem fazia os melhores bailes. No Alvinopolense aconteciam vários bailes e no Industrial, havia o famoso baile das misses e outros mais.Mas o que movimentou a juventude local mesmo foi a noticia de que o industrial iria se transformar numa discoteca. No colégio, não se falava em outra coisa. Diziam que o presidente do clube, que também era gerente da Cia Fabril, tinha comprado equipamento de altíssimo nível e que era o fim do Alvinopolense, que ninguém mais iria querer saber de bailes. Nos dias que antecederam a inauguração da discoteca, ficávamos na praça da baixada de plantão, pra ver se os equipamentos chegavam. Certo dia,começamos a perceber os primeiros movimentos das caixas de som gigantes sendo montadas e do painel de luzes. Na época, havia um programa de TV chamado Discotape, apresentado pelo Dirceu Pereira, onde os novos lançamentos da Discoteque eram tocados. O interessante era que o programa era gravado numa discoteca, com muitas luzes e muita gente jovem dançando. Ficávamos fantasiando como seria a Discoteka do Industrial.Enfim, foi marcada a data da inauguração. Seria num sábado à noite (não me lembro exatamente a data). O problema era que o equipamento, muito sofisticado só terminou de ser montado mesmo no sábado do evento. Nessa tarde, fomos chegando de mansinho, entramos e sentamos num cantinho pra ver o som sendo testado e as luzes. Ficamos hipnotizados pelas poderosas luzes strobol. O som realmente era o melhor que já havíamos escutado. As cocotinhas mais bonitas da cidade também foram chamadas para dançar e experimentar a pista e todos ficaram maravilhosos. Dai a pouco, o pessoal pediu para nos retirarmos para prepararem o clube. De tardinha, a cocotada da cidade já estava se preparando para a grande noite. As meninas, com suas meinhas soquete e a rapaziada com seus indefectíveis sapatos bico de agulha e camisas largas. Enfim, chegou a hora da discoteka. O clube foi enchendo devagarinho. A pista estava com as luzes ligadas e o som bombando nas caixas, mas a principio, ninguém teve coragem de entrar na pista. As pessoas ficaram hipnozadas, olhando de longe e com cara de espanto. Até que a primeira cocotinha mais atirada resolveu entrar na pista e puxou todo mundo. Daí a pouco, o salão tava cheio de cocotas e cocotos curtindo as músicas da época: Glória Gaynor com I Will Survive, Santa Esmeralda, Abba, American Generation, entre outras. O curioso é que uma das músicas que mais marcou a discoteca foi uma que nem tanto sucesso comercial fez, uma tal de AMORE, AMORE, que quando era tocada esquentava a pista como nenhuma outra. A discoteka do industrial foi sucesso absoluto por vários meses. Lembro-me também das dancinhas sincronizadas, quando quase todo o clube dançava junto. Lembro-me também de alguns travoltas como Tom João, Romeu de Sr Roberto, entre outros. Só que o outro lado não poderia ficar parado, enquanto o Industrial bombava com a sua discoteka. Tuôla já se movimentava pra fazer uma discoteka melhor no Alvinopolense, pois um clube não suportava ver o outro ganhando em nada. Mas essa é uma história que contarei em próximo artigo...AS CUÍCA DO TUÔLA...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

HÁ DEUS

AS 6
O ALARME
VINTAGE
FALSO
SOA.
CAFÉ
E CUTUCO
A FILHA,
CALÇO-LHE
A MEIA
EMBAIXO
DAS COBERTAS,
TÊNIS
NO PÉ
AINDA INERTE.
DORMIU
DE UNIFORME.
ESCOTILHA DOS OLHOS
AINDA FECHADA.
CABELOS CLAMANDO
PENTE.
ME VEJO NELA.
A MINHA MÃE
EM MIM.
ERGUE-SE
A PRINCESA.
CHÁ E BISCOITOS.
LAVA OS OLHINHOS.
ESCOVA OS DENTES
N'ÁGUA
QUE ESQUENTO
NO MICROONDAS.
MOCHILA
NAS COSTAS.
CAMINHO
DA ESCOLA.
PERGUNTAS
PERGUNTAS
RESPOSTAS
PERGUNTAS.
ENSINO
E APRENDO.
SIRENE
QUE TOCA.
CHEGAMOS
NA HORA.
BEIJINHO
NA TESTA.
TCHAUZINHO
NA PORTA.
HÁ DEUS!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

VÁRIOS NORTES

Não vivo num mundo à parte.

Transito por universos paralelos.

Sento-me com barões e com compadres

Tomo champagne e cachaça.

Converso sobre literatura e sobre futebol.

Tenho a mente faminta.

Cada universo tem suas leis

A legião que sou entra em curto

O poeta desaprova o publicitário

O matuto censura o nerd

O erudito odeia o popular

O pragmático ignora o romântico.

Os conflitos da humanidade

brigam em mim.

Minha bússola tem vários nortes

A ética é um caleidoscópio

Quem dera girá-lo e alcançar o branco

Da folha no cio, esperando o poema

Escrito com sangue azul da caneta

E sabe-se lá como classificá-los

Num confessionário, sem padre visível

Talvez pra São Freud, São Jung, São Cristo

No poço infinito do inconsciente

No poço infinito da mente de Deus.

domingo, 13 de setembro de 2009

A SINA DOS VICES

Coisa complicada é ser vice. Veja por exemplo o time que é vice campeão, que tristeza. Se o time é vice campeão mineiro, por exemplo, é o segundo melhor time do estado. O segundo melhor entre centenas de times. Deveria ser honroso, mas é vergonhoso. Se Cruzeiro ou atlético são vices, significa que foram derrotados pelo maior rival, portanto rebaixados à condição de perdedores. Se o sujeito é vice-campeão do mundo de fórmula 1, não significa nada. Vejam o exemplo do Felipe Massa, que perdeu por um ponto para o Hamilton. Quem passa pra historia é o piloto Inglês. Vice não entra pra história. Engraçado que tem uma música da banda Ultraje a Rigor chamada “terceiro”. Essa música é interessante, pois fala que confortável mesmo é ser terceiro, pois ninguém lembra que o terceiro perdeu, só o vice é lembrado como perdedor. Terceiro é posição honrosa, enquanto vice é o perdedor oficial. Ser vice na política também não é fácil. Os vices geralmente entram como puxadores de votos em fatias da população, por ter credibilidade junto a segmentos específicos ou mesmo por agregar votos, informação obtida através de pesquisas. Durante a campanha, o sujeito é tão paparicado quanto o candidato, tem a oportunidade de fazer discursos, de expor suas idéias, levar para a frente partidária um pouco da ideologia do seu partido, inclusive opinando no plano de governo. Só que a realidade depois da eleição é outra. O vice é figura decorativa e se não tiver uma grande capacidade de articulação, acaba se transformando num inimigo do prefeito, por mais bem intencionado que seja. Em primeiro lugar, por tomar atitudes executivas, quando as decisões e as deliberações cabem ao titular da caneta. Em segundo lugar, por não ser atendido em suas reivindicações e idéias, ao ter rejeitadas as proposições de campanha, ao bater de frente contra os projetos do prefeito e seu secretariado. Vice que não tem jogo de cintura, tá morto. Essa é a realidade. Em primeiro lugar, tem de saber respeitar os limites do ego do prefeito. Não tem um que não seja vaidoso e todos querem deixar claro que quem manda são eles. E eles tem razão, pois todas as responsabilidades recaem sobre o chefe do executivo. Em segundo lugar, tem de deixar claro pro prefeito que terá lealdade total, que vai jogar no seu time, pensando num projeto à longo prazo. Em terceiro lugar, tem de dar suporte aos projetos do prefeito e seu secretariado, atuar conjuntamente, de forma harmoniosa. Em quarto lugar, qualquer projeto deve ser apresentado de forma didática, demonstrando as vantagens para o município, os benefícios para as pessoas, os retornos políticos.Em quinto lugar, todas as ações devem ser divulgadas como ações da prefeitura e não como ações individuais, independentes. Difícil mesmo é o vice saber domar o ego, dominar o ímpeto e os conselhos de um grupo de pessoas, que imaginam ajudar, mas acabam atrapalhando com conselhos errados e venenos injetados nos momentos de desavenças. Já vi alguns vices extremamente bem articulados, como o atual prefeito Toninho Timbira de Santa Bárbara, que quando vice soube o seu lugar, conquistou a confiança do prefeito e fizeram juntos uma das melhores administrações de Santa Bárbara em todos os tempos. Outro exemplo maravilhoso é do vice do presidente Lula, José de Alencar. Com todas as diferenças que os dois possam ter, existe uma relação de lealdade e confiança. Alencar é um industrial, um liberal, enquanto Lula é um ex-torneiro mecânico, de visão socialista. Essa união teria tudo pra dar errado, no entanto os dois configuram uma das mais belas amizades da história da república. Como bem diz o poeta, “tudo vale à pena quando a alma não é pequena”.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GALO INDIO E SUA MISSÃO

Conheço o prefeito Galo Indio há muitos anos. Tive a oportunidade de morar com ele na República dos Anjos em Belo Horizonte, no famoso apartamento 11, na Av Pedro II número 533 em Belo Horizonte. Sujeito de hábitos simples, mas de um coração enorme. Quando ele foi candidado a vereador, Paulinho de Nilo me perguntou se eu topava fazer o jingle pra ele por um precinho camarada. Falei pro Paulinho: - que isso...vamos fazer o jingle de presente pro Galo, com muito prazer. Depois, o Galo foi candidato a prefeito e novamente ajudamos com muita alegria. Não que tenha alguma coisa contra o Milton. Pra dizer a verdade, o lider dos jacarés também é um sujeito cordato, muito educado, que sempre me tratou muito bem. Não tenho nada a reclamar do Milton. Aliás, não tenho nada a reclamar também do Dico Lavanca ou do Marcinho. Todos sempre me trataram muito bem. A realidade é que não compartilho do ódio político da cidade. Penso que a velha guerra PMDB X PFL ou DEM, gerou uma inércia que paralisou a cidade por muitos anos. Aliás, toda dualidade gera inércia. O certo é que Galo Indio simboliza o fim dessa cisão. Ele tem uma sagrada missão de reunificar o que o tempo e o ódio cozido em fogo brando tratou de separar. Dos dois lados em que se divide politicamente a cidade tem boas pessoas. É danoso para todos que a cidade não possa se valer da competência das pessoas de bem por causa dessa dualidade artificial. Nossa cidade é pequena e o bem de todos é o bem de cada um. Por isso torço e muito pro Galo Indio dar certo e fazer uma administração pra ficar na história. Ele tem essa oportunidade de ouro nas mãos. Ele já me falou isso, que pretende governar com o que tem de melhor, não importando se for de A ou de B. Aliás, ele não faz distinção entre A e B. Agora, está em inicio de governo ainda, formando o elenco dele. Pode ter errado em algumas escolhas, teve de comportar muitos "companheiros" de caminhada. Mas teve a hombridade de dar um murro na mesa e não deixar que oportunistas o obrigassem a repetir os mesmos erros de seus antecessores. Mostrou que o espírito do GALO INDIO, de raça e de briga está encarnado nele. Ainda está longe de ser merecedor de elogio pelo conjunto da obra, mas possui virtudes que lhe credenciam sim a levar Alvinópolis a um outro patamar. Já falei pessoalmente a ele, que precisa investir mais em comunicação institucional, agilizar mais os processos internos e decisórios, decidir a questão da cultura, que se encontra num impasse que precisa ser resolvido urgentemente, saber utilizar melhor o potencial humano que tem em maõs. Tomo a liberdade também de fazer uma crítica construtiva. Ele não pode ficar vendo inimigos pra todo lado, pensando em conspirações, com medos dos ouvidos das paredes. Ele tem uma coisa que poucos prefeitos tiveram. Uma força de voluntariado imensa à disposição , pronta para formar um exército a seu chamado. Não sei se ele percebeu isso. Quando perceber, a cidade se tornará um grande mutirão e aí...ninguém segura essa cidade. Pode até ser que eu esteja errado e que a história me prove isso, mas vejo o futuro com muita esperança. Também sou voluntário nesse exército.

CHATOS ASSUMIDOS

Seremos considerados chatos, elitistas, segregadores se não fizermos esforço pra gostar do que a maioria gosta. Seremos chatos se não gostarmos de música sertaneja, se não apreciarmos churrasco, se não gostarmos de cerveja. Seremos considerados chatos se gostarmos de conversar sobre assuntos como literatura, música, filosofia. Seremos chatos se insistirmos em gostar e falar de cultura. Seremos muito chatos se falarmos em poesia, em cinema de arte. Seremos chatos se não aprovarmos a ética do presidente, que adotou o pragmatismo que implica em fechar os olhos para a corrupção, para dar vazão à sua vontade de se perpetuar, mesmo que seja através de uma sucessora que foi pega na mentira por várias vezes. Aliás, seremos chatos por denunciar a mentira, pois o povo não condena ninguém por mentir. Seremos chatos por denunciar a corrupção, pois o povo também não condena os curruptos, posto que a corrupção faz parte das nosso jeito macunaima de ser. Seremos chatos se nadarmos contra a correnteza. Seremos chatos se clamarmos por mais conteúdo, por mais profundidade, pois mais curiosidade intelectual. Seremos chatos por gostar de rock e do que ele tem de engajamento, de rebeldia e indignação, tão necessários para nós chatos. Seremos chatos por pensar, por sonhar, por não desistir. Somos chatos beleza, chatos quixotes, chatos conscientes e no fundo, chatos com muito orgulho. Melhor se acostumarem, pois não vamos aliviar. Nós chatos somos insistentes,persistentes,repetentes,redundantes.Só vou ficar por aqui, porque essa conversa já tá ficando chata. Câmbio e desligo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

POESÓDIAS


POESÓDIAS

FAKESIAS

BIJÚS

PÓS

NADA

PÓS

TUMAS

MARKE

TING

MORTE

KING

NOVI

LINGUA

LOGO

MÁCULA

RIMA

LIMA

NOVES

FORA

POECÍDIO

terça-feira, 1 de setembro de 2009

AS MONTANHAS



Um dia, do alto de sua sabedoria de patriarca, o Sr.Quinzim me contou uma história que nunca mais me saiu da cabeça e que em meus poucos anos de vida já pude vivenciar algumas vezes e que não tenho dúvidas, ainda vivenciarei muitas outras.

Ele me falou que a vida dele era subir e descer montanhas para depois subir de novo.

Contou-me que várias vezes na vida havia empreendido um esforço medonho para subir até determinado cume.

Alcançar o topo era coroar de êxito uma trajetória.

De cima da montanha escalada, por um tempo tinha-se a sensação de ver a vida de cima, de olhar o mundo com os olhos de Deus. Mas ao ajustar o foco, ao olhar com a alma, percebia que ali não era o topo. Existiam montanhas muito maiores por superar, muitas delas encobertas por brumas, cúmulos insondáveis. Mas daí não sobrevinha um sentimento de decepção, nem de cansaço, nem de rebeldia. Apenas o impulso de descer de novo a montanha e começar a subir a outra...e a outra...e a outra.

Percebermos o quanto nos apequena a nova montanha. Sentimo-nos como formiguinhas no inicio da caminhada, para chegarmos lá em cima gigantes, tão gigantes que não podemos ser vistos nem entendidos com os olhos da matéria, pois já pertencemos a outro plano.

Mas novamente ao chegar ao topo, novas montanhas se revelam.

E seguimos assim escalando montanhas metafóricas, vislumbrando horizontes metafísicos e sonhando com o mar, que abarca todas as águas...

Imagino o Sr Quinzinho sentado em cima da mais alta montanha , junto com meu avô Dominguinhos, minha mãe D.Neusa, meus avós D.Maria e Seu Zeca e vários outros que ascenderam. Continuemos escalando...