Comove-me ver a minha filha toda emocionada por causa do natal. Passa o dia vigiando qualquer ruído pela casa, imaginando que o bom velhinho vai entrar por alguma fresta e deixar o presente que ela tanto almeja. Ela tem um cuidado todo especial com a árvore, com os enfeites e como todas as mulheres, que são muito mais estetas que nós, vive intensamente a beleza natalina. A tecnologia trouxe adereços jamais sonhados por nós que temos entre 40 e 45 anos. Hoje o pessoal faz arranjos de altíssima tecnologia, usando vários computadores para construir árvores mutantes, árvores publicitárias, marketeiras e dá-lhe merchandising de todo jeito. Nessa massaroca, pelos menos salva-se o Natal promovido em Monlevade, maravilhoso em termos estéticos e politicamente correto, todo feito em material reciclável (55.000 garrafas pet que iriam para o lixo). Nós coroas ( reis e príncipes) também vivenciamos nossas emoções natalinas , mas de forma mais humilde. Lembro-me dos natais de minha infância em Alvinópolis, nos final dos anos 60, inicio dos anos 70. Daquele tempo, tenho uma lembrança marcante e muitos dessa época vão se lembrar: dos papéis azuis que vinham embalando as maçãs. Nesse tempo, quando a globalização ainda não se fazia presente, maçã era uma fruta rara, quase só aparecia na época do natal, assim como o figo. A primeira vez que peguei uma maçã, embalada naquele papel que parecia feltro, fiquei inebriado pelo aroma da fruta, que só conhecia dos desenhos animados e revistas da branca de neve. Dos natais daquele tempo, lembro-me também que ficava em casa, tentando ficar acordado para ver a hora que o Papai Noel entrava. Quase sempre adormecia e quando acordava de manhã, lá estava o presente aos pés da árvore. Naquele tempo não tinha esse negócio da gente escolher o presente. Os pais saiam na madrugada do dia 24 pro dia 25, quando todo o comércio ficava aberto e traziam os presentes, muitas vezes aproveitando para passar num boteco e tomar uma. Certa vez, tive a certeza de enxergar um velhinho atrás do meu guarda-roupa. Eu não sabia se ficava com medo ou se acenava pro velinho. Timidamente, me escondia debaixo dos cobertores, mas lá estava o velhinho barbudo me olhando e rindo. Fiquei na dúvida se sonhei ou se foi real. Imaginei que fosse o Papai Noel se escondendo de mim, mas também pode ter sido o espírito de Orlando Lima ( quem sabe os espíritas expliquem?).
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
ADEUS, MARINHA!
Uma coisa que nos choca profundamente é a morte. Seja a morte de um cão, de um cavalo, de um passarinho. Se for de um ser humano então, nem se fala. Mas também dói quando algumas memórias perdem substancia material e sobrevivem apenas em fotografias. Ficam que nem espíritos vagando sem corpos. Digo isso para falar da sede do industrial. Estive em Alvinópolis para prestigiar a inauguração das luzes de natal, mas o que me chocou mesmo foi ver que o Industrial transformou-se em igreja evangélica. O nome parece ser Igreja Mundial do Reino de Deus. É curioso como surgem a cada dia novas igrejas com denominações diferentes. Igreja quadrangular, retangular, pentecostal, batista, anglicana, presbiteriana, maranata, regional, estadual, nacional, mundial, igreja pra todo gosto e bolso. Aqui em Belo Horizonte, o fenômeno também é visível. Vários cinemas tradicionais foram adquiridos pelos evangélicos, que garantem freqüência e renda, possibilitando a manutenção dos espaços e sua sobrevivência material. Mas quando a gente aperta o retrocesso da memória, dói pra caramba. Quantos espetáculos gloriosos aconteceram naquele clube. Lembro-me de maravilhosos bailes das misses, de aniversário, shows com Marco Antonio Araújo, com Cassinos de Sevilha, além da sensacional discoteca, com uma estrutura marcante em nível regional. Lembro-me também dos carnavais, de figuras como Adairim, Bia, Zé Nosso, Lalau, Paulo Andrade, entre tantos outros. Além do clube, havia o futebol, que montou alguns dos melhores times na região, verdadeiro celeiro de craques. Mas o clube está morrendo. Parece que a Cia Fabril Mascarenhas parou de apoiar e sem sustentação financeira, o azulão da baixada não consegue se manter de pé. Além do mais, as gerações antigas mantinham aquilo com amor e a nova geração não tem essa cultura de paixão pelo clube. É lamentável, mas parece que o Industrial está morrendo. Quem dera se Lindouro, Vera e a sua BioExtratus resolvessem apoiar o clube azul, já que a tradicional fábrica de panos não se interessa mais. Mas isso até agora, fica só no quem dera...Não adianta nem pedir pra Deus, pois lá virou exatamente uma casa Dele. De certa forma, todos somos culpados, por não prestigiarmos nem pensarmos em preservar nossas tradições. Resta-nos cantar tristemente o hino pela última vez: ADEUS, MARINHA, pois seu marinheiro não vai mais voltar....
sábado, 28 de novembro de 2009
A INTERNET ME TROUXE A MONLEVADE
domingo, 22 de novembro de 2009
OLHA LÁ O RAPAZIM DE MONLEVADE...
domingo, 15 de novembro de 2009
CIDADE DE CIDADES REUNIDAS
Havia uma música do compositor Fausto Fawcett, um dos melhores letristas que conheço, que dizia que o Rio de Janeiro é uma cidade de cidades reunidas. Incrivel como Monlevade também é assim. Andar pelas ruas de Monlevade é um exercício curioso. Tem horas que chego a pensar que tem mais pessoas de Alvinópolis por aqui que lá na minha terra natal. Encontrei com pelo menos uns 30 alvinopolenses em locais diferentes. Estive também com pessoas de Major Ezequiel(da grande Alvinópolis -rs ), de São Domingos do Prata, de Dionísio, de Nova Era, Itabira, Dom Silvério, Ipatinga, de Rio Piracicaba...fora aquelas em que "trombei" e que também vieram de outras regiões. Fiquei pensando comigo: puxa vida! Que caldo cultural essa cidade tem. Quanto diversidade. Ao mesmo tempo, fiquei pensando na cultura e no que ela tem de educativa em seu bojo. Existe uma definição de cultura que acho ótima. Definitiva eu não digo, pois não existe perenidade nas palavras. A definição é a seguinte: " Cultura é o conjunto de conhecimentos adquiridos por um povo para se adaptar a determinado ambiente". Pois é! Acho que procede! Agora, imagine Monlevade e esse tanto de gente que vem de tantos lugares se adaptando, trazendo suas saudades, trazendo as culturas dos lugares de onde vieram, trazendo as receitas de tarecos, de doces, seus dialetos, suas tradições. Pois é. Monlevade abraça a todos. Recebe todo mundo com emprego e perspectivas de prosperidade. Quando caminho por essas ruas e vejo essa gente toda trabalhando, consumindo e movendo a roda da fortuna, fico imaginando porque essa cidade ainda não explodiu culturalmente. Porque ainda não achou o caminho para fruir com força a sua produção artístico cultural? Porque não se impõe como polo cultural reconhecido, se congrega o melhores profissionais da região? Há quem diga que o problema está no povão, que não quer saber de cultura, mas só de entretenimento. A equação se completa na priorização política, quer dizer...na hora de investir na cultura, a maioria das prefeituras investe nos shows popularescos, em detrimento do que tem realmente valor artístico cultural, pois o povo não tem paciência com conteúdos elaborados. Porém, há de se considerar que a cultura tem também algo de educativo, ou seja, o poder público deveria direcionar o que fosse da cultura para o que tem qualidade e valor artístico, até para melhorar o senso crítico de nossas comunidades, ajudando a subir o nível geral. É muito triste o político refém do populismo. Digo tudo isso até para que possamos refletir e pensarmos juntos. Hoje tive o prazer de conversar com o Luciano, da Casa de Cultura e fiquei feliz ao perceber que afinamos muito em alguns pensamentos. Deus queira que possamos trabalhar bem sintonizados. Penso Monlevade como um polo irradiador de cultura, de conteúdos, de idéias criativas. Vamos pensar a cidade juntos?
sábado, 7 de novembro de 2009
GOSTO MUITO DE DOM SILVÉRIO!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
POLÍTICA X CORAÇÃO : UM PERIGO
sábado, 31 de outubro de 2009
JUVENTUDE ACOMODADA
domingo, 25 de outubro de 2009
GALO INDIO ME TELEFONOU
domingo, 18 de outubro de 2009
O EFEITO TARTARUGA
Não sei qual a razão, mas parece que o relógio de Alvinópolis anda muito mais devagar que nos outros lugares. Muitos podem até considerar essa característica como uma virtude que só tem as cidades do interior, onde as pessoas fazem tudo com calma, sem stress, sem correria. Não sei, mas acho que esse argumento acaba sendo uma desculpa para uma tendência à acomodação, à inércia, a dizermos que “ aqui é assim mesmo”, que não vale à pena esquentar a cabeça. Pode até ser. Nós que saímos de Alvinópolis, adentramos mesmo em comunidades onde a agilidade, onde o trabalho contínuo e eficiente é imperativo e causa do progresso dessas cidades. Por isso, temos dificuldades em entender a falta de pressa, a lentidão do nosso município. Conheço Alvinopolenses que moram fora, que acham que tem de ser assim mesmo, que Alvinópolis tem de ser uma espécie de cidade presépio ( quando ouço esse termo só me lembro de Rio Doce), uma cidade museu, escondida no meio da cadeia de montanhas, onde o progresso não chega, onde o povo é religioso, pacato e feliz. Aliás, algumas pessoas chegam a incomodar-se com o progresso, com pequenos sinais de crescimento, como as ruas que avançam pelas colinas, como as indústrias e empresas que se instalam, como tudo que agrida sua Alvinópolis idealizada da infância. Nós Alvinopolenses que estamos fora, muitas vezes somos mal interpretados em nossas visões. Muitos dizem que é muito fácil falarmos as coisas, já que não estamos em loco, vivenciando os problemas. Digo que é o contrário. Exatamente por estarmos fora é que temos condições de enxergar melhor. Também gostamos da tranqüilidade, do relevo, da cultura, de tudo que diz respeito à nossa cidade, mas um pouco de dinamismo não faz mal nenhum, muito pelo contrário. Por exemplo, nossa cidade vem sendo bombardeada na mídia regional por noticias sempre denegrindo a imagem do município. Por razões políticas que desconhecemos, um colunista que escreve para vários jornais vem movendo sistemática campanha contra a cidade. Nós não temos nenhuma mídia de combate capaz de difundir nossas noticias e de trabalhar a imagem da cidade de forma digna, de forma a valorizar as nossas coisas. Há alguns meses me foi dito que seria lançado um jornal na cidade e fiquei muito feliz com a notícia. Há alguns dias estive em Alvinópolis com o pessoal que estava fazendo o jornal e fiquei mais feliz ainda. Mas o danado do jornal não sai. O efeito tartaruga parece acometer a tudo que se faz em nossa terra. Outra coisa que não anda é o entendimento sobre a cultura em nosso município. Desde a época do festival, existe um impasse com relação à Fundação Casa de Cultura, com relação a quem será o novo presidente, já que a Mariângela era a presidente na gestão passada. Só que com a nova coalisão política, fazia-se mister eleger novo presidente. Inicialmente houve uma reunião, onde informalmente foi indicado o Ronilson Bada. Só que tudo que é feito de forma informal, sem quorum suficiente, acaba não tendo valor legal. Algumas iniciativas isoladas começaram a ser tomadas sem a anuência do presidente e não havia consenso sobre comando. Ronilson não se sentiu confortável com a situação e não poderia ser diferente. Concluiu-se então que por existirem claras divisões políticas entre os grupos que apóiam o prefeito, deveria ser encontrado um nome neutro, capaz de unir ou de pelo menos não causar essa cisão. O prefeito concordou e prometeu tomar uma atitude à respeito, mas o efeito tartaruga tratou de agir de novo e as coisas vão se arrastando, não se resolvem e a cultura acaba paralisada, na inércia. Esses foram exemplos práticos, mas o efeito tartaruga se faz presente em vários outros setores da cidade. Por exemplo, dizem que aquela obra do ginásio não concluído não pode prosseguir por causa de um processo na justiça. É o efeito tartaruga na justiça. Aliás, dizem que o nosso parque de exposições, antes considerado um dos melhores da região, está fechado porque precisa de reformas para oferecer mais conforto para as pessoas. Não dá pra acreditar que um espaço tão grandioso possa ficar subutilizado assim. Melhor então transformarem num novo cemitério, já que os vivos não se interessam, quem sabe os mortos, né? Enquanto isso, o efeito tartaruga está agindo, enferrujando os metais, carcomendo toda a estrutura, fora o que é roubado ou depredado pelos vândalos. Acho até que o efeito tartaruga atinge outras áreas da cidade, mas vou deixar para a imaginação de vocês. Pensem onde é que o efeito tartaruga anda agindo no município e enviem seus comentários para o blog.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
UMA VIAGEM NO TEMPO – ALVINÓPOLIS – ANO 2035
Também investiram na agropecuária, dando condições para que nossos homens do campo pudessem fazer de nosso município um dos maiores fornecedores de produtos alimentícios para o estado de Minas Gerais. A iniciativa, gerou mais recursos para que a prefeitura pudesse se modernizar e investir em várias áreas. Outra coisa positiva foi a descentralização administrativa, com subprefeituras instaladas em todos os cantos do município, que por sinal tem um enorme território. Com isso, todos os distritos se desenvolveram significativamente.
Mas não foi só isso. Também houve investimento em lazer, paisagismo e meio ambiente. A cidade conta com 4 parques naturais, sendo um maravilhoso aproveitando a área em torno do cemitério histórico, que também abrigou o teatro municipal, que passou a levar grandes espetáculos de teatro, orquestras, shows de música clássica. Outro onde antigamente havia uma pedreira, com cascata e várias piscinas, outro na área do mirante do campo de aviação e o terceiro na região de Fonseca, um dos mais importantes parques paleontológicos da América do Sul.
A área do parque de exposições foi totalmente remodelada, abrigando um ginásio multiuso, onde muitos anos antes havia um ginásio fantasma. Foram construídas também uma arquibancada e uma infra-estrutura de primeiro mundo. Porém, as exposições que aconteciam ali não eram mais apenas agropecuárias. Aconteciam feiras de tecnologia, eventos estudantis, seminários, tudo muito organizado, Os eventos agropecuários também passaram a ter um lado cultural.
Aliás, nossa arte e cultura também estão muito estruturados, com escolas de arte, oficinas, festivais de música, literatura, teatro, cinema, exposições, enfim. No setor turístico, a prefeitura trabalhou para a manutenção do nosso conjunto arquitetônico da rua de cima, hoje bem preservado e sinalizado. Também ofereceu isenção para os empresários que quisessem investir na cidade. O Resultado foi uma sensível melhoria dos hotéis existentes, além da construção de novos hotéis e pousadas, que incrementaram e muito o turismo no município. O desenvolvimento econômico também nos trouxe a oportunidade de entendermos nossas origens, de conhecermos a história de Paulo Moreira, dos movimentos migratórios de escravos e índios em nossa história mais antiga, da formação dos distritos e povoados.
A cidade tornou-se também conhecida pela liberdade religiosa, ecumênica, onde as pessoas podiam orar segundo suas crenças, onde padres e pastores celebravam cultos em conjunto, afinal, Deus é o mesmo para todos. Cada distrito ganhou um ginásio multiuso pensado para esportes e com tratamento acústico para shows, palestras, seminários e solenidades. Na área da saúde, a cidade também tornou-se modelo, investindo em sua estrutura local e liderando um conceito de rede de especialidades, juntamente com a cidade irmã Dom Silvério e também com João Monlevade e Ponte Nova.
Se eu fosse descrever todas as maravilhas, teria de escrever alguns livros. Essa é a cidade que você, eu, que nós construímos com nosso amor por essa terra bendita. Pois é, minha gente. Mas agora eu vou ter de pedir a licença de vocês, pois vou dar uma ida ao Estádio Municipal pra ver a partida que comemora a subida do Alvinopolense à primeira divisão do futebol mineiro.
Prú Tchááá!!!
NUVENS MOVEDIÇAS
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
VIVA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Tudo estava lindo como sempre, mas este ano algumas novidades deram ainda mais brilho à nossa festa da padroeira.
A decoração do adro da igreja foi algo de encher os olhos e os espíritos. Primeiro porque o efeito foi lindíssimo, depois pelo simbolismo, pela atitude ecologicamente correta, em minha opinião em consonância com o pensamento cristão. A palavra de Cristo do "amái-vos uns aos outros" implica em pensarmos o mundo que deixaremos para as futuras gerações e porque não, para as outras espécies.
Tomara que a atitude permeie todas as ações da cidade daqui pra frente.
Não sei quantas pessoas estiveram envolvidas, mas estão de parabéns todos que participaram, pelo bom gosto e dedicação.
O pessoal da Fundação Casa de Cultura também estava por lá, Marina, Nita e Clara, com uma bela exposição fotográfica e de artes da nossa terra.
Outra coisa que me deixou feliz foi conhecer o novo salão paroquial. Sem sombras de dúvidas é hoje um dos melhores espaços da cidade. Merece elogio também a atitude da igreja de abrir espaço para que os artistas locais possam se apresentar após as missas. Penso que o grande mérito dessa iniciativa deve ser reputada ao Sidney, locutor da Alvimonte FM, que assessorou o Padre na questão dos shows.
No entanto, me permito fazer algumas críticas construtivas. De antemão, há de se compreender as dificuldades de se fazer qualquer investimento financeiro de construção, que sabemos ser muito caro. Já foi um avanço muito grande construir o Salão. Porém, a acústica precisa ser tratada para que tenha condições de receber shows. Faz-se necessário também que o som seja melhorado, com a existencia de melhor retorno e um técnico de som para monitorar o som enquanto a banda vai se apresentando. Em minha opinião, deveria haver algum tipo de decoração no salão, logicamente respeitando os limites de ser um salão de instituição religiosa. Não cabe mesmo iluminação de boate, com luzes difusas. Mas pelo menos um banner de fundo de palco e alguns detalhes que enfeitem, que proporcionem um pouco mais de alegria, de glamour.
Não tive oportunidade de assistir a todos os shows.
Vi apenas parte do show de Thiago e Admilson e percebi o quando o som era prejudicado pela acústica. Com toda qualidade que a dupla tem, não conseguia entender o que cantavam.
No show do VERDE TERRA, que voltou a se apresentar após 22 anos não foi diferente. No palco, não conseguíamos ouvir o que o colega que estava a poucos metros cantava. Tenho certeza que o público também tinha um som muito ruim lá na frente. Porém, a platéia foi altamente respeitosa e tem toda a questão simbólica da banda tocando após tanto tempo. Aproveito para pedir desculpas se não pudemos nos apresentar melhor. Tomara que a vida nos dê a oportunidade de em outro momento, tocarmos com mais qualidade para o público da cidade. Depois do show fomos para o Nicks e ficamos até mais tarde por lá, recordando as músicas que tocávamos há 2o anos atrás, tão atuais nos conteúdos. Lá aconteceu o Verde Terra de verdade, com os vocais afinados, numa só voz, com muita alegria do reencontro. Foi mágico.
Mas voltando a Festa de Nossa Senhora do Rosário, foi muito bonito também ver a Neném de Marina com sua alegria, parecendo uma menina rainha, mal se contendo em si de tanta felicidade. Não me lembro de ter visto uma rainha mais feliz.
A festa desse ano foi linda,minha gente. Deus queira que nos próximos anos haja o mesmo entusiasmo, de repente até um pouco mais de divulgação, convidando os Alvinopolenses de todos os cantos, das cidades vizinhas, para que nosso 7 de outubro seja marcante , aguardado e glorificado.
domingo, 4 de outubro de 2009
TUÔLA, O MELHOR PRESIDENTE DE CLUBE QUE ALVINÓPOLIS JÁ TEVE
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
BLOGAI-VOS UNS AOS OUTROS
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
A DISCOTEKA DO INDUSTRIAL
terça-feira, 22 de setembro de 2009
HÁ DEUS
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
VÁRIOS NORTES
Não vivo num mundo à parte.
Transito por universos paralelos.
Sento-me com barões e com compadres
Tomo champagne e cachaça.
Converso sobre literatura e sobre futebol.
Tenho a mente faminta.
Cada universo tem suas leis
A legião que sou entra em curto
O poeta desaprova o publicitário
O matuto censura o nerd
O erudito odeia o popular
O pragmático ignora o romântico.
Os conflitos da humanidade
brigam em mim.
Minha bússola tem vários nortes
A ética é um caleidoscópio
Quem dera girá-lo e alcançar o branco
Da folha no cio, esperando o poema
Escrito com sangue azul da caneta
E sabe-se lá como classificá-los
Num confessionário, sem padre visível
Talvez pra São Freud, São Jung, São Cristo
No poço infinito do inconsciente
No poço infinito da mente de Deus.
domingo, 13 de setembro de 2009
A SINA DOS VICES
Coisa complicada é ser vice. Veja por exemplo o time que é vice campeão, que tristeza. Se o time é vice campeão mineiro, por exemplo, é o segundo melhor time do estado. O segundo melhor entre centenas de times. Deveria ser honroso, mas é vergonhoso. Se Cruzeiro ou atlético são vices, significa que foram derrotados pelo maior rival, portanto rebaixados à condição de perdedores. Se o sujeito é vice-campeão do mundo de fórmula 1, não significa nada. Vejam o exemplo do Felipe Massa, que perdeu por um ponto para o Hamilton. Quem passa pra historia é o piloto Inglês. Vice não entra pra história. Engraçado que tem uma música da banda Ultraje a Rigor chamada “terceiro”. Essa música é interessante, pois fala que confortável mesmo é ser terceiro, pois ninguém lembra que o terceiro perdeu, só o vice é lembrado como perdedor. Terceiro é posição honrosa, enquanto vice é o perdedor oficial. Ser vice na política também não é fácil. Os vices geralmente entram como puxadores de votos em fatias da população, por ter credibilidade junto a segmentos específicos ou mesmo por agregar votos, informação obtida através de pesquisas. Durante a campanha, o sujeito é tão paparicado quanto o candidato, tem a oportunidade de fazer discursos, de expor suas idéias, levar para a frente partidária um pouco da ideologia do seu partido, inclusive opinando no plano de governo. Só que a realidade depois da eleição é outra. O vice é figura decorativa e se não tiver uma grande capacidade de articulação, acaba se transformando num inimigo do prefeito, por mais bem intencionado que seja. Em primeiro lugar, por tomar atitudes executivas, quando as decisões e as deliberações cabem ao titular da caneta. Em segundo lugar, por não ser atendido em suas reivindicações e idéias, ao ter rejeitadas as proposições de campanha, ao bater de frente contra os projetos do prefeito e seu secretariado. Vice que não tem jogo de cintura, tá morto. Essa é a realidade. Em primeiro lugar, tem de saber respeitar os limites do ego do prefeito. Não tem um que não seja vaidoso e todos querem deixar claro que quem manda são eles. E eles tem razão, pois todas as responsabilidades recaem sobre o chefe do executivo. Em segundo lugar, tem de deixar claro pro prefeito que terá lealdade total, que vai jogar no seu time, pensando num projeto à longo prazo. Em terceiro lugar, tem de dar suporte aos projetos do prefeito e seu secretariado, atuar conjuntamente, de forma harmoniosa. Em quarto lugar, qualquer projeto deve ser apresentado de forma didática, demonstrando as vantagens para o município, os benefícios para as pessoas, os retornos políticos.Em quinto lugar, todas as ações devem ser divulgadas como ações da prefeitura e não como ações individuais, independentes. Difícil mesmo é o vice saber domar o ego, dominar o ímpeto e os conselhos de um grupo de pessoas, que imaginam ajudar, mas acabam atrapalhando com conselhos errados e venenos injetados nos momentos de desavenças. Já vi alguns vices extremamente bem articulados, como o atual prefeito Toninho Timbira de Santa Bárbara, que quando vice soube o seu lugar, conquistou a confiança do prefeito e fizeram juntos uma das melhores administrações de Santa Bárbara em todos os tempos. Outro exemplo maravilhoso é do vice do presidente Lula, José de Alencar. Com todas as diferenças que os dois possam ter, existe uma relação de lealdade e confiança. Alencar é um industrial, um liberal, enquanto Lula é um ex-torneiro mecânico, de visão socialista. Essa união teria tudo pra dar errado, no entanto os dois configuram uma das mais belas amizades da história da república. Como bem diz o poeta, “tudo vale à pena quando a alma não é pequena”.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
GALO INDIO E SUA MISSÃO
CHATOS ASSUMIDOS
terça-feira, 8 de setembro de 2009
POESÓDIAS
terça-feira, 1 de setembro de 2009
AS MONTANHAS
Um dia, do alto de sua sabedoria de patriarca, o Sr.Quinzim me contou uma história que nunca mais me saiu da cabeça e que em meus poucos anos de vida já pude vivenciar algumas vezes e que não tenho dúvidas, ainda vivenciarei muitas outras.
Ele me falou que a vida dele era subir e descer montanhas para depois subir de novo.
Contou-me que várias vezes na vida havia empreendido um esforço medonho para subir até determinado cume.
Alcançar o topo era coroar de êxito uma trajetória.
De cima da montanha escalada, por um tempo tinha-se a sensação de ver a vida de cima, de olhar o mundo com os olhos de Deus. Mas ao ajustar o foco, ao olhar com a alma, percebia que ali não era o topo. Existiam montanhas muito maiores por superar, muitas delas encobertas por brumas, cúmulos insondáveis. Mas daí não sobrevinha um sentimento de decepção, nem de cansaço, nem de rebeldia. Apenas o impulso de descer de novo a montanha e começar a subir a outra...e a outra...e a outra.
Percebermos o quanto nos apequena a nova montanha. Sentimo-nos como formiguinhas no inicio da caminhada, para chegarmos lá em cima gigantes, tão gigantes que não podemos ser vistos nem entendidos com os olhos da matéria, pois já pertencemos a outro plano.
Mas novamente ao chegar ao topo, novas montanhas se revelam.
E seguimos assim escalando montanhas metafóricas, vislumbrando horizontes metafísicos e sonhando com o mar, que abarca todas as águas...
Imagino o Sr Quinzinho sentado em cima da mais alta montanha , junto com meu avô Dominguinhos, minha mãe D.Neusa, meus avós D.Maria e Seu Zeca e vários outros que ascenderam. Continuemos escalando...